Summary: | O presente trabalho tem por objetivo discutir e problematizar a ocupação de uma área de manancial inserida na Zona Sul da cidade de São Paulo, a Península do Ribeirão Cocaia. Para a discussão desse processo, trabalhou-se com a relação entre diferentes escalas, associando processos mais gerais da metropolização da cidade de São Paulo e a constituição da metrópole corporativa e mostrando como isso refletiu de forma decisiva nesse importante lugar da cidade, que havia sido, em um determinado momento, concebido como um importante espaço estratégico de conservação dos recursos hídricos, mas que veio a se transformar em um espaço principalmente de moradia de trabalhadores de baixa renda. Em que pesem as transformações recentes com a melhoria de alguns bairros na Península do Ribeirão Cocaia, ainda existem áreas de grande precariedade nessa região. Dessa maneira, realizou-se um recorte espacial de três bairros que constituem a Península: o Grajaú, no período da instalação da Cohab Bororé, nos anos 1970; o Parque Residencial Cocaia, com base em loteamentos clandestinos nos anos 1980; e o Cantinho do Céu, com a intensificação da ocupação a partir dos anos 1990. Este trabalho problematiza a questão do uso e da ocupação de áreas de mananciais, refletindo como se deu esse processo e o que tem sido feito até agora, procurando chamar a atenção das autoridades e da população para esse fato tão preocupante.
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This paper discuss the occupation of a watershed area that is inserted in the South Zone of São Paulo, Ribeirão Cocaia Peninsula. To discuss this process sought to work with the relation between different scales, relating more general process of expansion of the city of São Paulo, and the establishment of corporate metropolis and how it reflected in this important area of the city, which had been considered as an important strategic area of conservation of water resources and that turned into a mostly housing low-income workers. Despite the recent changes with the improvement of parts of some neighborhoods in Ribeirão Cocaia peninsula, there are still areas of great precariousness in this space of the city. In this way we tried to make a spatial area three districts that make up the Peninsula: The Grajaú, during the installation of Cohab Bororé in the 70s; the Cocaia Residential Park, based in illegal settlements in the 1980s, and the Corner of Heaven, where the occupancy gains strength in the 1990s. This paper discusses the question of the use and occupation of watershed areas, reflecting on how this process took place, and what has been done so far, trying to draw attention to this issue.
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