As implicações do limite em crianças institucionalizadas: um olhar através do relato de psicólogos e assistentes sociais

Made available in DSpace on 2017-06-01T18:09:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Erika Maria.PDF: 1365359 bytes, checksum: ccb52c137df8b177bd7922c9baba396f (MD5) Previous issue date: 2007-03-20 === The family is the first social relations model. Children see in their parents, or whoever is in charge,...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rêgo, érika Maria Gallindo
Other Authors: Lima, Albenise de Oliveira
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Católica de Pernambuco 2017
Subjects:
Online Access:http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/245
Description
Summary:Made available in DSpace on 2017-06-01T18:09:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Erika Maria.PDF: 1365359 bytes, checksum: ccb52c137df8b177bd7922c9baba396f (MD5) Previous issue date: 2007-03-20 === The family is the first social relations model. Children see in their parents, or whoever is in charge, the referential model they will identify with. The parents are responsible for transmiting to their children the values, rules and limits that are necessary to the social relationships and the healthy development of a child s personality. As children grow up, they get gradually appart from their family and that tends to be helpful to the socialization process. However, according to another perspective the child could not only separate but detach, either briefly or permanently, from his or her family. That is the institutionalization perspective. According to that perspective, an institution will, inevitably, reproduce the family affection and authority models in face of the demands of children in shelters. The institutional space becomes a broader reference of the parental model, thus the children find themselves vulnerable to a previously arranged and consolidated rules system. Therefore it was necessary to investigate the implications of limit to the institutionalized children. Thus a qualitative research was carried out. A semi directed interview was applied to psychologists and social workers who work with sheltered children in governamental organizations and non-profit or charity institutions. Those interviews focused on the limit and its unpredictable changes reported by the professionals involved who emphasized several aspects such as lack of uniformity of educational rules at the institutions that make those rules difficult to be taught to institutionalized children. The research s results indicated that to establish rules at institutions there are severals underlying facts ranging from domestic violence to privation of affection both reflected in the institutionalization and in the infant s educational process === A família constitui-se o protótipo das primeiras relações sociais. As crianças vêem nos seus pais, ou em quem exerça essa função, o modelo referencial e identificatório. Cabe às figuras parentais transmitir aos filhos valores, regras e limites necessários ao convívio social e ao desenvolvimento saudável da personalidade infantil. À medida em que crescem as crianças se separam gradativamente do convívio familiar, o que tende a favorecer o processo de socialização. No entanto, existe uma outra perspectiva que conduz não apenas à separação, como também pode desvincular, temporária ou permanentemente, a criança de sua família: a institucionalização. A instituição, invariavelmente, reproduz os padrões familiares de afeto e autoridade frente às demandas das crianças abrigadas. O espaço institucional se configura como uma referência mais ampla das figuras parentais, onde as crianças encontram-se vulneráveis ao sistema de normas previamente instituído e cristalizado. Dessa forma, fez-se necessário investigar as implicações do limite às crianças institucionalizadas. Nesse sentido, realizou-se pesquisa de natureza qualitativa. O instrumento utilizado consistiu na entrevista semidirigida aplicada a psicólogas e a assistentes sociais que trabalham com crianças abrigadas em entidades governamentais ou não-governamentais. Essas entrevistas enfocaram o limite e suas vicissitudes, através do relato dessas profissionais que destacaram, dentre diversos fatores, a falta da uniformidade das regras educacionais nos abrigos, dificultando assim, estabelecê-las junto à infância institucionalizada. Os resultados desta pesquisa indicaram que à determinação de limites no âmbito institucional encontram-se subjacentes vários fatores que englobam desde a violência doméstica à privação afetiva, ambos refletidos na institucionalização e no processo educacional infantil