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Previous issue date: 2018-04-05 === The present PHD thesis consists of being one more effort to question whether or not the psychoanalytic clinic undergoes a healing experience. The hypothesis is that the concept of healing will only be effective in psychoanalysis if it assumes critical position regarding the common-sense notion of healing. In accordance with Georges Canguilhem, the term healing does not contemplate transformation in the context of health sciences, instead it infers appropriateness to the ideal of health. Therefore, disease, abnormality and indeterminacy can only be seen as setbacks, that is, they are experiences that can only outcome normative failure, and consequently these experiences must necessarily be adjusted as a mean of ensuring social control strategies. From Freud to Lacan, Psychoanalysis has been marked as an attempt to found a clinic in which the cure of the individuals could not be conditioned to a complete absence of suffering, as a normalized and socially satisfactory value. Healing, in a sense, is to experience a condition that has no place and that cannot fit into the situation; in other words, it challenges the positive regime of determinacy. In Psychoanalysis, emphasizing the effectiveness of being critical on healing is a way of problematizing the political spirit of a totalizing vocation of life-form determinacy. Therefore, there is a political power of transformation to be considered in the experiments of indeterminacy, such as the psychoanalytic proposal of healing, which promotes an opening, to that what is inexpressible in the situation, to be the forewarning of still ignored norms. === Essa tese é mais um esforço no sentido de questionar se a clínica psicanalítica realiza ou não uma experiência de cura. Partimos da hipótese de que o conceito de cura só poderia ser operativo em psicanálise caso fosse crítico à ideia usual de cura. A partir dos trabalhos de Georges Canguilhem, constatamos que no contexto das ciências da saúde, o termo cura não invoca nada no sentido de uma transformação, mas apenas adequação ao ideal de saúde. Assim, a doença, a anormalidade e a indeterminação só podem ser consideradas como erros de percurso, ou seja, são experiências que só podem estar fadadas ao fracasso normativo. Por isso essas experiências devem, necessariamente, ser corrigidas e ajustadas como modo de assegurar as estratégias de controle social. A psicanálise, de Freud à Lacan, é marcada pela tentativa de estabelecer uma clínica cuja cura dos sujeitos não está condicionada à realização da saúde enquanto ausência completa de sofrimento, isto é, enquanto valor normalizado e socialmente reconhecido. Curar-se é em certo sentido realizar uma experiência que não tem lugar e não pode se inscrever na situação e que, por isso, coloca em questão o regime positivo de determinações. Colocar em evidência a potência crítica da cura em psicanálise é uma maneira de problematizar o espírito político de vocação totalizante de determinação das formas de vida. Portanto, há uma potência política de transformação a ser considerada nas experiências de indeterminação, tais como a proposta psicanalítica de cura, que ao se realizarem, promovem a abertura para aquilo que é inexpressável na situação ser o prenúncio de normatividades ainda inauditas.
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