Summary: | Neste trabalho são apresentadas as paisagens do Distrito de Brasilândia, localizado na Zona Norte do Município de São Paulo, dentro de uma abordagem humanística, na qual as paisagens são desveladas e reveladas pelos moradores que a constituem. É um exercício de interpretação da realidade, que acaba por questionar a inserção social do arquiteto frente a projetos de urbanização em áreas de carência social, urbana e de fragilidade ambiental. A falta de conhecimento empírico do arquiteto sobre a trajetória de luta da população e de organização dos espaços, desde sua formação em escolas de arquitetura, o atendimento a demandas habitacionais e déficits de maneira emergencial, ao perceber paisagens riquíssimas e complexas apenas em seus aspectos de urbanização problemáticos, contribui para seu distanciamento das realidades em que pretende atuar. Busca-se o sentido das paisagens, seus valores, busca-se experienciá-las para pensá-las. Como se propõe no grupo de estudos de paisagem do Laboratório de Gestão e Projeto do Espaço LAB ESPAÇO, são as pessoas que as vivenciam, as que nos revelam seus sentidos, em nosso esforço de desvendá-los, propondo-nos um questionamento do nosso papel enquanto arquitetos.
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In this work, many landscapes of the Brasilândia District, located in the North Area of São Paulo city, are presented from a humanistic approach, in which they are revealed and unveiled by their residents, the people who compose them. Its an exercise of interpreting reality, that ends up questioning the social insertion of the architect when facing projects of urbanization in areas of social and urban shortage, and environmental fragility. From the background in Architecture schools, to attending housing demands and deficits in an emergencial way, the architects lack of practical knowledge about the populations path of struggle and organization of spaces, perceiving very rich and complex landscapes only in its problematic urbanization aspects, contributes to increasing their distance with the realities where they intend to act. We pursue the meaning and values of landscapes; we pursue to experience them in order to think them. According to the proposal of the landscape study group, in the Laboratory of Management and Project of Space LAB ESPAÇO, the people are the ones who live the landscape, who unveil their meanings in our effort to discover them, proposing us a questioning of our roles as architects.
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