O romance-folhetim de Camilo Castelo Branco e Eça de Queirós

O presente estudo tem como objetivo a aproximação de dois escritores praticamente contemporâneos, Camilo Castelo Branco e Eça de Queirós, usualmente afastados em manuais de literatura e até mesmo no ensino universitário por serem classificados como pertencentes a dois movimentos literários antag...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Andréa Trench de Castro
Other Authors: Paulo Fernando da Motta de Oliveira
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2012
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-06112012-124807/
Description
Summary:O presente estudo tem como objetivo a aproximação de dois escritores praticamente contemporâneos, Camilo Castelo Branco e Eça de Queirós, usualmente afastados em manuais de literatura e até mesmo no ensino universitário por serem classificados como pertencentes a dois movimentos literários antagônicos. Através da perspectiva do comparatismo histórico e das transferências culturais, pretendemos relativizar o modo panorâmico de análise, que os distancia para fins didáticos, e a visão de que a literatura e cultura francesas teriam representando para Portugal e seus escritores uma influência hegemônica e centralizadora, perspectiva dominante em parte da crítica literária, lançando um novo olhar sobre a produção inicial de ambos os escritores de forma a aproximá-los e repensando alguns aspectos do romance-folhetim oitocentista produzido em Portugal. Para tanto, realizaremos uma análise comparativa dos seguintes romances: Les Mystères de Paris (1843), do escritor francês Eugène Sue; Mistérios de Lisboa (1854), de Camilo Castelo Branco; e O Mistério da Estrada de Sintra (1870), de Eça de Queirós e Ramalho Ortigão. === Our research is aimed at approximating two writers Camilo Castelo Branco and Eça de Queirós who are practically contemporary, and usually studied separately in literature manuals, and even at university for they are classified as belonging to two antagonistic literary movements. Through the perspective of the historical comparatism and cultural transfers, we intend to reconsider a panoramic way of studying, which separates the writers because of didactic reasons, as well as the perspective that the French literature and culture would have represented to Portugal and its writers an hegemonic and centralizing influence, which is a dominant perspective in part of the literary criticism, by adopting a new perspective on the initial production of both writers and rethinking some aspects of the Roman feuilleton from the 19th century produced in Portugal. We will therefore perform a comparative analysis of the following novels: Les Mystères de Paris (1843), by the French writer Eugène Sue; Mistérios de Lisboa (1854), by Camilo Castelo Branco; and O Mistério da Estrada de Sintra (1870), by Eça de Queirós and Ramalho Ortigão.