Arenas nem tão pacíficas - arquitetura e projetos políticos em Exposições Universais de finais da década de 1930
Em finais da década de 1930, mais especificamente entre 1937 e 1940, o estado brasileiro se fez representar internacionalmente com a construção oficial de pavilhões nacionais em quatro grandes exposições universais: a Exposition Internationale des Arts e Techniques dans la Vie Moderne (Paris, 19...
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Universidade de São Paulo
2014
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Diplomacia Exposições internacionais Identidade nacional Política de massa Architecture Diplomacy International exhibitions Mass politics National identity Marianna Ramos Boghosian Al Assal Arenas nem tão pacíficas - arquitetura e projetos políticos em Exposições Universais de finais da década de 1930 |
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Em finais da década de 1930, mais especificamente entre 1937 e 1940, o estado brasileiro se fez representar internacionalmente com a construção oficial de pavilhões nacionais em quatro grandes exposições universais: a Exposition Internationale des Arts e Techniques dans la Vie Moderne (Paris, 1937); a New York Worlds Fair (1939-1940), a Golden Gate International Exposition (São Francisco, 1939-1940) e a Exposição do Mundo Português (Lisboa, 1940). Procedentes de uma tradição de quase um século de grandes exposições universais, chama atenção as particularidades do cenário político internacional em que esses eventos tiveram lugar: a década de 1930 se caracterizou por crises econômicas em escala global, pela força dos discursos nacionalistas, pela ascensão em suas vertentes tanto mais brandas quanto mais terríveis da chamada política de massas e, já em seus últimos anos, pelo início da Segunda Guerra Mundial. Tampouco o cenário nacional brasileiro da década de 1930 seria tranquilo, marcado por instabilidades, a subida ao poder de Getúlio Vargas e finalmente o golpe que daria início à política ditatorial do Estado Novo. A presente tese aborda a idealização, concepção arquitetônica e concretização espacial dessas exposições bem como a participação brasileira nesses processos problematizando suas inserções no contexto arquitetônico e político do período em que foram realizadas. Busca-se entender as articulações e circuitos diversos de negociação, referência e disputa pelos quais as decisões no campo da arquitetura relacionaram-se com as múltiplas escalas de poder e projetos políticos na conformação desses espaços de representação.
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In the late 1930, more specifically between 1937 and 1940, the Brazilian State represented itself internationally with the construction of official national pavilions on four great Worlds Fairs: the Exposition Internationale des Arts and Techniques dans la Vie Moderne (Paris, 1937); the New York World\'s Fair (1939-1940), the Golden Gate International Exposition (San Francisco , 1939-1940,) and the Exposição do Mundo Português (Lisbon, 1940). Coming from a tradition of nearly a century of World\'s Fair, there were some particularities in the international political scenario in which these events took place: the decade of 1930 was characterized by economic crises on a global scale, by the strength of nationalist speeches, by the rise in its more tender and most terrible aspects of the so-called policy of masses and, in its later years, by the beginning of World War II. Either the Brazilian national scenario of the decade of 1930 would be peaceful, marked by instability, the rise to power of Getúlio Vargas and finally the coup that would begin the dictatorial period of the Estado Novo. This thesis discusses the idealization, architectural conception and implementation of these Worlds Fairs as well as the Brazilian participation in these processes drawing attention to the architectural and political context of the period. The aim is to understand the connections and circuits of negotiation, reference and dispute in which the decisions in architectural specific field related with the multiple scales of power and political projects in the conformation of these spaces of representation.
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