Summary: | This thesis seeks to contribute to the literature by studying the impact of a legislators gender on health and public security policies passed in the Brazilian Congress and whether such policies are aligned with voters preferences. Evidences have shown that women face stronger barriers to being elected as compared to their male counterparts (Lawless 2015; Speck and Mancuso 2014) and they face a complex and demanding electoral playing field when running for re-election (Palmer and Simon, 2010). My hypothesis is that female politicians need to establish their credibility by proposing public policies in masculine areas, such as public security. Once a congresswoman has political experience, as a mayor, state deputy or another office, she risks making policy more aligned with female voter preferences. Using data from a national survey and a low-income voter survey, I analyze whether male and female Brazilian voters differ in the priority they assign to health and security policies. This enables me to predict what effects gender representation should have on health and public security policy choices. Then, I examine the differences in the types of health and public security budget amendments sponsored by male and female legislators. Finally, I analyze the impact of a politicians gender conditional on experience in politics. With these results, I compare the preferences and priorities of male and female voters with the representatives priorities and see if they correspond. Employing logistic regressions, the voter surveys analyses show that female voters do not present different policy preferences than male voters. Moreover, the results of the budget amendments analysis using linear regressions suggest that (i) female deputies do not focus more on health policy than their male counterparts, and (ii) female deputies that are professional politicians allocate less resource for security policy than male professional deputies.
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Esta dissertação busca contribuir com a literatura estudando o impacto do sexo do deputado nas políticas públicas de saúde e segurança aprovadas no Congresso brasileiro, e se tais políticas estão alinhadas com as preferências dos eleitores. A literatura tem mostrado que mulheres enfrentam fortes barreiras para serem eleitas se comparado aos homens (Lawless 2015; Speck e Mancuso 2014) e elas também enfrentam um complexo e exigente jogo eleitoral quando concorrem à reeleição (Palmer e Simon 2010). Minha hipótese é de que deputadas precisam estabelecer sua credibilidade propondo políticas públicas em áreas masculinas, tal como segurança pública. Uma vez que a deputada tenha experiência política, como prefeita, deputada federal ou um outro cargo político, ela se arriscará fazendo política mais alinhada com as preferências das eleitoras. Utilizando dados de um survey nacional e de um survey com eleitores de baixa renda, eu analiso se as eleitoras e os eleitores brasileiros apresentam diferentes prioridades com relação a políticas de saúde e de segurança. Com esses resultados, eu posso predizer quais os efeitos a representação de homens e mulheres deveria ter sobre a escolha de políticas públicas de saúde e segurança. Então, eu analiso as diferenças nos tipos de emendas orçamentárias de saúde e de segurança que são propostas pelos deputados e deputadas. Finalmente, eu analiso o impacto do sexo do parlamentar condicional à experiência na política. Com estes resultados, eu comparo as preferências e prioridades de eleitores e eleitoras com as prioridades dos parlamentares e vejo se elas correspondem. Empregando regressão logística, a análise dos surveys mostra que eleitoras não apresentam diferentes preferências políticas que os eleitores. Além disso, os resultados da análise das emendas orçamentárias utilizando regressão linear sugere que (i) deputadas não priorizam política de saúde mais que seus colegas o fazem; e (ii) deputadas que são políticas profissionais alocam menos recursos para política de segurança do que fazem os deputados profissionais.
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