Nasalância de crianças com fissura labiopalatina e nasalidade de fala normal: uma comparação dos dialetos mineiro e paulista

A proposta deste estudo foi descrever os escores de nasalância de crianças mineiras e paulistas com nasalidade de fala normal, e comparar os escores de nasalância das crianças dos estados brasileiros de Minas Gerais e de São Paulo. Para isto foram obtidos escores de nasalância de quatro diferent...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Iara Lorca Narece
Other Authors: Maria Inês Pegoraro Krook
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2007
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-14022008-111531/
Description
Summary:A proposta deste estudo foi descrever os escores de nasalância de crianças mineiras e paulistas com nasalidade de fala normal, e comparar os escores de nasalância das crianças dos estados brasileiros de Minas Gerais e de São Paulo. Para isto foram obtidos escores de nasalância de quatro diferentes amostras de fala (\"papai\", \"papai pediu pipoca\", \"bebê\", e \"o bebê babou\") para cada criança. Participaram deste estudo 127 crianças (29 mineiras e 98 paulistas), pacientes do HRAC/USP, com fissura labiopalatina unilateral operada, e classificação perceptivo-auditiva de nasalidade de fala normal. Todas as crianças repetiram as quatro amostras de fala individualmente, e os dados foram coletados e analisados utilizando-se o nasômetro modelo 6200-3, fabricado pela Kay Elemetrics Corporation. A análise estatística foi realizada para investigar a influência da variação dialetal nos escores de nasalância, bem como para investigar a influência de outros falantes nas crianças estudadas e diferenças entre os gêneros. Os resultados indicaram média do escore de nasalância de 14,04% para a palavra \"papai\", de 16,38% para a frase \"papai pediu pipoca\", de 23,08% para a palavra \"bebê\", e de 22,55% para a frase \"o bebê babou\" para as crianças estudadas independentemente de seu estado de origem. Não houve diferença significante na média dos escores de nasalância entre as crianças mineiras e paulistas. Não houve diferença significante na média dos escores de nasalância entre as crianças que não sofreram influência de outros dialetos em sua fala e aqueles que poderiam ter sofrido esta influência. A variável gênero não demonstrou ser um fator que possa influenciar nos valores de nasalância para a população estudada. === The purpose of this study was to describe the nasalance scores in children with normal nasality from two different region of Brazil, Minas Gerais and São Paulo states. Mean nasalance scores were obtained for four different speech samples (\"papai\" - father, \"papai pediu pipoca\" - father requested popcorn, \"bebê\" - baby, and \"o bebê babou\" - the baby drooled) for each subject. One hundred twenty seven children (29 mineiras and 98 paulistas) with operated unilateral cleft lip and palate participated this study, all patients from HRAC/USP, with normal perceptual evaluation of nasality. All children repeated each of the four samples individually; and the data were collected and analyzed using the Nasometer model 6200-3 manufactured by Kay Elemetrics Corporation. Statistical analysis were performed in order to investigate the dialectal influence in nasalance scores, as well as to examine the influence of others in the subjects of this study and the differences in gender. The results indicated mean nasalance score of 14,04% for the word \"papai\", of 16,38% for the phrase \"papai pediu pipoca\", of 23,08% for the word \"bebê\", and of 22,55% for the phrase \"o bebê babou\". There was no significant difference in mean nasalance score between subjects from Minas Gerais and from São Paulo. There was no significant difference in mean nasalance score between subjects with and without influence from others dialects. There was no statistically significant effect of gender for the group of children in the present study.