Estudo imunoistoquímico, tomográfico e histológico sobre a remodelação de enxertos ósseos \'onlay\'. Parte II (Calota Craniana)

Vários estudos têm abordado fatores que governam a longevidade dos enxertos ósseos \"onlay\". Entretanto, poucas informações têm sido disponibilizadas sobre eventos moleculares que ocorrem ao longo do tempo. Os enxertos de calota craniana têm sido reportados produzir respostas superior...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Wagner Fernandes Pedrosa Junior
Other Authors: Luiz Antonio Salata
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2009
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58136/tde-19022009-140237/
id ndltd-IBICT-oai-teses.usp.br-tde-19022009-140237
record_format oai_dc
collection NDLTD
language Portuguese
sources NDLTD
topic Enxerto Ósseo de Calota Craniana
Imunoistoquímica
Revascularização Óssea
Tomografia Computadorizada
Bone Revascularization
Calvarial Bone Grafts
Computerized Tomography
Immunohistochemistry
spellingShingle Enxerto Ósseo de Calota Craniana
Imunoistoquímica
Revascularização Óssea
Tomografia Computadorizada
Bone Revascularization
Calvarial Bone Grafts
Computerized Tomography
Immunohistochemistry
Wagner Fernandes Pedrosa Junior
Estudo imunoistoquímico, tomográfico e histológico sobre a remodelação de enxertos ósseos \'onlay\'. Parte II (Calota Craniana)
description Vários estudos têm abordado fatores que governam a longevidade dos enxertos ósseos \"onlay\". Entretanto, poucas informações têm sido disponibilizadas sobre eventos moleculares que ocorrem ao longo do tempo. Os enxertos de calota craniana têm sido reportados produzir respostas superiores em relação a outras regiões doadoras nas reconstruções maxilo-faciais, mas sem a devida comprovação científica. Este estudo tem por objetivos (1) estudar o padrão morfológico de enxertos ósseos \"onlay\" de calota craniana e compará-los com os eventos biológicos através de respostas imunoistoquímicas e (2) estabelecer os efeitos das perfurações no leito receptor sobre a manutenção do volume e densidade óssea. Sessenta coelhos do tipo New-Zealand White foram submetidos à enxertia óssea \"onlay\" de calota craniana na mandíbula. Em trinta coelhos o leito receptor foi perfurado (grupo perfurado) enquanto nos demais o leito foi mantido intacto (grupo não perfurado). Seis animais de cada grupo foram sacrificados aos 5, 7, 10, 20 e 60 dias após a cirurgia. Cortes histológicos foram preparados da região enxertada para análises imunoistoquímica e histológica. Na avaliação imunoistoquímica se observou marcações das proteínas Osteoprotegerina (OPG), \"Receptor Activator of Nuclear Factor-ß ligand\" (RANKL), Fosfatase Alcalina (ALP), Osteopontina (OPN), \"Vascular Endothelial Growth Factor\" (VEGF), \"Tartrate-Resistant Acid Phosphatase\" (TRAP), Colágeno do tipo I (COL I) e Osteocalcina (OC). O exame tomográfico foi realizado após a cirurgia e no sacrifício dos animais. Os achados histológicos revelaram que as perfurações contribuíram para uma maior deposição óssea nos períodos iniciais na interface entre o enxerto e o leito receptor, acelerando o processo de incorporação. Os resultados tomográficos mostraram menor reabsorção para o grupo perfurado (P≤0,05) e ambos os grupos mostraram altas taxas de densidade óssea aos 60 dias. Estas evidências são corroboradas pelos resultados imunoistoquímicos que mostraram maior marcação de proteínas ligadas a revascularização e osteogênese (VEGF, OPN, TRAP e ALP) no grupo perfurado. Esses achados indicam que o volume ósseo de enxertos da calota craniana é mais bem conservado quando o leito receptor é perfurado, provavelmente em razão de uma mais efetiva revascularização do enxerto e maior deposição óssea. === Several studies have discussed factors that govern the longevity of onlay bone grafts. However, little information has been made available on molecular events that occur over time. Cranial bone grafts have been reported to produce greater responses compared to other donor regions in maxillofacial reconstructions, but necessary scientific verification was still lacking. The objectives of this study are (1) to study the morphological pattern of cranial onlay bone grafts and compare them to the biological events through immunohistochemical responses, and (2) to establish the effects of perforations on