Contribuições da perspectiva filosófica de Wittgenstein para a educação em direitos humanos
Este trabalho tem como proposta pensar a Educação em Direitos Humanos a partir de uma perspectiva wittgensteiniana. Desse filósofo, Ludwig Wittgenstein, apropriamo-nos de sua concepção de filosofia a partir da qual os problemas filosóficos decorrem de uma má compreensão da linguagem, conduzindo...
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Universidade de São Paulo
2017
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Direitos humanos Educação moral Ensino e aprendizagem Ética Filosofia da educação Citizenship Ethic Human rights Moral education Philosophy of education Teaching and learning André de Paula Maia Contribuições da perspectiva filosófica de Wittgenstein para a educação em direitos humanos |
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Este trabalho tem como proposta pensar a Educação em Direitos Humanos a partir de uma perspectiva wittgensteiniana. Desse filósofo, Ludwig Wittgenstein, apropriamo-nos de sua concepção de filosofia a partir da qual os problemas filosóficos decorrem de uma má compreensão da linguagem, conduzindo a confusões de natureza conceitual, como também nos apropriamos de sua terapia filosófica, processo pelo qual essas confusões de natureza conceitual podem ser dissolvidas ou evitadas. Com o intuito de desenvolvermos nossa proposta, analisamos as características da Educação em Direitos Humanos em comparação com outras propostas de formação moral. Pudemos perceber, após essa análise, que a Educação em Direitos Humanos tem um potencial formativo que possibilita uma formação diferenciada, ao possibilitar uma reflexão não dogmática sobre os valores. Por se tratar também de uma formação moral, discutimos a partir da filosofia de Wittgenstein alguns equívocos que podem ser evitados. Por exemplo, quando não levamos em conta a distinção existente entre a aprendizagem de certezas e a de conhecimentos, de tal forma que a Educação em Direitos Humanos passa a ser vista apenas como mais um conteúdo na grade curricular. Ou quando acreditamos que a Educação em Direitos Humanos deve ocorrer exclusivamente por meio de estratégias de convencimento do educando. Ou ainda, ao se ter como objetivo, o abandono, por parte do aluno, de certezas que compõem a sua visão de mundo. Por fim, defendemos que uma atitude antidogmática é promovida pela Educação em Direitos Humanos quando diversas visões de mundo são comparadas em suas semelhanças e diferenças, apontando o fundamento convencional que há em cada uma delas, de tal forma que o educando possa ver o mundo também a partir da perspectiva daquele que é o diferente, o discriminado, reconhecendo-se, assim, que essa outra perspectiva também tem o direito de ser respeitada.
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This work intends to think about Human Rights Education from a Wittgensteinian perspective. From this philosopher, Ludwig Wittgenstein, we draw upon his conception of philosophy from which philosophical problems derive from a misunderstanding of language, leading to confusions of a conceptual nature, as well as appropriating his philosophical therapy, a process by which these confusions of conceptual nature can be dissolved or avoided. To develop our proposal, we analyze the characteristics of Human Rights Education in comparison with other proposals for moral formation. After this analysis, we can see that Human Rights Education has a formative potential that allows a differentiated formation, allowing a non-dogmatic reflection on values. Because it is also a moral formation, we discuss from the philosophy of Wittgenstein some misconceptions that can be avoided. For example, when we do not consider the distinction between learning certainties and knowledge, in such a way that Human Rights Education is just another content in the curriculum. Or when we believe that Education in Human Rights must occur exclusively through strategies of convincing the student. Or, to have as objective, the abandonment, on the part of the student, of certainties that make up his vision of the world. Finally, we defend that an anti-dogmatic attitude is promoted by Human Rights Education when different worldviews are compared in their similarities and differences, pointing out the conventional basis in each of them, so that the student can see the world too from the perspective of the one who is the different, the discriminated, recognizing, therefore, that this other perspective also has the right to be respected
