Os Mby? v?o ? escola : uma etnografia sobre os sentidos da escola na aldeia da Estiva

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Full description

Bibliographic Details
Main Author: Carreira, Luiz Fernando Stumf
Other Authors: De la Fare, M?nica
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul 2015
Subjects:
Online Access:http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/6318
Description
Summary:Submitted by Setor de Tratamento da Informa??o - BC/PUCRS (tede2@pucrs.br) on 2015-09-21T19:03:36Z No. of bitstreams: 1 467938 - Texto Completo.pdf: 2014716 bytes, checksum: e7f660264a583d584dad186e10652812 (MD5) === Made available in DSpace on 2015-09-21T19:03:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 467938 - Texto Completo.pdf: 2014716 bytes, checksum: e7f660264a583d584dad186e10652812 (MD5) Previous issue date: 2015-02-25 === This dissertation presents an analysis of the Guarani-Mby? school and its goal is to understand how the Guarani think and give meaning to the school institution introduced in the village. Therefore, the text emphasizes in its analysis how indigenous construct, transmit and acquire knowledge, correlating them with the kind of teaching and learning process favored by the school. This is an ethnographic study of the school of Estiva, village in the municipality of Viam?o / RS. The study has its starting point in the growing indigenous movement toward the school, a move that seems to point the way they understand it. The speeches of the older members of the village show their concern about appropriating the powers of white man?s world (its technology, bureaucracy and legal aspects, for example) which are fundamental to the survival of Guarani communities nowadays. In this sense, the school appears as an apprehension space of this other world aspects that are interesting and necessary to indigenous and which refer directly to the way they deal with otherness. Thus, the centrality given to Guarani processes of learning another "culture" refers to the analysis of the school according to classical topics of ethnology and corporality in the indigenous relationship with the white man. The cannibalistic predation, such as contact strategy appears as central key discussion I propose. The school, presented on this paper, while world's appropriation of white man?s space, seems to take to the Mby? a fundamental importance regarded to the possibility of incorporation of the Other, that is, white man === Esta disserta??o apresenta uma an?lise acerca da escola Guarani-Mby? e seu objetivo ? compreender o modo como os guaranis pensam e d?o sentido ? institui??o escolar introduzida na aldeia. Para tanto, o texto procura dar ?nfase em sua analise ao modo como os ind?genas constroem, transmitem e se apropriam de conhecimentos, correlacionando-os com o tipo de processo de ensino e aprendizagem favorecido pela escola. Trata-se de um estudo de car?ter etnogr?fico sobre a escola da Estiva, aldeia localizada no munic?pio de Viam?o/RS. O estudo que tem seu ponto de partida no crescente movimento ind?gena em dire??o ? escola, um movimento que parece apontar o modo como eles a compreendem. As falas dos membros mais velhos da aldeia evidenciam sua preocupa??o em apropriarem-se das pot?ncias referentes ao mundo dos brancos (sua tecnologia, burocracia e aspectos jur?dicos, por exemplo) que s?o hoje fundamentais a sobreviv?ncia das comunidades Guarani. Neste sentido, a escola surge como um espa?o de apropria??o de aspectos deste outro mundo que s?o interessantes e necess?rios aos ind?genas e que remetem diretamente ao modo como estes lidam com a alteridade. Assim, a centralidade conferida aos processos guaranis de aprendizagem de outra ?cultura? remete a an?lise sobre a escola aos temas cl?ssicos da etnologia, como o da corporalidade e da rela??o ind?gena com o outro. A preda??o antropof?gica, como estrat?gia de contato, surge ent?o como chave central da discuss?o que proponho. A escola, abordada atrav?s deste vi?s, enquanto espa?o de apropria??o do mundo dos brancos, parece assumir para os Mby? uma import?ncia fundamental enquanto espa?o de incorpora??o do Outro, isto ?, do branco.