maintaining the volume and bone density of the receptor bed. Sixty New Zealand White rabbits were submitted to cranial onlay bone grafts of the mandible. In thirty rabbits, the receptor bed was perforated (perforated group), while for the remaining specimens the bed was kept intact (non-perforated group). Six animals from each group were culled at 5, 7, 10, 20 and 60 days after surgery. Histological cuts from the grafted area were prepared for immunohistochemical and histological analyses. During the immunohistochemical evaluation, markers were found for proteins Osteoprotegerin (OPG), Receptor Activator of Nuclear Factor-ß ligand (RANKL), Alkaline Phosphatase (ALP), Osteopontin (OPN), Vascular Endothelial Growth Factor (VEGF), Tartrate-Resistant Acid Phosphatase (TRAP), Type I Collagen (COL I) and Osteocalcin (OC). The tomography examination (CT scan) was conducted after surgery and at culling. The histological findings revealed that the perforations contributed to higher bone deposition during the initial stages at the graft-receptor bed interface, accelerating the incorporation process. The results of the CT scan showed lower resorption for the perforated group (P≤0.05), and both groups showed high bone density rates at 60 days. This set of evidence is corroborated by the immunohistochemical results, which showed more markers of proteins associated with revascularization and osteogenesis (VEGF, OPN, TRAP and ALP) in the perforated group. These findings indicate that the bone volume of cranial dome grafts is better maintained when the receptor bed is perforated, probably resulting from more effective graft revascularization and greater bone deposition.
author2 Luiz Antonio Salata
author_facet Luiz Antonio Salata
Wagner Fernandes Pedrosa Junior
author Wagner Fernandes Pedrosa Junior
author_sort Wagner Fernandes Pedrosa Junior
title Estudo imunoistoquímico, tomográfico e histológico sobre a remodelação de enxertos ósseos \'onlay\'. Parte II (Calota Craniana)
title_short Estudo imunoistoquímico, tomográfico e histológico sobre a remodelação de enxertos ósseos \'onlay\'. Parte II (Calota Craniana)
title_full Estudo imunoistoquímico, tomográfico e histológico sobre a remodelação de enxertos ósseos \'onlay\'. Parte II (Calota Craniana)
title_fullStr Estudo imunoistoquímico, tomográfico e histológico sobre a remodelação de enxertos ósseos \'onlay\'. Parte II (Calota Craniana)
title_full_unstemmed Estudo imunoistoquímico, tomográfico e histológico sobre a remodelação de enxertos ósseos \'onlay\'. Parte II (Calota Craniana)
title_sort estudo imunoistoquímico, tomográfico e histológico sobre a remodelação de enxertos ósseos \'onlay\'. parte ii (calota craniana)
publisher Universidade de São Paulo
publishDate 2009
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58136/tde-19022009-140237/
work_keys_str_mv AT wagnerfernandespedrosajunior estudoimunoistoquimicotomograficoehistologicosobrearemodelacaodeenxertososseosonlayparteiicalotacraniana
AT wagnerfernandespedrosajunior immunoshistochemicaltomographicandhistologicalstudyononlaybonegraftsremodelingpartiicalvarialbone
_version_ 1718891482672267264
spelling ndltd-IBICT-oai-teses.usp.br-tde-19022009-1402372019-01-21T22:10:46Z Estudo imunoistoquímico, tomográfico e histológico sobre a remodelação de enxertos ósseos \'onlay\'. Parte II (Calota Craniana) Immunoshistochemical, tomographic and histological study on onlay bone grafts remodeling. Part II - Calvarial bone Wagner Fernandes Pedrosa Junior Luiz Antonio Salata Roberta Okamoto Nelson Luis Barbosa Rebellato Enxerto Ósseo de Calota Craniana Imunoistoquímica Revascularização Óssea Tomografia Computadorizada Bone Revascularization Calvarial Bone Grafts Computerized Tomography Immunohistochemistry Vários estudos têm abordado fatores que governam a longevidade dos enxertos ósseos \"onlay\". Entretanto, poucas informações têm sido disponibilizadas sobre eventos moleculares que ocorrem ao longo do tempo. Os enxertos de calota craniana têm sido reportados produzir respostas superiores em relação a outras regiões doadoras nas reconstruções maxilo-faciais, mas sem a devida comprovação científica. Este estudo tem por objetivos (1) estudar o padrão morfológico de enxertos ósseos \"onlay\" de calota craniana e compará-los com os eventos biológicos através de respostas imunoistoquímicas