Efeito do extrato aquoso de folhas de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.) no controle do ácaro vermelho (Tetranychus ludeni Zacher, 1913) em algodoeiro (Gossypium hirsutum L.)

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Full description

Bibliographic Details
Main Author: FERRAZ, José Cláudio Barros
Other Authors: OLIVEIRA, Cláudia Helena Cysneiros Matos de
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal Rural de Pernambuco 2017
Subjects:
Online Access:http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6891
Description
Summary:Submitted by Mario BC (mario@bc.ufrpe.br) on 2017-05-17T13:54:55Z No. of bitstreams: 1 Jose Claudio Barros Ferraz.pdf: 737315 bytes, checksum: b33693f22b49de514f079f036854fa4f (MD5) === Made available in DSpace on 2017-05-17T13:54:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Jose Claudio Barros Ferraz.pdf: 737315 bytes, checksum: b33693f22b49de514f079f036854fa4f (MD5) Previous issue date: 2016-02-17 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES === Pests are one of the main factors affecting the operation of the cotton crop and among the species of economic importance, stands out the red spider mite Tetranychus ludeni. The use of synthetic miticides to control this pest, although effective, can cause problems for humans, the environment and resistance of these arthropods the products. Therefore, there has been growing interest in using plant extracts to control mite. In view of this, aimed to evaluate the intensity of injuries caused by T. ludeni and their feed preference in four varieties of cotton (BRS 201, BRS Safira, BRS Verde and BRS Aroeira). They were also carried out tests of toxicity, repellence, efficiency, phytotoxicity and residual effect of aqueous extract of juazeiro leaves in control of T. ludeni in var cotton. BRS 201. The first experiment was carried out in wooden cages lined with voile fabric type, which were placed on the cotton varieties, arranged in square and a central vessel containing bean-to-hog (control). 60 days after planting, the bean to hog plants were infested with 30 females of T. ludeni. To estimate the intensity of injuries, 0, 12 and 25 days after infestation, leaves were evaluated using a visual rating scale with limits of 0 to 4. After 25 days of infestation was taken for sampling the number of mites/plant. The experimental design was a randomized block design with three replications. The extracts concentrations (w/v) were 0%, 1.5%, 3.0%, 4.5%, 6.0% and 7.5%. For the assessment of toxicity leaf discs were used (Ø 3 cm) of cotton BRS 201. On each disc were placed 10 adult females of T. ludeni. They were then sprayed the extracts of concentrations with the aid of a manual spray bottle. The arenas were kept in climate chamber. After 48 hours, was performed counting living and dead individuals. The experimental design used was completely randomized, with six treatments and 10 repetitions. The repellency test was conducted in arenas containing two leaf discs (cotton variety of BRS 201), one disk treated (immersed) with the aqueous extract of juazeiro sheet (LC50) and the other with distilled water. Then they were placed in Gerbox® type plates and interconnected by a cover slip, which were released 10 adult females of the mite. After 48h, it was noted and the number of live mites on each disk. The experimental design used was completely randomized with two treatments and 10 repetitions. In the experiment III, to evaluate the control efficiency at 60 days, the cotton plants were infested with 30 adult females of T. ludeni mite. At 15 days after infestation the jujube extract at a concentration of 3.54% (w/v) (LC50) was sprayed on plants. After 48 hours was performed T. ludeni adult female count with manual loupe aid with 9 cm³ area up to 120 hours. To evaluate the residual effect after 60 days, the cotton plants were previously sprayed with the LC50 (3.54% (w/v)) of juazeiro extract. After three hours, one day, two, four, eight and sixteen days, arenas leaves were collected and made with leaf discs. In each arena are placed 10 adult females of T. ludeni. The arenas were kept in B.O.D. chamber. After 48 hours was performed counting living and dead individuals. To evaluate the plants phytotoxicity notes were assigned according to the intensity of symptoms. The experimental design used was completely randomized with two treatments and 10 repetitions. The results were submitted to analysis of variance and the means compared by Tukey test at 5% probability. In relation to feed preference, there was no significant difference in the number of T. ludeni individuals among the tested cotton varieties. However, compared to the level of injuries caused by this mite it has been observed that varieties BRS 201 and BRS Verde were the most significantly attacked. For toxicity of extracts to T. ludeni, there was a significant difference. The highest concentrations were 48-64% mortality with moderate toxicity to mite T. ludeni. The LC50 determined was 3.54% (w/v), with mortality and 76.47% repellent effect. There was control efficiency for 120 hours, with an average of 78.02%, with no significant difference between the assessment intervals. The juazeiro extract has a low residual effect for mortality and oviposition of T. ludeni over 16 days, taking