Summary: | Este trabalho tem o objetivo de apresentar a revisão do clássico procedimento geodésico, adotado pela DSG - Diretoria do Serviço Geográfico do Exército, para o cálculo do transporte de coordenadas geográficas-geodésicas dos vértices da rede fundamental implantados no Brasil entre 1940 e 1970, antes do surgimento das técnicas de posicionamento. Neste trabalho, uma aplicação prática do método foi desenvolvida, empregando-o na solução de um problema específico da projeção cartográfica UTM, que é o transporte de coordenadas na passagem do limite entre fusos. Para isto foi escolhida uma área localizada na divisa entre os municípios de São Carlos e Ibaté no Estado de São Paulo, atravessada pelo meridiano de 48º, limite entre os fusos 22 e 23 desta projeção. Na área implantou-se duas bases geodésicas determinadas através de técnicas de observação do Sistema de Posicionamento Global, sendo uma base posicionada no fuso 22 e outra no fuso 23. Inicialmente, entre estas bases, desenvolveu-se uma poligonal de adensamento constituída de 7 vértices, que teve seus lados e ângulos observados com estação total, possibilitando o cálculo de suas coordenadas geográficas-geodésicas pelo método clássico em pauta. Numa segunda etapa do trabalho, foram observados com receptores GPS de uma freqüência, os 8 vetores relativos aos lados da poligonal de adensamento, empregando o método diferencial estático. Cada um dos 7 vértices da poligonal teve suas coordenadas geográficas-geodésicas determinadas por pós-processamento, permitindo a comparação entre os resultados obtidos nos dois procedimentos utilizados. Na etapa final, comparando-se os resultados obtidos pelos dois diferentes métodos, pode-se verificar que apesar da técnica em desuso empregada pelo método clássico, ela conduziu os cálculos com o rigor e aproximação adequados, produzindo coordenadas de valores significativamente próximos aos valores determinados pela mais avançada tecnologia empregada nos dias atuais que é a tecnologia GPS.
===
The main objective of this job, is a review about the classic mathematical proceedings applied to the polygonals which cross the fuses limits of the Universal Traverse of Mercator projection. In this cases, the poligonal begin to be measured in a baseline located in a private fuse and finishs in a different baseline located in the next fuse, where the coordinates are refered to a different origin. In this conditions, the rules of UTM projection defines a range of 30 minutes over the fuse limit, where the coordinates can be calculated either in the first or int the second fuse. However, there are specials situations where the polygonals has a baseline for ending so far over this 30 minutes range. In this cases, the mathematical proceeding is to calculate the transportation of geodetic-coordinates in the ellipsoid obtaining the latitude \'fi\' and the longitude \'lâmbda\' for all points in the polygonal and after, making the transformation, observing in which fuse each point is positioned, to get the UTM planned coordinates. The Global Positioning System will be used in this job to do the control over the classic measurements and over the classic calculated coordinates, offering conditions to the comparison between them.
|