A invenção do discurso: filosofia e literatura em Merleau-Ponty

Neste trabalho procuramos examinar a maneira pela qual o discurso filosófico de Mau-rice Merleau-Ponty é contruído. Num primeiro momento, os temas da linguagem e tem-poralidade são analisados tendo em vista sua participação na interrogação filosófica em geral. O principal interlocutor que escolh...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Julio Miranda Canhada
Other Authors: Marilena de Souza Chaui
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2011
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-01092011-153553/
Description
Summary:Neste trabalho procuramos examinar a maneira pela qual o discurso filosófico de Mau-rice Merleau-Ponty é contruído. Num primeiro momento, os temas da linguagem e tem-poralidade são analisados tendo em vista sua participação na interrogação filosófica em geral. O principal interlocutor que escolhemos para este passo é Henri Bergson. Em segundo lugar, tentamos trazer para a discussão avaliações distintas acerca do fazer lite-rário, as quais foram empreendidas por autores com quem Merleau-Ponty dialogou em sua obra. Essa interlocução, aliás, esclarece também a importância da presença da não-filosofia no discurso filosófico merleau-pontyano. Por fim, buscamos traçar alguns pa-ralelos com a obra romanesca de Proust, escritor muito presente nos textos de Merleau-Ponty, a fim de levantar questões acerca da proximidade entre narrativa literária e filo-sofia, tanto no que diz respeito à construção discursiva, quanto à função da temporali-dade. === In this academic work we examine the way by which Maurice Merleau-Ponty\'s philoso-phical discourse is constructed. Firstly, the themes of language and temporality are analised in regards to its part in philosophical questioning in general. The main interlocutor chosen for this section is Henri Bergson. Secondly, we try to bring into discussion distinct avaliations of literary practice, made by authors Merleau-Ponty stablished dialogue with in his work. Such dialogue, by the way, sheds light on the importance of non-philosophy in Merleau-Ponty\'s philosophical discourse. Finally, we attempt to trace some parallels with Proust\'s romanesque work a writer very frequent in Merleau-Ponty\'s work in order to rise questions on the proximity between literary narrative and philosophy, in what concerns discoursive construction as well as the function of temporality.