Summary: | Neste trabalho, buscamos compreender as formas de territorialização que os moradores do complexo habitacional Cidade Tiradentes constroem frente à metrópole, aliadas às formas de percepção dessas territorializações e do lugar. Assim, buscamos compreender as formas de adequação do espaço-tempo do vivido em relação à imposta negação desse vivido, em consonância com as inegáveis transformações ocorridas no local desde o momento de implantação dos conjuntos habitacionais. Buscamos desvendar também de que maneira a ordenação por meio da forma estatal, aliada a um capital privado, constrói situações de luta e como essas lutas compõem o campo de práticas implicadas ao quotidiano. Além disso, centrarmo-nos nos termos qualitativos da circulação, considerando as práticas espaciais quotidianas dos moradores e sua composição em territórios e territorialidades urbanas, estas atravessadas por tempos políticos e econômicos da metrópole. Uma revisão bibliográfica se mesclou às entrevistas realizadas com moradores locais e técnicos responsáveis pela concepção e implantação dos conjuntos. As trajetórias de todos que contribuíram com este trabalho por intermédio de seus depoimentos, assim como o entrecruzamento dos discursos vários, são marcadas pela experiência de um urbano que não se realiza senão enquanto mercadoria, e impõe o crítico à imensa maioria da população urbana.
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In this study, we aim to understand the forms of territorialisation that Cidade Tiradentes housing complex dwellers are building to face the metropolis, jointly with the perception of those territorialisations and the place. Thus, we aim to understand the forms of space-time adjustments lived in relation with the imposed negation of what was lived, in consonance with the undeniable transformation has happened in the place since the begging of the housing complex installation. We also look for unveil the way state order, jointly with a private capital, rouse struggle circumstances and how those struggles composes the field of practices concerned to the quotidian. Besides, we focused on the qualitative terms of the circulation, considering the dwellers everyday spatial practices and its composition in territories and urban territorialities, which are gone through by metropolis political and economic time. A bibliographic review was mixed to the interviews realized with the local inhabitants and the technicians who participated in the housing complexes conception and implantation. The trajectory of each one that contributed with this study through his speech, such as the several discourses crossed, is marked for the an urban experience that doesnt take place without the merchandises logical, and it imposes the critical on the immense majority of the urban population.
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