Summary: | O efeito do ultra-som de baixa intensidade no reparo ósseo tem sido investigado em experimentos animais e clínicos no Brasil e exterior. Essas investigações resultaram em uma tecnologia não invasiva para o tratamento de fraturas aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil) e pelo Food and Drug Administration (FDA - EUA). Os resultados obtidos no tratamento de fraturas motivaram investigações sobre os efeitos do mesmo ultra-som na osseointegração de implantes metálicos (EUA). Neste estudo foram utilizados 18 coelhos da raça Nova Zelândia, com peso entre 2,5 e 3,0 kg. Em cada tíbia foram inseridos 2 implantes de titânio de uso comercial em odontologia com superfície tratada por subtração ácida e com dimensões de 3,75mm X 8,5 mm. Os implantes da tíbia esquerda foram tratados por ultra-som de baixa intensidade por 20 minutos diários, durante 3, 5 e 7 semanas. Os da tíbia direita foram usados como controle. A osseointegração nos implantes foi avaliada por testes mecânicos e histomorfométricos. Os implantes tratados por ultra-som apresentaram em regiões ao redor das espiras superiores, após 3 e 5 semanas, maior quantidade de osso calcificado que nos implantes não tratados. Não houve significância estatística na quantidade de osso calcificado nas espiras de ambos os grupos após 7 semanas. As espiras de ambos os grupos, tratados e não-tratados, em contato com o osso cortical da tíbia, foram totalmente preenchidas por tecido ósseo após 3, 5 e 7 semanas da sua colocação. Os ensaios mecânicos de torque por desroqueamento e força de arrancamento não detectaram diferença na resistência mecânica entre implantes tratados e não-tratados por ultra-som após 3, 5 e 7 semanas. A resistência mecânica apresentada pelos testes mecânicos nesta investigação parece ser dependente do preenchimento total ou parcial das espiras dos implantes e não da quantidade de tecido ósseo calcificado presente.
===
The low intensity ultrasound effect in bone repair has been investigated in animal and clinical experiments in Brazil and other countries. The result of these investigations was the development of a non-invasive technology for treating fractures which has been approved by FDA (USA) and by an agency (ANVISA) of the Brazilian Ministry of Health. The success in treating fractures motivated studies on the effects of the same ultrasound on bone ingrowth into metallic implants. In this study two commercial titanium dental implants (STE) with 3,75mm X 8,5mm were inserted bilaterally in the tibia of New Zealand rabbits (n=18) weighing between 2.5 - 3.0 kg. The implants in the left tibia were subjected to 20 minutes daily ultrasound treatment for 3, 5 and 7 weeks. The implants in the right tibia served as a control. The osseointegration in the implants was analysed by mechanical tests (torsion and pull-out) and histomorfometry. The implants treated by ultrasound showed more calcified bone in its threads and surrounding areas after 3 and 5 weeks than nontreated implants. The difference in the amount of calcified bone was not statiscally significant in the treated and non treated implants after 7 weeks. The area of treated and non-treated implants in contact with cortical bone was full filled with bone after 3, 5 and 7 weeks. Mechanical tests (torsion and pull-out) did not show differences statistically significant between treated and non-treated implants after 3, 5 and 7 weeks. The mechanical resistance of the implants seems to be more dependent on the amount of bone in the implants threads than the amount of calcified bone existing in the threads and surrounding areas.
|