O uso da música e de estímulos vocais em pacientes em estado de coma: relação entre estímulo auditivo, sinais vitais, expressão facial e escalas de Glasgow e Ramsay.

Os objetivos desse trabalho foram: (1) verificar a influência da música e mensagem oral sobre os Sinais vitais e Expressão facial dos pacientes em coma fisiológico ou induzido; (2) relacionar a existência de responsividade do paciente com a Escala de Coma de Glasgow ou com a Escala de Sedação de...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ana Cláudia Giesbrecht Puggina
Other Authors: Maria Julia Paes da Silva
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2006
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-02102006-130949/
Description
Summary:Os objetivos desse trabalho foram: (1) verificar a influência da música e mensagem oral sobre os Sinais vitais e Expressão facial dos pacientes em coma fisiológico ou induzido; (2) relacionar a existência de responsividade do paciente com a Escala de Coma de Glasgow ou com a Escala de Sedação de Ramsay, no que se refere ao estímulo musical e ao estímulo verbal. Foi realizado um Ensaio Clínico Controlado e Randomizado, a amostra consistiu-se de 30 pacientes de uma UTI, que foram divididos em 2 grupos: Grupo controle (sem estímulos auditivos) e Grupo experimental (com estímulos auditivos). Os familiares elaboraram uma mensagem gravada com a sua própria voz e escolheram uma música de acordo com a preferência do paciente, que foram gravadas no mesmo CD. Foram feitos dois CD’s idênticos em tempo de gravação; um com e outro sem estímulos para, então, ser feita a divisão aleatória dos grupos. Os pacientes foram avaliados segundo uma das Escalas, usaram fones de ouvido e foram submetidos a três sessões, em dias consecutivos. Durante as sessões, os dados referentes aos Sinais vitais e Expressão facial foram anotados em um instrumento de coleta de dados. Encontramos alterações estatisticamente significativas nos Sinais vitais (Saturação de O2 – sessão 1; Saturação de O2 – sessão 3; Frequência respiratória – sessão 3) durante a mensagem e na Expressão facial, sessão 1, durante a música e a mensagem. Aparentemente a mensagem foi um estímulo mais forte do que a música em relação à capacidade de produzir respostas fisiológicas sugestivas de audição. Em relação ao Pulso, já comentado em estudos semelhantes, não encontramos dados estatisticamente significantes, nem indicativos de tendências. Observarmos responsividade aos estímulos auditivos em todas as pontuações da Glasgow do Grupo experimental, no momento em que obtivemos diferenças estatisticamente significantes; portanto, podemos afirmar que essa variável pouco influenciou as respostas neste estudo. Quanto à Escala de Sedação de Ramsay, apenas 1 desses pacientes foi avaliado com essa Escala, o que dificulta qualquer análise. Este estudo sugere a necessidade e a importância de outras pesquisas nesta linha. === The objectives of this work was: (1) to check the music and verbal message influence on the vital signs and face expression of the patients in physiological or induced coma; (2) connect the existence of patient’s responsiveness with Glasgow Coma Scale or with Ramsay Sedation Scale, considering the musical and verbal stimuli. It is a randomized controlled clinical trial. The sample consisted of 30 patients of intensive care unit, who were divided in 2 groups: control group (without auditory stimulus) and experimental group (with auditory stimulus). The relatives elaborated a voice recorded message and choose a music according to the patient preference, which were recorded in the same Compact Disc. Two identical CD\'s were made at the same recorded time; one with and another one without stimulus in order to make the random division of the groups. The patients were evaluated according to one of the Scales; they used earphones and were submitted to three sessions in consecutive days. During the sessions, the data relating to the vital signs and the face expression were recorded in a data collection instrument. We found out significant statistics alterations on the vital signs (O2 saturation - session 1; O2 saturation - session 3; respiratory frequency - session 3) during the message and at the face expression, session 1, during the music and the message. Apparently, the message was a stimulus stronger than the music in respect to the capacity to produce suggestive physiological auditory answers. In respect to the pulse, already mentioned in similar studies, we did not find significant statistic data, or tendency marks. We observed responsiveness to the auditory stimulus in all the Glasgow scores in the experimental group, at the moment when we got significant differences; therefore, we may assert that this variable poorly influenced the answers in this study. About the Ramsay Sedation Scale, just 1 of these patients was evaluated by that, which makes any analysis difficult. This study suggests the necessity and the importance of other researches in this line.