Summary: | Este estudo, prospectivo, de abordagem quantitativa, do tipo exploratório-descritivo, foi desenvolvido com o objetivo de identificar o tempo médio de assistência de enfermagem necessário para assistir ao paciente adulto, classificado como Alta Dependência de Enfermagem (ADE). Participaram da pesquisa todos os pacientes classificados como ADE, internados na Unidade de Clínica Médica do Hospital Universitário da USP por, no mínimo, 24 horas, durante o período de coleta de dados. Para a identificação dos pacientes de ADE foi utilizado o Instrumento de Classificação de Pacientes (ICP) de Fugulin et al.. O tempo médio de cuidado necessário para assistir o paciente de ADE foi calculado por meio da aplicação de uma equação matemática disponível na literatura, a partir da identificação do valor médio do Nursing Activities Score (NAS). Os dados foram coletados das evoluções e prescrições de enfermagem e das condições de cada paciente, registradas nos impressos que compõem seu prontuário. Foram identificados 97 pacientes classificados como ADE, no período de 06 de maio a 21 de julho e 15 a 31 de agosto de 2009. A média diária de pacientes classificados como ADE foi de 8,13 pacientes/dia, cujo tempo médio de permanência nos leitos de ADE correspondeu a 7,9 dias. A pontuação média obtida pelos pacientes de ADE, segundo o ICP de Fugulin et al., foi de 23,56 pontos (±3,19). A carga média de trabalho, evidenciada pela pontuação média do NAS, correspondeu a 50,62% (±7,14). Não houve diferença estatisticamente significativa, ao nível de significância de 5%, entre a média obtida pelo NAS e as variáveis demográficas e clínicas apresentadas pelos pacientes. Verificou-se que o tempo necessário para o cuidado ao paciente classificado como ADE foi de 12,15 h (mínimo de 10,7 h e o máximo de 14,4 h). Esse tempo supera as horas de assistência de enfermagem indicadas pela Resolução COFEN nº 293/04 para assistir ao paciente crônico, com idade superior a 60 anos, sem acompanhante, classificado nas categorias de cuidado intermediário (6,1h) e semi-intensivo (9,9h). Acredita-se que o desenvolvimento desta pesquisa contribui para a proposição de parâmetros referente ao tempo de assistência necessário para assistir aos pacientes classificados como ADE. Entretanto, novos estudos com essa população devem ser realizados, com o propósito de validar os resultados encontrados, concorrendo, dessa forma, para a previsão adequada do quantitativo de profissionais de enfermagem e, conseqüentemente, para o estabelecimento de condições que favoreçam a segurança do paciente e a qualidade dos serviços oferecidos nas instituições de saúde.
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This is a prospective, quantitative, exploratory-descriptive study aiming to identify the mean time of nursing assistance needed to attend the adult patient, classified as a High Dependency Nursing care (HDN). All patients classified as HDC and hospitalized in the Unit of the Medical Clinic of the University Hospital of USP by at least 24 hours, during the period of data collection, participated of this study. To identify HDC patients, the Patient Classification Instrument (PCI) proposed by Fugulin et al was used. The mean time of care needed to assist the HDN patient was calculated by applying a mathematical equation available in the literature, and identifying the mean value of the Nursing Activities Score (NAS). Data were collected from nursing improvements, prescriptions and based on conditions of each patient registered in the medical records. We identified 97 patients classified as HDN, in the period from May 06th to July 21st and from August 15th to 31st, 2009. The daily average of patients classified as HDN was 8.13 patients/ day, whose mean time of stay in the HDN beds corresponded to 7.9 days. The mean score obtained from HDN patients, according to the ICP of Fugulin et al., was 23.56 points (± 3.19). The mean workload, evidenced by the NAS mean score, accounted for 50.62% (± 7.14). No statistically significant difference was found at the significance level of 5% between the average obtained by the NAS and the demographic and clinical variables presented by the patients. It was found that the time needed to assist the patient classified as HDN was 12.15 h (minimum of 10.7 h and maximum of 14.4 h). This time exceeds the hours of nursing care according to the Resolution No. 293/04 COFEN to assist chronic patient, aged 60 years or over, without an accompanying person, classified into the categories of intermediate care (6.1 h) and semi-intensive (9,9 h). We believe that this research contributes to the proposition of parameters regarding time of assistance needed to assist patients classified as HDN. However, further studies with this population must be performed in order to validate these findings, contributing thus to predict the appropriate quantity of nurses and, consequently, to establish conditions favoring patient safety and quality of services offered at health institutions.
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