Summary: | A gagueira é definida como um distúrbio de fluência que se caracteriza por interrupções anormais do fluxo da fala, geralmente experimentadas pelo indivíduo que gagueja como perda de controle, já que ocorrem de modo involuntário. É uma patologia de comunicação que atinge 5% da população em todo o mundo, dos quais 1% continua a gaguejar na idade adulta. Apresenta uma diversidade de sintomas que nem sempre são encontráveis em todos os indivíduos, o que dificulta diagnosticar as possíveis causas e defini-las com precisão. Medidas preventivas e, se necessário, tratamento precoce é o melhor que se pode fazer para impedir que uma criança se torne um adulto gago. A família, seio de desenvolvimento da criança, deve ser o ponto de partida para se entender o processo de aparecimento e desenvolvimento desta patologia e talvez seja dela que venham as respostas para um tratamento mais efetivo. Este trabalho tem por objetivo identificar as características significativas de comunicação às quais a criança está exposta em seu ambiente familiar, conhecer a rede de relações dentro do grupo familiar, o significado da comunicação para a família, seu padrão lingüístico, suas exigências socioculturais e suas práticas educativas. Participaram desta pesquisa quinze mães de crianças entre três e treze anos de idade, com diagnóstico de gagueira. Foram realizadas entrevistas utilizando-se roteiro semi-estruturado, cujos dados foram analisados quantitativa e qualitativamente por meio de análise temática de conteúdo. Os resultados mostram que as mães consideram a comunicação oral, o falar bem, como fundamental na vida das pessoas. Quando perceberam seus filhos gagos, ficaram preocupadas, pois julgam a gagueira um problema muito sério para o futuro deles. Corrigiam-nos, na tentativa de ajudá-los a parar de gaguejar. Todas procuraram ajuda de profissionais (fonoaudiólogos e psicólogos), quando sentiram a ineficiência de seus métodos corretivos. Pode-se constatar que algumas crianças do grupo recusaram-se a falar e tornaram-se tímidas, outras ao contrário eram falantes e extrovertidas, não se importando com a gagueira. O seu surgimento parece não depender do padrão lingüístico ou mesmo da estrutura e dinâmica familiares, não se encontrando neles um fator causal predominante para a gagueira. Conclui-se que a comunicação oral é extremamente valorizada pela sociedade e por isso a gagueira preocupa excessivamente as mães, cuja ansiedade pode interferir na manutenção deste distúrbio de comunicação. Palavras-chave: gagueira e família, distúrbio de comunicação. A gagueira é definida como um distúrbio de fluência que se caracteriza por interrupções anormais do fluxo da fala, geralmente experimentadas pelo indivíduo que gagueja como perda de controle, já que ocorrem de modo involuntário. É uma patologia de comunicação que atinge 5% da população em todo o mundo, dos quais 1% continua a gaguejar na idade adulta. Apresenta uma diversidade de sintomas que nem sempre são encontráveis em todos os indivíduos, o que dificulta diagnosticar as possíveis causas e defini-las com precisão. Medidas preventivas e, se necessário, tratamento precoce é o melhor que se pode fazer para impedir que uma criança se torne um adulto gago. A família, seio de desenvolvimento da criança, deve ser o ponto de partida para se entender o processo de aparecimento e desenvolvimento desta patologia e talvez seja dela que venham as respostas para um tratamento mais efetivo. Este trabalho tem por objetivo identificar as características significativas de comunicação às quais a criança está exposta em seu ambiente familiar, conhecer a rede de relações dentro do grupo familiar, o significado da comunicação para a família, seu padrão lingüístico, suas exigências socioculturais e suas práticas educativas. Participaram desta pesquisa quinze mães de crianças entre três e treze anos de idade, com diagnóstico de gagueira. Foram realizadas entrevistas utilizando-se roteiro semi-estruturado, cujos dados foram analisados quantitativa e qualitativamente por meio de análise temática de conteúdo. Os resultados mostram que as mães consideram a comunicação oral, o falar bem, como fundamental na vida das pessoas. Quando perceberam seus filhos gagos, ficaram preocupadas, pois julgam a gagueira um problema muito sério para o futuro deles. Corrigiam-nos, na tentativa de ajudá-los a parar de gaguejar. Todas procuraram ajuda de profissionais (fonoaudiólogos e psicólogos), quando sentiram a ineficiência de seus métodos corretivos. Pode-se constatar que algumas crianças do grupo recusaram-se a falar e tornaram-se tímidas, outras ao contrário eram falantes e extrovertidas, não se importando com a gagueira. O seu surgimento parece não depender do padrão lingüístico ou mesmo da estrutura e dinâmica familiares, não se encontrando neles um fator causal predominante para a gagueira. Conclui-se que a comunicação oral é extremamente valorizada pela sociedade e por isso a gagueira preocupa excessivamente as mães, cuja ansiedade pode interferir na manutenção deste distúrbio de comunicação. Palavras-chave: gagueira e família, distúrbio de comunicação.
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Stuttering is defined as a disturb of fluency which is characterized for uncommon interruptions in the speech flow, usually experienced for the individual that stutters as a lost of control, since they occur in an involuntary way. It is a pathology of communication that affects 5% of the population in the whole world, from which 1% keeps stuttering on adult age. It displays a variety of symptoms not always possible to be found in all individuals, what makes it difficult to diagnose the possible causes and precisely define them. Preventive measures and, if necessary, precocious treatment is the best to do in order to avoid a child to become a stuttering adult. The family, heart of the childs development, must be the starting point for understanding the process of emersion and developing of this pathology and maybe it is the place where the answers for a more effective treatment come. This report has the objective of identifying the significative characteristics of communication to which a child is exposed in its family environment, understand the net of relations inside the family group, the meaning of communication to the family, its linguistic pattern, social-cultural demands and educational customs. The subjects were fifteen mothers of children amongst three and thirteen years old, with stuttering diagnosis. Interviews were made with a semi-structured script, which data were quantitative and qualitatively analyzed by means of a thematic contents analysis. The results show that mothers regard the oral communication, the well-speaking, as fundamental in peoples life. When they noticed their children stutter, they got worried, since they consider stuttering a very serious problem for their future. They corrected them, as an attempt to try to help them stop stuttering. All of them searched for professional help (phonoaudiologists and psychologists), when they felt the inefficiency of their corrective methods. It is possible to realize that some children from the group refused to speak and became timid, other children, on the contrary, talked a lot and behaved in an extroverted way, not caring about their stuttering. Its emergence seems not to depend on the linguistic pattern or even the familiar structure and dynamics, being not possible to find in them an outstanding causal factor for stuttering. It is concluded that oral communication is extremely valued by society and, this way, stuttering extremely worries mothers, whose anxiety might interfere in the persistence of this communication disturb.
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