A formação do artista: conjunções e disjunções entre arte e educação
A formação do artista denomina, neste trabalho, um espaço conceitual e um modo de referenciação particulares. Ela não diz respeito, portanto, em primeira instância, ao processo pelo qual alguém se torna artista, nem ao problema das escolas para artistas. Trata-se de um plano de desterritorializa...
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Universidade de São Paulo
2011
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dessubjetivação diferenciação educação política art desubjectivation differentiation education politics Cayo Honorato A formação do artista: conjunções e disjunções entre arte e educação |
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A formação do artista denomina, neste trabalho, um espaço conceitual e um modo de referenciação particulares. Ela não diz respeito, portanto, em primeira instância, ao processo pelo qual alguém se torna artista, nem ao problema das escolas para artistas. Trata-se de um plano de desterritorialização entre o Ensino da Arte e as práticas artísticas, de uma maneira de se vincular a esses lugares para confrontá-los, por meio de principalmente dois conceitos: diferenciação e dessubjetivação. Ela é, desse modo, o que pergunta: A que arte se refere o Ensino da Arte? A que educação se referem as práticas artísticas? Da mesma maneira, interroga um território intermediário a esses dois registros: a mediação educacional da arte. Alguns shifters são propostos como ferramentas de avaliação e redisposição dos modos pelos quais cada um desses lugares pensa e opera relações entre arte e educação. Desse modo, o Ensino da Arte terá sido diferenciado pelo ensino em arte, a mediação educacional da arte pela mediação contemporânea da arte, as práticas artísticas pela arte educacional. Essas manobras são mobilizadas por planos específicos de referência e atualidade: o Saber da Arte, a norma do anônimo-comum, a potência da não-governabilidade; que testemunham a disposição do que se põe à espreita de paixões inapropriadas. Concebese a formação do artista como a clareira na qual se identificam, sem qualquer acomodação, as conjunções e as disjunções entre arte e educação. Tal é sua incidência estético-política. Em tese: tanto o argumento geralmente sustentado pelo Ensino da Arte de que arte se ensina, quanto o argumento geralmente sustentado pelas práticas artísticas de que arte não se ensina, são conceitualmente insuficientes, porque dessa forma ambos advogam em causa própria.
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The education of the artist designates here a particular conceptual space and way of referencing. Thus it is not concerned, at first instance, with the process through which someone becomes an artist, neither with the issues related to the art schools. It is a deterritorialisation plane in between Art Education and artistic practices, a way of getting bound to these sites in order to confront them, by means of especially two concepts: differentiation and desubjectivation. It raises this way the following questions: What art does the Art Education refer to? What education does the artistic practices refer to? The same way it questions an intermediate territory in relation to these two sites; the educational mediation of art. Some shifters are proposed as tools that enable us to assess and reframe how each of these sites conceives and operates relations between art and education. So the Art Education will have been differentiated by the education within art, the educational mediation of art by the contemporary mediation of art, the artistic practices by the educational art. These manoeuvres are ignited by specif planes of reference and currentness: the Art Savoir, the norm of the commonanonymous, the strength of non-governability. They testify the tone of what stalks unappropriated passions. This is their aesthetic-political way of attacking. The education of the artist is then conceived as the clearing in which, without any accommodation, the conjunctions and disjunctions between art and education are made alike. As the thesis proposes, both the argument generally held by the Art Education that you can teach art and the argument generally held by the artistic practices that you cant teach art are conceptually insufficient, because this way both only plead for their own cause.
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