Avaliação \"in situ\" do efeito erosivo de um refrigerante, associado ou não à escovação e ação salivar, em dentes humanos e bovinos

Este estudo in situ se propôs a analisar o efeito erosivo de refrigerante tipo cola (ERO) no esmalte dentário humano ou bovino, associado a diferentes condições de abrasão (escovação imediata/JÁ ou mediata/1H) e avaliar a capacidade do fluxo salivar estimulado por chiclete em diminuir alterações...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Daniela Rios
Other Authors: Salete Moura Bonifacio da Silva
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2004
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25133/tde-11102007-112823/
Description
Summary:Este estudo in situ se propôs a analisar o efeito erosivo de refrigerante tipo cola (ERO) no esmalte dentário humano ou bovino, associado a diferentes condições de abrasão (escovação imediata/JÁ ou mediata/1H) e avaliar a capacidade do fluxo salivar estimulado por chiclete em diminuir alterações no esmalte dentário. Durante dois períodos experimentais cruzados de 7 dias, 9 voluntários previamente selecionados utilizaram um dispositivo intrabucal palatino contendo doze espécimes de esmalte (6 humanos e 6 bovinos), aleatoriamente selecionados e distribuídos em três fileiras horizontais, cada uma com 4 espécimes, dois bovinos e 2 humanos. No 1º período (P1), os voluntários imergiram o aparelho em 150 mL da bebida, durante 5 minutos, nos horários pré-estabelecidos (8h, 12h, 16h e 20h), em seguida escovaram com dentifrício fluoretado quatro espécimes de uma das fileiras indicada como \"JÁ\" e recolocaram o aparelho. Depois de uma hora escovaram mais quatro espécimes de outra fileira indicada como \"1H\" e nada realizaram na fileira restante (ERO). Já no 2º período (P2), repetiram-se os mesmos procedimentos, no entanto após a imersão na bebida, os voluntários estimularam o fluxo salivar, mascando um chiclete sem sacarose por 30 minutos. A análise da alteração do esmalte foi realizada por meio de testes de microdureza (%PDS) e perfilometria (desgaste em µm). A Análise de Variância e o Teste de Tukey foram aplicados encontrando-se diferenças estatísticas (p<0,05) em todas comparações descritas abaixo. A porcentagem de perda de dureza foi maior para o substrato humano e o desgaste maior para o bovino. A ação do chiclete promoveu menor desgaste e menor perda de dureza. Observou-se uma perda de dureza decrescente e um desgaste crescente para as seguintes condições: ERO, 1H e JÁ. Os resultados sugerem que após um ataque erosivo a estimulação salivar diminui o desgaste dentário e, quando há associação com a abrasão pela escovação é melhor que esta seja postergada por uma hora. === This in situ study evaluated the erosive effect of a cola based soft drink (ERO) on human or bovine dental enamel, associated to different conditions of abrasion (immediately/NOW or mediately/1H toothbrushing). The use of chewing gum to stimulate salivary flow rate and minimize the enamel dental alterations was also studied. During two experimental 7 days crossover periods, 9 previously selected volunteers wore intraoral palatal devices, with 12 enamel specimens (6 human and 6 bovine), which were randomly selected and distributed in 3 rows, with 2 bovine and 2 human specimens each. On the first period, the volunteers immersed the device for 5 minutes in 150 mL of the soft drink, on a pre-established schedule (8h, 12h, 16h and 20h). Subsequently, 4 specimens of the row indicated row as \"NOW\" were brushed using a fluoride dentifrice and the device was replaced in mouth. After 1 hour, another 4 specimens of the row indicated as \"1H\" were brushed and no treatment was performed in the lasting row (ERO). On the second period, the procedures were repeated but after the drink immersion the volunteers stimulated the salivary flow rate by chewing a sugar-free gum for 30 minutes. Enamel alterations were measured using microhardness (%SMHC) and profilometry tests (wear-µm). ANOVA and Tukey Test showed statistical differences (p<0,05) for all following comparisons. The percentage of microhardness change was greater for the human substrate and the wear was greater for the bovine substrate. The chewing gum promoted less wear and microhardness change. It was observed a decreasing percentage of microhardness change and a crescent enamel wear in the following conditions: ERO, 1H e NOW. The data suggest that the salivary stimulation after an erosive attack can reduce the dental wear and in those situations where it is associated with abrasion by brushing, it is better to postpone this procedure by an hour.