Summary: | A pesquisa investiga aspectos da construção de memórias acerca da ditadura civil-militar no Brasil (1964-1981), a partir da arte contemporânea, verificando a produção de esquecimentos, de presenças e de reflexões. Busca-se reunir elementos para pensar a arte como ferramenta de ativismo e de resistência no tocante aos \"esquecimentos políticos\", sobre as histórias subterrâneas e as memórias traumáticas. Dialoga-se com políticas da memória, do patrimônio e seus critérios de preservação, permeando territórios da informação e da recepção. A memória é compreendida como um espaço vivo, político e simbólico, no qual se lida de maneira dinâmica e criativa com as lembranças, assim como a arte que, por sua vez, torna-se uma aliada, no sentido de poder transformar ausências em presenças e camadas de esquecimentos em narrativas vivas, permeando lacunas e silêncios. Propõe-se uma incursão pela questão da arte como memória em diálogo com amnésias políticas, memórias oficiais e memórias subterrâneas, desdobrando-se a questão para a análise de aspectos sociais desses apagamentos. Busca-se uma compreensão crítica da relação entre estética e política de um período cuja história ainda se debruça na construção de sentidos e significados.
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The research investigates aspects of building memories on the civil-military dictatorship in Brazil (1964-1981), from the contemporary art. Checking the production of forgetfulness, attendance and reflections. Seeking to gather elements to think about art as activism tool and resistance, with regard to \"political oblivion\", about underground stories and traumatic memories. With a dialogue between political memory, heritage and its preservation criteria, territories information and reception are permeated. Memory is understood as a living space, politically and symbolically, in which memories are dealt in a dynamic and creative way, like in art, which also becomes an ally in the sense of being able to transform absences in attendance and layers of forgetfulness in vivid narratives, permeating gaps and silences. A foray is presented into the art issue as memory in dialogue with political amnesia, official and underground memories, unfolding the matter to the analysis of social aspects of these erasures. Is the search for a critical understanding of the relationship between aesthetics and politics of a period whose story still focuses on the construction of senses and meanings.
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