ESPAÇO ESPIADO: O USO DE CRACK INSTITUINDO ESPACIALIDADES VIVENCIADAS POR ADOLESCENTES DO SEXO MASCULINO EM PONTA GROSSA – PARANÁ

Made available in DSpace on 2017-07-21T18:15:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Heder Leandro Rocha.pdf: 2374509 bytes, checksum: 19c482c43dfcd865b1cdb7816561a691 (MD5) Previous issue date: 2013-04-03 === The objective of this research is to understand the institution spatialities related to use of c...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rocha, Heder Leandro
Other Authors: Silva, Joseli Maria
Format: Others
Language:Portuguese
Published: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA 2017
Subjects:
Online Access:http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/618
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Rocha, Heder Leandro
ESPAÇO ESPIADO: O USO DE CRACK INSTITUINDO ESPACIALIDADES VIVENCIADAS POR ADOLESCENTES DO SEXO MASCULINO EM PONTA GROSSA – PARANÁ
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The identity elements constituting these guys, like age, gender, race and social class they are experienced in everyday defended and interrelations constituting their spatial practices. The first step in mapping these relationships has been the realization of six in-depth interviews using a semistructured script, it often was not followed because the circumstances of the interview. The interviews totaled approximately nine hours of audio and dozens of pages to transcription directly. Talks were organized into categories and discursive systematized from a database, totaling 397 evocations organized into two main axes. The first brings a direct reference of space evidencing spatialities that make up the daily life of the boys, already the second is composed of those who did not have a direct reference to a space, as dealt with representations divided in past, present and future. The treatment is assumed as a mark in their lives, such as before and after. But, the challenges are imposed by spatialities when the return to old homes. Giving voice to these guys sometimes criminalized, invisible and commonly misunderstood is to show there are other readings of reality, that there are other possible geographies. Guys, who beyond of a position of victim are active in their spatial practices and choices, enter to drug trafficking; for example, can be a search for respect or economic support. The very conceptualization of space / spatiality is tensioned by the practices of boys investigated and the idea of "space spied" is elaborated (corporeality arising from the use of crack) to give the phenomenon intelligible object of this research. The spatial experiences of adolescents users of crack are connected to multiple spatialities that converge in different temporalities, their positions in the face of different power configurations are fluid and locational they move between margin and center positions, the economy live more or less scheduled. === O objetivo deste trabalho é compreender a instituição de espacialidades relacionadas ao uso de crack por adolescentes do sexo masculino moradores de periferias de Ponta Grossa – Paraná. Suas práticas ligadas ao uso de drogas, roubos, e violência em conflitos com outros grupos fortalecem as representações sociais que incidem sobre seus corpos, considerados como desviantes. Adolescentes que nessa lógica, precisam de correção e tratamento por parte dos aparelhos de Estado e são encaminhados a instituições de tratamento como a Comunidade Terapêutica Marcos Fernandes Pinheiro, única que recebe crianças e adolescentes do sexo masculino na cidade de Ponta Grossa – Paraná. Os elementos identitários que constituem esses sujeitos, como idade, gênero, raça e classe são experiênciados e defendidos cotidianamente nas inter-relações que constituem suas práticas espaciais. O primeiro passo no sentido de mapear essas relações foi a realização de seis entrevistas em profundidade com o uso de um roteiro semiestruturado, que muitas vezes não foi seguido devido as circunstâncias do momento da entrevista, as entrevistas renderam aproximadamente nove horas de falas e dezenas de paginas de transcrição direta. As falas foram separadas em categorias discursivas e sistematizadas a partir de um banco de dados, totalizando 397 evocações organizadas em dois eixos principais. O primeiro traz uma referência direta de espaço evidenciando as espacialidades que compõem a vivência cotidiana dos sujeitos, já o segundo é composto por aquelas que não possuíam uma referencia direta com um espaço, pois tratavam de representações divididas em passado, presente e futuro. O tratamento se assume como um marco em suas vidas, como o antes e o depois. Contudo, os desafios são impostos pelas espacialidades quando no retorno aos antigos locais de moradia. Dar voz a estes sujeitos criminalizados, invisibilizados e comumente mal interpretados é mostrar que existem outras leituras da realidade, que existem outras geografias possíveis. Sujeitos que para além de uma posição de vítima são ativos em suas práticas espaciais e escolhas; entrar para o tráfico de drogas, por exemplo, pode ser uma busca por respeito ou sustento econômico. A própria conceitualização de espaço/espacialidade é tensionada pelas práticas dos sujeitos estudados e a ideia de „espaço espiado‟ é elaborada (a partir da corporalidade advinda do uso de crack) para dar inteligibilidade ao fenômeno objeto dessa pesquisa. As vivências espaciais dos adolescentes usuários de crack estão conectadas a múltiplas espacialidades que confluem em temporalidades distintas, seus posicionamentos frente às diferentes configurações de poder são fluidas e locacionais, eles transitam entre as posições de margem e centro, numa economia do viver mais ou menos agendada.
