Summary: | Assegurar o bem-estar dos animais de laboratório e evitar a dor e o sofrimento desnecessários são as principais considerações na experimentação. Por isso, a investigação em busca de novos protocolos anestésicos que garantam um mínimo ou nulo desconforto dos animais tem-se convertido num tema prioritário. Neste estudo realizou-se a comparação do efeito da combinação de xilazina (X) e ketamina (K) com acepromazina (A) e opióides [metadona (Me), morfina (Mo) e tramadol (T)] com a finalidade de avaliar sua influência nos parâmetros fisiológicos de ratos de laboratório, para ambos os sexos, bem como seu poder analgésico e o efeito da oxigenação sobre os mesmos. A associação XKA para ratos machos e fêmeas e a associação XKMe para fêmeas foram as mais seguras e eficazes para procedimentos anestésicos. Porém, os resultados do teste de formalina com a medição da vocalização ultrassônica (VUS) sugerem que o protocolo de XKA tem um poder analgésico baixo, não sendo indicado para procedimentos que possam gerar dor moderada ou severa. Todas as associações anestésicas tiveram efeitos importantes como diurese, manutenção dos olhos abertos e hiperglicemia, os quais devem ser considerados quando possam influenciar nos resultados experimentais. Também, se conseguiu demonstrar que a oxigenação melhora a saturação de oxigênio (SO2) e os valores da pressão parcial de oxigênio (pO2) confirmando que sua utilização deveria ser sempre parte dos procedimentos experimentais com anestesia injetável para evitar a hipoxemia. Não obstante, observou-se uma acidose respiratória por aumento da pressão parcial do CO2 (pCO2) e diminuição do pH, cuja causa se relacionou à hipoventilação por depressão respiratória e acúmulo de CO2 durante o transcorrer da anestesia. Tal situação demonstra a necessidade de oxigenar os animais desde a indução da anestesia e de administrar medicamentos para reverter a depressão respiratória como a naloxona, bem como utilizar animais que não apresentem nenhum tipo de comprometimento respiratório. Portanto, a inclusão de analgesia e a oxigenação nos protocolos anestésicos injetáveis devem ser utilizadas de forma rotineira garantindo a mínima presença de dor e, com isso, resultados mais confiáveis nos procedimentos experimentais.
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Ensuring the wellbeing of laboratory animals and avoiding unnecessary pain and suffering is one of the main considerations in experimentation. Therefore, the investigation of new anesthetic protocols that guarantee a minimum or null discomfort of the animals has become a priority theme. In this study, it was made an evaluation of the effect of the combination of xylazine (X) and ketamine (K) with acepromazina (A) and opioids [methadone (Me), morphine (Mo) e tramadol (T)] with the purpose of comparing their influence on the physiological parameters of laboratory rats, for both sexes, and evaluating their analgesic power and the effect of the oxygenation on them. The XKA protocol for male and females rats and the XKMe protocol for females were the safest and most effective for anesthetic procedures. However, the results of the formalin test with the measurement of the ultrasonic vocalization (VUS) suggest that the XKA protocol had a low analgesic power, and it is not indicated for procedures that can generate moderate or severe pain. All anesthetic protocols had important effects as diuresis, maintenance of open eyes, and hyperglycemia; these effects should be considered when they could influence in the experimental results. It was demonstrated that oxygenation improves oxygen saturation (SO2) and oxygen partial pressure (pO2) confirming that its use should be considered in the experimental procedures with injectable anesthesia to avoid hypoxemia. Nevertheless, a respiratory acidosis was observed due to the increase in partial pressure of CO2 (pCO2) and the decrease in pH, that could be caused for the hypoventilation due to respiratory depression and CO2 accumulation during the course of anesthesia. This leads to consider the need to pre-oxygenate animals from induction, to use drugs to reverse respiratory depression such as naloxone, and to work with animals that are not respiratory compromised. Therefore the inclusion of analgesia and oxygenation in anesthesia protocols should begin to be used routinely ensuring minimal presence of pain and thus more reliable results in the experimental procedures.
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