DIVERSIDADE CARIOTÍPICA EM ESPÉCIES DO GÊNERO Astyanax (TELEOSTEI, CHARACIDAE) OCORRENTES NO MÉDIO RIO IGUAÇU

Made available in DSpace on 2017-07-21T19:59:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Thais Dulz.pdf: 2466351 bytes, checksum: 208f40d4e86e959ef9f685c1e5a3cac5 (MD5) Previous issue date: 2015-02-27 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === The Characidae is considered the largest...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Dulz, Thaís Aparecida
Other Authors: Artoni, Roberto Ferreira
Format: Others
Language:Portuguese
Published: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA 2017
Subjects:
Online Access:http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/936
Description
Summary:Made available in DSpace on 2017-07-21T19:59:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Thais Dulz.pdf: 2466351 bytes, checksum: 208f40d4e86e959ef9f685c1e5a3cac5 (MD5) Previous issue date: 2015-02-27 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === The Characidae is considered the largest family and most complex among the Characiforms. The Astyanax genus is one of the most specious between the characids, comprising 142 valid species distributed in the Neotropical Region. Many of these species are restricted to certain river basins. The fish fauna of the Iguaçu River basin is characterized by having a high endemism, possibly because its isolation of the Paraná River basin, occurred about 22 million years, caused by the emergence of the Iguaçu Falls. Were recently described new species of this genus in the Rio Iguaçu, however its systematic position opposite the other Astyanax is still unknown, reinforcing necessary studies aimed at understanding their diversity and their evolutionary relationships. Therefore, this research aimed was to perform the karyotype characterization of the Astyanax species from the middle Rio Iguaçu: Astyanax altiparanae, A. bifasciatus, A. dissimilis, A. minor, A. ribeirae and A. serratus, using cytogenetics as a tool, in order to contribute to a more consistent scenario about the evolution of this group. The analysis were based on conventional Giemsa staining techniques, detection of nucleolar organizing regions by silver nitrate (Ag-NORs), C-banding and fluorescence in situ hybridization (FISH) to ribosomal genes 18S e 5S probes. All species presented 2n = 50 chromosomes, confirming the conservatism to the genus. The karyotypes comprise all chromosomal types and prevalence of chromosomes with two arms, mainly on the metacentric type except for A. ribeirae with the karyotype formula containing high number of acrocentrics. Despite the diploid number remain constant in these species; there were variations in karyotype formula and consequently the fundamental number, ranging from 66 to 92. The C-banding showed differences in the distribution of heterochromatic blocks between species, occurring polymorphism in A. serratus, which was also observed in other studies involving Astyanax sp. D (A. serratus). The six species showed the presence of NORs located in the telomeric region of the short arm of a chromosome pair of the type subtelocentric, characteristic conserved for the genus. Was identified single NORs in A. altiparanae and A. dissimilis, although the most common being multiple NORs, in almost all cases confirmed by 18S rDNA. All species showed 5S rDNA located in the interstitial segments of the chromosomes. Have been observed simple rDNA 5S in A. altiparanae, A. minor and A. serratus, and multiple in A. bifasciatus, A. dissimilis and A. ribeirae. Highlighted A. ribeirae by presenting a high number of rDNA 18S and 5S sites, which proved to be sintenics and co-located. In addition, this species is considered endemic for Ribeira de Iguape basin; however, was first found in the Iguaçu basin, strengthening fauna sharing hypothesis between rivers of the plateau and coastal regions in southern Brazil. The karyotype diversity evident for all species is mainly due to non-Robertsonian rearrangements. This study presented the first cytogenetic data for the genus Astyanax occurring in the Middle Rio Iguaçu region. === A família Characidae é considerada a maior e mais complexa entre os Characiformes. O gênero Astyanax é um dos mais especiosos entre os caracídeos, compreendendo 142 espécies válidas distribuídas na região Neotropical. Muitas destas espécies encontram-se restritas a determinadas bacias hidrográficas. A ictiofauna da bacia do Rio Iguaçu caracteriza-se por apresentar um elevado grau de endemismo, possivelmente devido o seu isolamento da bacia do Rio Paraná, ocorrido há cerca de 22 milhões de anos, causado pelo surgimento das Cataratas do Iguaçu. Recentemente, foram descritas novas espécies deste gênero no Rio Iguaçu, entretanto seu posicionamento sistemático frente aos demais Astyanax ainda é desconhecido, fazendo-se necessários estudos que visem à compreensão de sua diversidade e de suas relações evolutivas. Sendo assim, objetivou-se realizar a caracterização cariotípica de espécies do gênero Astyanax provenientes do médio Rio Iguaçu: Astyanax altiparanae, A. bifasciatus, A. dissimilis, A. minor, A. ribeirae e A. serratus, utilizando como ferramenta a citogenética, a fim de contribuir com um cenário mais consistente acerca da evolução deste grupo. Utilizou-se técnicas baseadas na coloração convencional por Giemsa, detecção de regiões organizadoras de nucléolo por nitrato de prata (Ag-RONs), bandamento C e hibridação in situ fluorescência (FISH) com sondas de genes ribossomais 18S e 5S. Todas as espécies estudadas apresentaram 2n = 50 cromossomos, confirmando o conservadorismo para o gênero. Observaram-se cariótipos compostos por todos os tipos cromossômicos e predominância de cromossomos com dois braços, principalmente do tipo metacêntrico, exceto para A. ribeirae com fórmula cariotípica composta por elevado número de acrocêntricos. Apesar do número diploide se manter constante nestas espécies, houve variações na fórmula cariotípica e, consequentemente no número fundamental, variando de 66 até 92. O bandamento C evidenciou variações na distribuição dos blocos heterocromáticos entre as espécies, com ocorrência de polimorfismo em A. serratus, o que também foi observado em outros estudos envolvendo Astyanax sp. D (A. serratus). As seis espécies estudadas mostraram a presença de RONs localizadas na região telomérica do braço curto de um par cromossômico do tipo subtelocêntrico, característica conservada para o gênero. Ocorreram RONs simples em A. altiparanae e A. dissimilis, as demais espécies possuem RONs múltiplas, em quase todos os casos confirmadas pela FISH com rDNA 18S. Todas as espécies evidenciaram rDNA 5S localizados nos segmentos intersticiais dos cromossomos. Foram observados rDNA 5S em um único par em A. altiparanae, A. minor e A. serratus, e múltiplos em A. bifasciatus, A. dissimilis e A. ribeirae. Destaca-se A. ribeirae por apresentar um elevado número de sítios rDNA 18S e 5S, os quais mostraram-se sintênicos e co-localizados. Além disso, esta espécie é considerada endêmica para bacia do Ribeira de Iguape; no entanto, foi encontrada pela primeira vez na bacia do Iguaçu, reforçando a hipótese de compartilhamento de fauna entre rios do planalto cristalino e regiões costeiras no sul do Brasil. A diversidade cariotípica evidenciada para todas as espécies devem-se principalmente a rearranjos não Robertsoniano. Neste estudo foram apresentados os primeiros dados citogenéticos para o gênero Astyanax ocorrentes na região do médio Rio Iguaçu.