Summary: | Introdução: Muitos estudos veem sendo realizados com a finalidade de identificar agentes que possam ter efeito benéfico no tratamento ou prevenção das lesões causadas nos neurônios devido à isquemia. A hipotermia já demonstrou resultados consistentes em estudos experimentais e a Estimulação Magnética Transcraniana (EMTr) já foi usada visando reduzir danos em neurônios hipocampais de animais submetidos a isquemia cerebral. Com a propriedade de aumentar ou diminuir a excitabilidade cortical a partir do estímulo magnético, estima-se que ocorra uma interferência na produção de alguns neurotransmissores e receptores de membrana, que promoveriam efeito protetor a estas células. Neste estudo avaliamos a capacidade da EMTr de proteger os neurônios de uma lesão por hipóxia, e sua possível interferência no efeito protetor da hipotermia, tentando identificar alguns mecanismos que possivelmente estariam envolvidos neste fenômeno. Métodos: Como modelo de isquemia, foram utilizados Gerbils previamente submetidos a uma avaliação de comportamento e memória por meio do teste de esquiva. O protocolo de EMTr foi a partir de sessões diárias com 25 séries de 5 segundo a 25Hz, com um intervalo de 45 segundos entre as séries, por sete dias consecutivos, com um total de 21 875 pulsos com uma intensidade de 100% do limiar motor, e sendo realizada a indução da isquemia logo após o término da última sessão, ou na isquemia após a EMTr, em sessões diárias com 25 séries de 5 segundos a 25Hz, com um intervalo de 45 segundos entre as séries, durante 3 dias consecutivos, começando imediatamente após a cirurgia. Foi mantida a temperatura de 36 °C durante o período de oclusão do vaso e os 30 minutos consecutivos, ou 31 a 32 °C quando em hipotermia. O preparo das lâminas teve cortes envolvendo a região do hipocampo, corados com hematoxilina e eosina, além de outros preparos, a marcação de TUNEL e Caspase, que visam evidenciar a ocorrência de apoptose. Resultados: Embora sem significância estatística, os animais que receberam EMTr aparentemente tiveram uma melhor performance no teste da esquiva, principalmente se aplicado após a indução da isquemia. A hipotermia demonstrou uma eficiência significativa, tanto na análise histológica quanto no teste da esquiva, associado ou não à EMTr, e nestes animais submetidos a isquemia durante a hipotermia, os que receberam EMTr tiveram área de sobrevida no hipocampo significativamente maior na análise histológica com hematoxilina e eosina. Nos animais submetidos à isquemia durante a temperatura normal, a EMTr não demonstrou aumentar a área de sobrevida das células do hipocampo. Conclusões: A EMTr (ativa ou placebo, prévia ou posterior à isquemia) pareceu ter um efeito positivo no teste de esquiva. O procedimento de estimulação pareceu bastante traumático e estressante para os animais, tendo ocorrido alguns óbitos durante a imobilização, provavelmente por asfixia. A EMTr apresentou efeito protetor significativo apenas nos animais submetidos a isquemia durante hipotermia
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Introduction: Over the time many researches have been conducted with the aim of identifying agents that may have beneficial effects in the treatment or prevention of cerebral ischemia, hypothermia has shown consistent results in experimental trials and Repetitive Trans Cranial Magnetic Stimulation (rTMS) has been used in a study attempting to reduce damage in hippocampal neurons. With the property to increase or decrease cortical excitability from the repetitive magnetic stimulus, it is estimated that an interference occurs in the production of some neurotransmitters and receptors of neuronal membrane, which therefore protects these cells from hypoxia. In this study we evaluated the ability of rTMS to protect neurons from injury due to hypoxia, and its possible interference in the protective effect of hypothermia and we tried to identify some mechanisms that possibly are involved in this phenomenon. Methods: Ischemia model was performed using Gerbil that was subsequently submitted to an evaluation of behavior and memory through passive avoidance task. The rTMS protocol was daily sessions with 25 series of 5 seconds at 25Hz with an interval of 45 seconds between series, for 7 consecutive days, with a total of 21 875 pulses with an intensity of 100% of motor threshold, and being carried through the induction of ischemia soon after the end of the last session, or rTMS after ischemia, in daily sessions with 25 series of 5 seconds at 25Hz with an interval of 45 seconds between series, for 3 consecutive days, starting immediately after surgery. The temperature of 36 °C was maintained during the period of vessel occlusion and subsequent 30 minutes, or 31 °C to 32 °C when in hypothermia. The preparation of the slices had sections of the region involving the hippocampus, stained with hematoxylin and eosin in addition to other preparations, TUNEL and caspase, which aim to evidence the occurrence of apoptosis. Results: Although not statistically significant, animals that received rTMS, apparently had better performance in passive avoidance task especially when applied after ischemia. The hypothermia demonstrated a significant efficiency, both in the histological analysis and in the passive avoidance task, associated or not to applications of rTMS and, in these animals undergoing ischemia during hypothermia, the ones who received rTMS had survival area in hippocampus significantly higher in histological analysis with hematoxylin and eosin. In animals undergone to ischemia during normal temperature, the rTMS has not shown to increase the area of hippocampal cell survival. Conclusions: rTMS (placebo or active, after or before the ischemia) seems to have a positive effect on passive avoidance task. The stimulation procedure appeared to be very traumatic and stressful for the animal, in which a few deaths occurred during the procedure, probably from asphyxiation due to restraint. The rTMS had a significant protective effect only in animals undergoing ischemia during hypothermia, as demonstrated in the histological analysis with hematoxylin and eosin
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