Summary: | Enterobactérias são comumente encontradas em simbiose com plantas, promovendo o crescimento vegetal, através da redução do nitrogênio atmosférico a amônia. Entretanto, são os principais patógenos na medicina humana e veterinária. O objetivo deste estudo foi buscar marcadores genéticos e fisiológicos que caracterizem espécies de enterobactérias isoladas de cana-de-açúcar (n=24) e de origem clínica (n=15). Foram submetidas a testes moleculares e fisiológicos como: capacidade de reduzir N2; perfil de susceptibilidade a antibióticos; atividade hemolítica; produção de substâncias promotoras de crescimento e liberação de enzimas extracelulares. Atividades metabólicas e fisiológicas altamente conservadas, sustentadas pelo ponto vista genético, permitem a distribuição destas espécies em diferentes ecossistemas, e, em condições favoráveis, esta adaptação pode contribuir para o estabelecimento de processos patogênicos ou simbióticos em plantas. Então, enterobacterias ambientais podem se tornar patogênicas, enquanto isolados clínicos podem se adaptar a condições ambientais.
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Enterobacteria are commonly found in symbiosis with plants, promoting their growth by reducing atmospheric nitrogen to ammonia. However, they are also major pathogens in human and veterinary medicine. The aim of this study was to characterize physiological and genetic markers that distinguish enterobacteria species isolated from sugarcane (n= 24) and clinical sources (n= 15). The samples were characterized regarding their molecular and physiological assays as: ability to reduce N2, antibiotic susceptibility profile; screen for hemolytic activity; production of plant-growth promoting compounds and release of extracellular enzymes. Finally, highly conserved physiological and metabolic activities are supported on genetic backgrounds that allow a wide distribution along different ecosystems and, in favorable conditions, this adaptation could contribute to the establishment of a pathogenic process or symbiosis in plants. So, environmental enterobacteria isolates can become pathogenic, whereas clinical strains can adapt to environmental conditions.
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