Summary: | INTRODUÇÃO: O estudo das lesões mamárias teve um grande avanço com o uso da Ressonância Magnética com contraste. Contudo, muitos achados ainda são comuns nas lesões benignas e malignas, muitas vezes sendo difícil sua diferenciação. O objetivo deste estudo foi estudar a permeabilidade vascular e o volume extra-celular (VEC) nas lesões nodulares benignas e malignas da mama, para verificar se isto poderia aumentar a diferenciação destas lesoes. Para isto, utilizamos o aplicativo do Full Time Point (FTP), que utiliza a sequência dinâmica do contraste e converte em mapa de cores e calcula permeabilidade e VEC. MÉTODOS: Foram incluídas no estudo 31 pacientes, com 57 lesões nodulares, 29 malignas e 28 benignas. Todas as pacientes assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. As lesões foram primeiramente classificadas pelo radiologista leitor quanto à análise dinâmica do contraste de acordo com a classificação do BI-RADS®. Posteriormente, as mesmas lesões foram selecionadas com o programa do FTP que calculou permeabilidade vascular e VEC das lesões. RESULTADOS: Os resultados mostraram que a permeabilidade foi diferente para lesões malignas e benignas, com média de 1,209 (±0,424) para maligno e 0,394 (±0,210) para benigno. O VEC não mostrou diferença estatisticamente significativa entre lesões benignas e malignas, com média de 0,666 (±0,123) para maligno e 0,708 (±0,151) para benigno. Quando correlacionado com a classificação das lesões pelo BI-RADS®, evidenciamos também que as lesões tiveram permeabilidade diferente nas diferentes classificações , sendo de 0,39 (±0,22) para BI-RADS®3, 0,56 (±0,39) para BI-RADS® 4 e 1,29 (±0,37) para BI-RADS® 5, mostrando que nas lesões com maior malignidade, a permeabilidade foi maior. O VEC não foi diferente nas diversas classificações do BI-RADS®. CONCLUSÕES: O estudo nos permite concluir que a permeabilidade vascular pode ser um bom discriminante na diferenciação das lesões benignas e malignas da mama. Contudo, o mesmo não ocorreu com o VEC.
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INTRODUCTION: There has been a great development in the study of breast lesions with the use of contrast-enhanced magnetic resonance. However, several findings are common in malignant and in benign lesions turning their differentiation difficult. The objective of this research was to study the vascular permeability and the extracellular volume fraction (EVF) to verify if these characteristics increase the differentiation between benign and malignant lesions. The Full Time Point application that converts contrast dynamic sequence in color hue maps to calculate permeability and EVF was used for this purpose. METHODS: 31 patients were included in this study with 57 lesions, 29 malignant and 28 benign. All patients signed an informed consent form. First the lesions were classified by the reader radiologist by dynamic analysis according to BI-RADS® classification. Later, the same lesions were selected with the FTP program that calculated vascular permeability and EVF. RESULTS: Results showed that permeability was different for malignant and benign lesions, mean 1.209(±0.424) for malignant and 0.394 (±0.210) for benign. The EVF did not show statistically significant difference between benign and malignant lesions, mean 0.666 (±0.123) for malignant and 0.708 (±0.151) for benign. When compared to BI-RADS® classification, it was observed that lesions had different permeability in different classifications: 0,39 (±0.22) for BI-RADS® 3, 0.56 (±0.39) for BIRADS ® 4 and 1.29 (±0.37) for BI-RADS® 5. This showed that higher malignity lesions had higher permeability. EVF was not different in the different BI-RADS® classifications. CONCLUSION: It can be concluded that vascular permeabilitiy can be a good discriminant in differentiating breast malignant and benign lesions. However the same was not true for EVF.
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