Repercussões da máscara nasal e oronasal sobre a patência da via aérea superior durante uso de pressão positiva contínua para o tratamento de pacientes com apneia obstrutiva do sono

Introdução: A aplicação de Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas Superiores (CPAP) durante o sono é o padrão ouro no tratamento da Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) e foi primeiramente descrito utilizando uma máscara nasal. No entanto, na prática clínica a máscara oronasal é comumente. Este es...

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Bibliographic Details
Main Author: Rafaela Garcia Santos de Andrade
Other Authors: Geraldo Lorenzi Filho
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2016
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5150/tde-08092016-144437/
Description
Summary:Introdução: A aplicação de Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas Superiores (CPAP) durante o sono é o padrão ouro no tratamento da Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) e foi primeiramente descrito utilizando uma máscara nasal. No entanto, na prática clínica a máscara oronasal é comumente. Este estudo foi desenhado para determinar os efeitos agudos da mudança de rota de fluxo do CPAP de nasal para oronasal e oral na patência da via aérea superior durante o sono em pacientes com AOS. Nós hipotetizamos que a pressão transmitida pelo compartimento oral da máscara oronasal pode comprometer a eficácia do CPAP no tratamento da AOS por empurrar a língua posteriormente. Métodos: Dezoito pacientes (idade 44 ± 9 anos, índice de massa corpórea de 33,8 ± 4,7 kg / m², índice de apneia-hipopneia 49,0 ± 39,1 eventos/hora) dormiram com máscara oronasal customizada com dois compartimentos (nasal e oral) selados e independentes conectados a uma válvula multidirecional. O sono dos pacientes foi monitorizado pela polissonografia e induzido por baixas doses de midazolam (3,1 ± 2,2 mg). O CPAP nasal foi titulado até a pressão de manutenção das vias aéreas superiores. A rota de fluxo do CPAP foi mudada de nasal para oronasal (n = 18) e oral (n = 16) durante o sono. A área retroglossal foi continuamente observada durante a nasoendoscopia. Resultados: O CPAP nasal (14,8 ± 4,1 cmH2O) foi suficiente para estabilizar a via aérea superior em todos os pacientes. Em contraste, o CPAP oronasal e oral promoveram eventos obstrutivos em 12 (66,7%) e 14 (87,5%) pacientes, respectivamente. Quando o CPAP foi transmitido pela rota oronasal e oral houve uma redução progressiva e significante na distância entre a epiglote e a base da língua e na área retroglossal em comparação com a respiração estável durante a rota nasal. Conclusões: Mudanças agudas na rota de fluxo do CPAP nasal para as rotas oronasal e oral induzem eventos obstrutivos e diminuem as dimensões da orofaringe em pacientes com AOS durante o sono. A máscara oronasal pode comprometer a efetividade do CPAP no tratamento da AOS === Introduction: Continuous Positive Airway Pressure (CPAP) is the gold standard treatment for obstructive sleep apnea (OSA) and was conceived to be applied by nasal route only. However, in clinical practice the oronasal mask is commonly used. This study was designed to determine the acute effects of changing the nasal CPAP route to oronasal and oral in upper airway patency during sleep in patients with. We hypothesized that the pressure transmitted by the oral compartment of oronasal mask will push the tongue backwards and will compromise CPAP effectiveness in OSA treatment. Methods: Eighteen patients with OSA (age: 44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years , body mass index: 33.8±4.733.8±4.733.8±4.7 33.8±4.7 33.8±4.7 Kg/m², apnea-hypopnea index: 49.0 ± 39.149.0 ± 39.149.0 ± 39.149.0 ± 39.149.0 ± 39.149.0 ± 39.1 49.0 ± 39.149.0 ± 39.149.0 ± 39.1 events/hour) slept with a customized oronasal mask with a nasal and oral sealed compartments connected to a multidirectional valve. Sleep was monitored by full polysomnography and induced by low dosis of midazolam (3.1 ± 2.2 mg). Nasal CPAP was titrated up to holding pressure and flow route was changed to oronasal (n = 18) and oral route (n = 16) during sleep. Retroglossal area was continuously observed by nasoendoscopy. Results: Nasal CPAP (14.8±4.1 cmH2O) was able to stabilize breathing in all patients. In contrast, CPAP delivered by oronasal and oral route promoted obstructive events in 12 (66.7%) and 14 (87.5%) patients, respectively. Compared to stable breathing during nasal route, there was a significant and progressive reduction in the distance between epiglottis and tongue base and the retroglossal area when CPAP was delivered by oronasal and oral route, respectively. Conclusions: CPAP delivered by oronasal route may compromise CPAP effectiveness to treat OSA