LER: uma jornada de sofrimento no trabalho bancário.

O objetivo desta dissertação é analisar as representações sociais presentes nos discursos de bancários adoecidos pelo trabalho. A hipótese básica sustenta que a relação saúde-trabalho-adoecimento contribui para a desconstrução/construção da identidade do trabalhador, à medida em que as relações...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Isabela Pennella
Other Authors: Maria Celia Pinheiro Machado Paoli
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2001
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-05102001-114209/
Description
Summary:O objetivo desta dissertação é analisar as representações sociais presentes nos discursos de bancários adoecidos pelo trabalho. A hipótese básica sustenta que a relação saúde-trabalho-adoecimento contribui para a desconstrução/construção da identidade do trabalhador, à medida em que as relações sociais são transformadas por uma nova realidade mediatizada pela doença. As transformações trazidas pela reestruturação produtiva no setor e a conseqüente mudança no perfil bancário constituem o contexto econômico e social que contribuem para o adoecimento, afetando a subjetividade do trabalhador e as formas de sociabilidade, tendo em vista as perdas dos referenciais de identidade, espaço e tempo. Conclui-se que o adoecer, além de proporcionar a construção de novas identidades, constitui-se num processo de aprendizado, dinâmico e complexo, que consiste em assimilar e produzir conhecimentos e formas de ação. === The objetive of this work is to analyse the social representations produced by bank tellers made sick at work. The basic hipothesis argues that the relation between health-work-sickness contributes for disconstruction/construction of workers identity, if we think that social relations are transformed by a new reality mediate by sickness. The productive restructuring of the financial sector has changed the characterists of the bank tellers, and these points form the social and economic context that contribute for the sickness. They affect their subjectivity and sociability, because they lose their identity, space and time references. We conclude that: to become ill, beyond the possibilities to construct new identities, is a learning process, dinamic and complex, depends on assimilate and product knowledge and action forms.