better action by contact. The plants showed no toxicity symptoms. With these results, we can infer that the varieties BRS 201 and BRS Verde are more susceptible to attack T. ludeni and the jujube extract has potential as an alternative control of T. ludeni in cotton, with a promising strategy to be inserted into programs management of this pest in the semiarid region. === As pragas constituem um dos principais fatores limitantes à exploração da cultura algodoeira e, dentre as espécies de importância econômica, destaca-se o ácaro vermelho Tetranychus ludeni. O uso de acaricidas sintéticos no controle desta praga, apesar de eficiente, pode ocasionar problemas ao homem, meio ambiente e resistência desses artrópodes aos produtos. Portanto, tem crescido o interesse por uso de extratos vegetais para o controle de ácaros fitófagos. Diante disto, objetivou-se avaliar as intensidades de injúrias causadas por T. ludeni e sua preferência alimentar em quatro variedades de algodoeiro (BRS 201, BRS Safira, BRS Verde e BRS Aroeira). Também foram realizados testes de toxicidade, repelência, eficiência, fitotoxidez e efeito residual do extrato aquoso de folhas de juazeiro no controle de T. ludeni em algodoeiro var. BRS 201. O experimento I foi realizado em gaiolas de madeira revestidas com tecido tipo voil, nas quais foram colocadas as variedades de algodoeiro, dispostas em quadrado, e um vaso central contendo feijão-de-porco (testemunha). Aos 60 dias após o plantio, as plantas de feijão-de-porco foram infestadas com 30 fêmeas de T. ludeni. Para estimar a intensidade das injúrias, 0, 12 e 25 dias após a infestação, as folhas foram avaliadas utilizando-se uma escala visual de notas com limites de 0 a 4. Após 25 dias da infestação foi feita a amostragem do número de ácaros/planta. O delineamento experimental foi de blocos casualizados, com três repetições. As concentrações dos extratos (m/v) utilizadas foram 0%, 1,5%, 3,0%, 4,5%, 6,0% e 7,5%. Para a avaliação da toxicidade foram utilizados discos foliares (3cm Ø) de algodoeiro BRS 201. Em cada disco foram colocadas 10 fêmeas adultas de T. ludeni. Em seguida, foram pulverizadas as concentrações dos extratos com auxílio de um borrifador manual. As arenas foram mantidas em câmara climatizada. Após 48h, foi efetuada a contagem dos indivíduos vivos e mortos. O delineamento estatístico adotado foi o inteiramente casualizado, com seis tratamentos e 10 repetições. O teste de repelência foi realizado em arenas contendo dois discos de folha (variedade de algodoeiro BRS 201), sendo um disco tratado (imerso) com o extrato aquoso da folha de juazeiro (CL50) e o outro com água destilada. Em seguida, foram colocados em placas do tipo Gerbox® e interligados por uma lamínula, na qual foram liberadas 10 fêmeas adultas do ácaro. Após 48 h, observou-se e o número de ácaros vivos em cada disco. O delineamento estatístico adotado foi o inteiramente casualizado, com dois tratamentos e 10 repetições. No experimento III, para avaliar a eficiência de controle, aos 60 dias, as plantas de algodoeiro foram infestadas com 30 fêmeas adultas do ácaro T. ludeni. Aos 15 dias após a infestação, o extrato de juazeiro na concentração de 3,54% (m/v) (CL50) foi pulverizado sobre as plantas. Decorridas 48h foi realizada a contagem de fêmeas adultas do T. ludeni com auxílio de lupa manual com área de 9 cm³ até 120 horas. Para avaliar o efeito residual, aos 60 dias as plantas de algodoeiro foram previamente pulverizadas com a CL50 (3,54% (m/v)) do extrato de juazeiro. Decorridas três horas, um dia, dois, quatro, oito e dezesseis dias, foram coletadas folhas e confeccionadas arenas com discos foliares. Em cada arena foram colocadas 10 fêmeas adultas de T. ludeni. As arenas foram mantidas em câmara B.O.D. Após 48h foi efetuada a contagem dos indivíduos vivos e mortos. Para avaliar as plantas com fitotoxicidade foram atribuídas notas de acordo com a intensidade dos sintomas. O delineamento estatístico adotado foi o inteiramente casualizado, com dois tratamentos e 10 repetições. Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Em relação à preferência alimentar, não houve diferença significativa no número de indivíduos de T. ludeni entre as variedades de algodoeiro testadas. Entretanto, em relação ao nível de injúrias ocasionadas por este ácaro observou-se que as variedades BRS 201 e BRS Verde foram significativamente as mais atacadas. Para toxicidade dos extratos ao T. ludeni, houve diferença significativa. As maiores concentrações atingiram de 48 a 64% de mortalidade, apresentando toxicidade moderada ao ácaro T. ludeni. A CL50 determinada foi de 3,54% (m/v), com mortalidade de 76,47% e efeito repelente. Houve eficiência de controle por 120 horas, com média de 78,02%, não havendo diferença significativa entre os intervalos de avaliação. O extrato de juazeiro apresenta baixo efeito residual para mortalidade e oviposição de T. ludeni ao longo de 16 dias, tendo melhor ação por contato. As plantas não apresentaram fitotoxidez. Diante desses resultados é possível inferir que as variedades BRS 201 e BRS verde são mais susceptíveis ao ataque de T. ludeni e que o extrato de juazeiro apresenta potencial como controle alternativo do T. ludeni em algodoeiro, sendo uma estratégia promissora para ser inserida em programas de manejo desta praga no semiárido.