O perfil dos municípios e dos coordenadores de saúde bucal pertencentes à região de Bauru (DIR-X) em relação à atenção básica à saúde (SUS)

Nas últimas décadas, a odontologia brasileira se viu frente a um novo perfil epidemiológico das doenças da boca na população; e, com a criação do SUS, também precisou se adequar a um diferente modo de acesso ao serviço público de saúde. Com a descentralização do setor saúde, houve uma maior atua...

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Bibliographic Details
Main Author: Henrique Mendes Silva
Other Authors: José Roberto Pereira Lauris
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2007
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25141/tde-18062007-114028/
Description
Summary:Nas últimas décadas, a odontologia brasileira se viu frente a um novo perfil epidemiológico das doenças da boca na população; e, com a criação do SUS, também precisou se adequar a um diferente modo de acesso ao serviço público de saúde. Com a descentralização do setor saúde, houve uma maior atuação dos municípios, sendo que, em odontologia, as ações são realizadas por uma equipe odontológica formada, na maioria das vezes, por cirurgiõesdentistas e pessoal auxiliar; liderados pelo Coordenador de Saúde Bucal. Este trabalho teve por objetivo conhecer a realidade dos municípios do que compõem a DIR-X do Estado de São Paulo (regional de Bauru) no que diz respeito aos aspectos relacionados à saúde pública (geral e bucal), e conhecer o perfil dos seus Coordenadores de Saúde Bucal, além das suas dificuldades para exercer tal função. Foram realizadas visitas aos 38 municípios que compõem a regional de Bauru/SP. Os dados foram obtidos através de uma entrevista e preenchimento de um questionário pelos Coordenadores de Saúde Bucal dos municípios estudados. Os resultados mostram diferenças entre os municípios no que diz respeito à organização da atenção básica em saúde, onde 18 deles ainda não haviam implantado equipes de saúde da família. Foram verificadas também diferenças na proporção de cirurgiões-dentistas na rede, nos programas preventivos realizados pelos municípios, e no oferecimento de tratamento odontológico especializado. Em relação ao perfil dos coordenadores, observou-se que 22 eram mulheres e 12 homens, e a média de idade foi de 40,7 anos. Apenas 2 eram especialistas em saúde coletiva/pública. Concluiu-se que há diferenças na organização da atenção básica em saúde nos diferentes municípios, e que seus Coordenadores de Saúde Bucal necessitam de um maior apoio dos governos (municipais e estaduais) para um melhor desenvolvimento de suas atividades. === In the last decades, Brazilian dentistry has faced a new epidemiologic profile regarding public oral health and, along with the SUS creation, had to deal with a new access model in the public health system. The end of centralization in the Health Government division turned the districts more independent; in this way, for dentistry, health actions are executed by a specialized team composed of surgeon-dentists and auxiliary personnel, guided by an Oral Health coordinator. The aim of this study was to know the reality of the districts that comprehend the DIR-X in the Sao Paulo State regarding to its oral and general public health issues, as well as the Oral Health Coordinators\' profile, along with their difficulties to deal with it. Thirty-eight districts comprehending the Bauru region were visited. Data were obtained through interview and questionnaire applied by the Oral Health Coordinators in the studied districts. Results showed differences regarding the organization of the primary health care models, where 18 had not yet formed teams for family health care. Also, differences were seen in the surgeon-dentist/district ratio, preventive programs implemented, and the type of specialized dental treatment. Regarding to the coordinators\' profile, 22 female and 22 male professionals were found, with a mean age of 40.7 years. Only 2 clinicians were specialists in public health. It was concluded that there are differences in the organization of the primary health care over the districts, and that Oral Health coordinators need more support from local and state governments to better develop their activities.