O corpo na toxicomania: uma primazia da sensação

Made available in DSpace on 2017-06-01T18:08:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 dissertacao_isabela_arteiro.pdf: 2300141 bytes, checksum: 80eefd414437fa8e37056580f35895e2 (MD5) Previous issue date: 2007-12-01 === This study aimed to ask whether drug addiction is related to sensation primacy, a strong...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Arteiro, Isabela Lemos
Other Authors: Queiroz, Edilene Freire de
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Católica de Pernambuco 2017
Subjects:
Online Access:http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/98
Description
Summary:Made available in DSpace on 2017-06-01T18:08:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 dissertacao_isabela_arteiro.pdf: 2300141 bytes, checksum: 80eefd414437fa8e37056580f35895e2 (MD5) Previous issue date: 2007-12-01 === This study aimed to ask whether drug addiction is related to sensation primacy, a strong search that takes the subject out of the representation, thought and word, keeping the user up, energized and potencialized. We have investigated the drug addict's psychological dynamic based on Freudian Psychoanalysis and some of his commentators as Hanns and Garcia-Roza. It is a psychoanalytic research and, therefore starts from the clinics interrogations. After that, we carried out the fieldwork to submit the hypothesis elaborated on the research project. For realizing the data collect, we visited two institutions specialized on drug addiction treatment, where we interviewed 23 residents who accept to participate and contribute to the work. They were willed to speak and they could describe their censorial feelings when they had used drugs. We evidenced that on drug addiction there is a symbolization silence and the drug answers to the urge of excitability pure stimulation. We worked on a field of the "instinct" (Trieb), on the border of the psychic and the somatic. The unpredictability movements of the instinct make us to face several clinics repertories, which the classical theory referential seems not to support them. Therefore we dedicated a space to think about the techniques that the psychoanalysts have had to manage with this clinic. Facing the necessity to search new strategies which do not privilege the symptoms appointment, based on a previous subject format, our purpose is a clinic management not restricted to the word field, but the psychoanalyst should detect sensations and experiences. The study about the drug abuse clinic starts from the classic format of the psychoanalysis and receives important contributions of Olievenstein === O presente estudo tem por objetivo interrogar se o que está em questão na toxicomania é uma primazia da sensação, uma busca excessiva por experimentar um plano que arranca o sujeito do campo da representação, do pensamento e da palavra, mantendo-o em um nível energizado e potencializado. Investigamos o funcionamento psíquico do toxicômano a luz da Psicanálise Freudiana e de alguns de seus comentadores, como Hanns e Garcia-Roza. Trata-se de uma pesquisa psicanalítica e, nesse sentido, parte de questões emergentes da clínica em um primeiro momento. Seguidamente, nos dedicamos ao trabalho de campo, a fim de submeter à comprovação as hipóteses elaboradas no projeto de pesquisa. Para a realização da coleta de dados, foram visitadas duas instituições especializadas em atendimento para dependentes químicos, nas quais realizamos 23 entrevistas com residentes que se dispuseram, livremente, a contribuir com o estudo. Aos entrevistados foi disponibilizado um espaço de fala livre, onde puderam descrever o que vivenciaram no plano sensorial ao usar drogas. Evidenciamos que na toxicomania há um silenciamento das simbolizações, na qual a droga responde ao ímpeto do sujeito pela excitabilidade estimulação pura. Trabalhamos, então, no espaço próprio da pulsão, ou seja, no limite entre o psíquico e o somático. Além disso, consideramos que a imprevisibilidade dos movimentos pulsionais nos coloca diante de uma gama, cada vez maior, de repertórios clínicos segundo os quais nossos referenciais teóricos clássicos parecem não dar conta. Portanto, dedicamos um espaço para repensar os aparatos técnicos que os psicanalistas dispõem para manejar com a clínica em questão. Face à necessidade de buscar novas estratégias terapêuticas que não privilegie a nomeação dos sintomas, sustentadas em um formato subjetivo dado a priori, propomos um fazer clínico onde a escuta não se restrinja ao campo da palavra, mas que o psicanalista possa apreender sensações e experiências. O estudo empreendido sobre a clínica da toxicomania parte do modelo clássico da psicanálise e recebe significativas contribuições de Olievenstein