e (2) estabelecer os efeitos das perfurações no leito receptor sobre a manutenção do volume e densidade óssea. Sessenta coelhos do tipo New-Zealand White foram submetidos à enxertia óssea \"onlay\" de calota craniana na mandíbula. Em trinta coelhos o leito receptor foi perfurado (grupo perfurado) enquanto nos demais o leito foi mantido intacto (grupo não perfurado). Seis animais de cada grupo foram sacrificados aos 5, 7, 10, 20 e 60 dias após a cirurgia. Cortes histológicos foram preparados da região enxertada para análises imunoistoquímica e histológica. Na avaliação imunoistoquímica se observou marcações das proteínas Osteoprotegerina (OPG), \"Receptor Activator of Nuclear Factor-ß ligand\" (RANKL), Fosfatase Alcalina (ALP), Osteopontina (OPN), \"Vascular Endothelial Growth Factor\" (VEGF), \"Tartrate-Resistant Acid Phosphatase\" (TRAP), Colágeno do tipo I (COL I) e Osteocalcina (OC). O exame tomográfico foi realizado após a cirurgia e no sacrifício dos animais. Os achados histológicos revelaram que as perfurações contribuíram para uma maior deposição óssea nos períodos iniciais na interface entre o enxerto e o leito receptor, acelerando o processo de incorporação. Os resultados tomográficos mostraram menor reabsorção para o grupo perfurado (P≤0,05) e ambos os grupos mostraram altas taxas de densidade óssea aos 60 dias. Estas evidências são corroboradas pelos resultados imunoistoquímicos que mostraram maior marcação de proteínas ligadas a revascularização e osteogênese (VEGF, OPN, TRAP e ALP) no grupo perfurado. Esses achados indicam que o volume ósseo de enxertos da calota craniana é mais bem conservado quando o leito receptor é perfurado, provavelmente em razão de uma mais efetiva revascularização do enxerto e maior deposição óssea. Several studies have discussed factors that govern the longevity of onlay bone grafts. However, little information has been made available on molecular events that occur over time. Cranial bone grafts have been reported to produce greater responses compared to other donor regions in maxillofacial reconstructions, but necessary scientific verification was still lacking. The objectives of this study are (1) to study the morphological pattern of cranial onlay bone grafts and compare them to the biological events through immunohistochemical responses, and (2) to establish the effects of perforations on maintaining the volume and bone density of the receptor bed. Sixty New Zealand White rabbits were submitted to cranial onlay bone grafts of the mandible. In thirty rabbits, the receptor bed was perforated (perforated group), while for the remaining specimens the bed was kept intact (non-perforated group). Six animals from each group were culled at 5, 7, 10, 20 and 60 days after surgery. Histological cuts from the grafted area were prepared for immunohistochemical and histological analyses. During the immunohistochemical evaluation, markers were found for proteins Osteoprotegerin (OPG), Receptor Activator of Nuclear Factor-ß ligand (RANKL), Alkaline Phosphatase (ALP), Osteopontin (OPN), Vascular Endothelial Growth Factor (VEGF), Tartrate-Resistant Acid Phosphatase (TRAP), Type I Collagen (COL I) and Osteocalcin (OC). The tomography examination (CT scan) was conducted after surgery and at culling. The histological findings revealed that the perforations contributed to higher bone deposition during the initial stages at the graft-receptor bed interface, accelerating the incorporation process. The results of the CT scan showed lower resorption for the perforated group (P≤0.05), and both groups showed high bone density rates at 60 days. This set of evidence is corroborated by the immunohistochemical results, which showed more markers of proteins associated with revascularization and osteogenesis (VEGF, OPN, TRAP and ALP) in the perforated group. These findings indicate that the bone volume of cranial dome grafts is better maintained when the receptor bed is perforated, probably resulting from more effective graft revascularization and greater bone deposition. 2009-01-29 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58136/tde-19022009-140237/ por info:eu-repo/semantics/openAccess Universidade de São Paulo Odontologia (Periodontia) USP BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP instname:Universidade de São Paulo instacron:USP