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ndltd-IBICT-oai-teses.usp.br-tde-13092017-1559062019-01-21T23:07:51Z Contribuições da perspectiva filosófica de Wittgenstein para a educação em direitos humanos Contributions of Wittgenstein\'s philosophical perspective to human rights education André de Paula Maia Cristiane Maria Cornelia Gottschalk Tânia Gonçalves Paulo Sampaio Xavier de Oliveira Cidadania Direitos humanos Educação moral Ensino e aprendizagem Ética Filosofia da educação Citizenship Ethic Human rights Moral education Philosophy of education Teaching and learning Este trabalho tem como proposta pensar a Educação em Direitos Humanos a partir de uma perspectiva wittgensteiniana. Desse filósofo, Ludwig Wittgenstein, apropriamo-nos de sua concepção de filosofia a partir da qual os problemas filosóficos decorrem de uma má compreensão da linguagem, conduzindo a confusões de natureza conceitual, como também nos apropriamos de sua terapia filosófica, processo pelo qual essas confusões de natureza conceitual podem ser dissolvidas ou evitadas. Com o intuito de desenvolvermos nossa proposta, analisamos as características da Educação em Direitos Humanos em comparação com outras propostas de formação moral. Pudemos perceber, após essa análise, que a Educação em Direitos Humanos tem um potencial formativo que possibilita uma formação diferenciada, ao possibilitar uma reflexão não dogmática sobre os valores. Por se tratar também de uma formação moral, discutimos a partir da filosofia de Wittgenstein alguns equívocos que podem ser evitados. Por exemplo, quando não levamos em conta a distinção existente entre a aprendizagem de certezas e a de conhecimentos, de tal forma que a Educação em Direitos Humanos passa a ser vista apenas como mais um conteúdo na grade curricular. Ou quando acreditamos que a Educação em Direitos Humanos deve ocorrer exclusivamente por meio de estratégias de convencimento do educando. Ou ainda, ao se ter como objetivo, o abandono, por parte do aluno, de certezas que compõem a sua visão de mundo. Por fim, defendemos que uma atitude antidogmática é promovida pela Educação em Direitos Humanos quando diversas visões de mundo são comparadas em suas semelhanças e diferenças, apontando o fundamento convencional que há em cada uma delas, de tal forma que o educando possa ver o mundo também a partir da perspectiva daquele que é o diferente, o discriminado, reconhecendo-se, assim, que essa outra perspectiva também tem o direito de ser respeitada. This work intends to think about Human Rights Education from a Wittgensteinian perspective. From this philosopher, Ludwig Wittgenstein, we draw upon his conception of philosophy from which philosophical problems derive from a misunderstanding of language, leading to confusions of a conceptual nature, as well as appropriating his philosophical therapy, a process by which these confusions of conceptual nature can be dissolved or avoided. To develop our proposal, we analyze the characteristics of Human Rights Education in comparison with other proposals for moral formation. After this analysis, we can see that Human Rights Education has a formative potential that allows a differentiated formation, allowing a non-dogmatic reflection on values. Because it is also a moral formation, we discuss from the philosophy of Wittgenstein some misconceptions that can be avoided. For example, when we do not consider the distinction between learning certainties and knowledge, in such a way that Human Rights Education is just another content in the curriculum. Or when we believe that Education in Human Rights must occur exclusively through strategies of convincing the student. Or, to have as objective, the abandonment, on the part of the student, of certainties that make up his vision of the world. Finally, we defend that an anti-dogmatic attitude is promoted by Human Rights Education when different worldviews are compared in their similarities and differences, pointing out the conventional basis in each of them, so that the student can see the world too from the perspective of the one who is the different, the discriminated, recognizing, therefore, that this other perspective also has the right to be respected 2017-08-14 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-13092017-155906/ por info:eu-repo/semantics/openAccess Universidade de São Paulo Educação USP BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP instname:Universidade de São Paulo instacron:USP |