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Teenagers „addicts‟ and „patients‟ need correction / treatment by the state apparatuses and institutions are directed to as the Therapeutic Community Treatment Marcos Fernandes Pinheiro, one that receives children and adolescent boys in the city of Ponta Grossa - Paraná. The identity elements constituting these guys, like age, gender, race and social class they are experienced in everyday defended and interrelations constituting their spatial practices. The first step in mapping these relationships has been the realization of six in-depth interviews using a semistructured script, it often was not followed because the circumstances of the interview. The interviews totaled approximately nine hours of audio and dozens of pages to transcription directly. Talks were organized into categories and discursive systematized from a database, totaling 397 evocations organized into two main axes. The first brings a direct reference of space evidencing spatialities that make up the daily life of the boys, already the second is composed of those who did not have a direct reference to a space, as dealt with representations divided in past, present and future. The treatment is assumed as a mark in their lives, such as before and after. But, the challenges are imposed by spatialities when the return to old homes. Giving voice to these guys sometimes criminalized, invisible and commonly misunderstood is to show there are other readings of reality, that there are other possible geographies. Guys, who beyond of a position of victim are active in their spatial practices and choices, enter to drug trafficking; for example, can be a search for respect or economic support. The very conceptualization of space / spatiality is tensioned by the practices of boys investigated and the idea of "space spied" is elaborated (corporeality arising from the use of crack) to give the phenomenon intelligible object of this research. The spatial experiences of adolescents users of crack are connected to multiple spatialities that converge in different temporalities, their positions in the face of different power configurations are fluid and locational they move between margin and center positions, the economy live more or less scheduled. O objetivo deste trabalho é compreender a instituição de espacialidades relacionadas ao uso de crack por adolescentes do sexo masculino moradores de periferias de Ponta Grossa – Paraná. Suas práticas ligadas ao uso de drogas, roubos, e violência em conflitos com outros grupos fortalecem as representações sociais que incidem sobre seus corpos, considerados como desviantes. Adolescentes que nessa lógica, precisam de correção e tratamento por parte dos aparelhos de Estado e são encaminhados a instituições de tratamento como a Comunidade Terapêutica Marcos Fernandes Pinheiro, única que recebe crianças e adolescentes do sexo masculino na cidade de Ponta Grossa – Paraná. Os elementos identitários que constituem esses sujeitos, como idade, gênero, raça e classe são experiênciados e defendidos cotidianamente nas inter-relações que constituem suas práticas espaciais. O primeiro passo no sentido de mapear essas relações foi a realização de seis entrevistas em profundidade com o uso de um roteiro semiestruturado, que muitas vezes não foi seguido devido as circunstâncias do momento da entrevista, as entrevistas renderam aproximadamente nove horas de falas e dezenas de paginas de transcrição direta. As falas foram separadas em categorias discursivas e sistematizadas a partir de um banco de dados, totalizando 397 evocações organizadas em dois eixos principais. O primeiro traz uma referência direta de espaço evidenciando as espacialidades que compõem a vivência cotidiana dos sujeitos, já o segundo é composto por aquelas que não possuíam uma referencia direta com um espaço, pois tratavam de representações divididas em passado, presente e futuro. O tratamento se assume como um marco em suas vidas, como o antes e o depois. Contudo, os desafios são impostos pelas espacialidades quando no retorno aos antigos locais de moradia. Dar voz a estes sujeitos criminalizados, invisibilizados e comumente mal interpretados é mostrar que existem outras leituras da realidade, que existem outras geografias possíveis. Sujeitos que para além de uma posição de vítima são ativos em suas práticas espaciais e escolhas; entrar para o tráfico de drogas, por exemplo, pode ser uma busca por respeito ou sustento econômico. A própria conceitualização de espaço/espacialidade é tensionada pelas práticas dos sujeitos estudados e a ideia de „espaço espiado‟ é elaborada (a partir da corporalidade advinda do uso de crack) para dar inteligibilidade ao fenômeno objeto dessa pesquisa. As vivências espaciais dos adolescentes usuários de crack estão conectadas a múltiplas espacialidades que confluem em temporalidades distintas, seus posicionamentos frente às diferentes configurações de poder são fluidas e locacionais, eles transitam entre as posições de margem e centro, numa economia do viver mais ou menos agendada. 2017-07-21T18:15:33Z 2013-10-29 2017-07-21T18:15:33Z 2013-04-03 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis ROCHA, Heder Leandro. ESPAÇO ESPIADO: O USO DE CRACK INSTITUINDO ESPACIALIDADES VIVENCIADAS POR ADOLESCENTES DO SEXO MASCULINO EM PONTA GROSSA – PARANÁ. 2013. 119 f. Dissertação (Mestrado em Gestão do Território : Sociedade e Natureza) - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA, Ponta Grossa, 2013. http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/618 por info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA Programa de Pós Graduação Mestrado em Gestão do Território UEPG BR Gestão do Território : Sociedade e Natureza reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG instname:Universidade Estadual de Ponta Grossa instacron:UEPG