Don\'t be evil: universidade, empresa e contracultura em interação na empresa Google Inc.

Esta pesquisa tem por objetivo entender as diferentes dinâmicas estabelecidas entre contracultura, economia e ciência a partir da noção de matriz de entrelaçamento. A empresa Google Inc e o objeto que melhor permite analisar as zonas fronteiriças que entrelaçam esses três elementos, preservando...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Cristiana de Oliveira Gonzalez
Other Authors: Sylvia Gemignani Garcia
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2013
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-16082013-120419/
Description
Summary:Esta pesquisa tem por objetivo entender as diferentes dinâmicas estabelecidas entre contracultura, economia e ciência a partir da noção de matriz de entrelaçamento. A empresa Google Inc e o objeto que melhor permite analisar as zonas fronteiriças que entrelaçam esses três elementos, preservando seus referentes e suas fronteiras.Assim este e um trabalho que tenta explorar por meio de quais processos as praticas e valores da contracultura e da produção de conhecimento científico que, ao mesmo tempo em que não eram frontalmente anti-mercado, mas que inicialmente não estavam subordinadas à produção capitalista, acabam muitas vezes se impondo aos objetivos de mercado, à forma de produção de conhecimento do capitalismo flexível, por provarem sua eficiência tecnica e sucesso comercial. Irei me referir a esses três elementos dentro de uma perspectiva dos regimes, que estabelece que cada regime tem sua base histórica, possui sua própria divisão de trabalho, seus próprios modos de produção cognitiva e de artefatos e tem audiências específicas. === This research aims to understand the different dynamics between established counterculture, economics and science from the notion of entanglement matrix. The company Google Inc. is therefore the best subject for an analysis of edge cases that intertwine these three elements, preserving their referents and their boundaries. In this manner, this research attempts to explore which processes the practices and values of counterculture and the production of scientific knowledge that, while they were not outright anti-market, but initially were not subordinated to capitalist production, often end up imposing marketing objectives, influencing the production of knowledge in a flexible capitalism for proving its technical efficiency and \"commercial\" success. I will refer to these three elements within a perspective of the regimes, which states that each regime has its historical basis, has its own division of labor, their own modes of cognitive production and has specific audiences.