Análise de fatores relacionados com timpanismo espumoso e da conduta terapêutica em bovinos no Agreste meridional do estado de Pernambuco

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Bibliographic Details
Main Author: COUTINHO, Luiz Teles
Other Authors: SILVA, José Augusto Bastos Afonso da
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal Rural de Pernambuco 2016
Subjects:
Online Access:http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5771
Description
Summary:Submitted by (edna.saturno@ufrpe.br) on 2016-10-19T16:00:18Z No. of bitstreams: 1 Luis Teles Coutinho.pdf: 969384 bytes, checksum: 97762767ebf7ed236fb3dbc291571533 (MD5) === Made available in DSpace on 2016-10-19T16:00:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Luis Teles Coutinho.pdf: 969384 bytes, checksum: 97762767ebf7ed236fb3dbc291571533 (MD5) Previous issue date: 2009-02-02 === Foamy bloat is a major ruminal disorder and its etiology is related to diets that contain some types of legumes or an excess of concentrate. Economic losses due to this illness are represented by reduced production, medication costs, veterinary costs and death of the animal. The aim of the present study was to analyze the effect of risk factors such as feed, raising system, season and age of the animals as well as the types of treatment employed and their effectiveness in resolving cases of foamy bloat in bovines. A retrospective study was carried out on 60 clinical cases of the illness in bovines treated at the Bovine Clinic of the Universidade Federal Rural de Pernambuco, Garanhuns Campus (Brazil) between January 1989 to December 2007. Epidemiologically, data on risk factors (feed, raising system, season, etc.) were related to the occurrence of foamy bloat. The clinical evolution period, treatment procedures and resolution of cases were also analyzed. Among the 60 animals affected, 54 (90%) received diets with a high content of concentrates; palm was one of the ingredients in the diet of 41 animals. The raising system was semi-intensive to intensive for 48 (80%) animals. The majority of animals affected were females (57/60), 44 (84.08%) of which were in the lactation phase. A greater occurrence of cases of foamy bloat (62%) was recorded in summer. The ruminal fluid in these animals had a pH value that oscillated between 7 and 8, was of a foamy consistency and had a negative effect on the microbiota. The clinical evolution of the disease was about six days. The choice of treatment depended on the degree of clinical impairment of the animal – clinical treatment, surgical treatment or slaughter. Among the cases analyzed, four animals (6.67%) were sent for slaughter, 16 (28.33%) were submitted to clinical treatment and 39 (65.00%) were surgically treated with rumenotomy. For the cases treated clinically, mean convalescence time was three to four days; 16 animals (94.11%) were discharged and one (5.89%) died. Among the animals treated surgically, mean convalescence time was nine to ten days; 33 animals (84.62%) fully recovered and six (15.38%) died. The interrelation of risk factors like diet rich in concentrated, the intensive a semi-intensive system of production, summer (dry season), the first and second lactation period, associated to the interaction of factors inherent to the individual animal and ruminal microbiota are of importance to the etiopathology of foamy bloat in the southern central semi-arid region of the state of Pernambuco, Brazil. The treatment option (surgical or clinical) is related to the clinical severity of each case. When defined in a timely fashion, the correct choice of treatment contributes to a favorable prognosis. === O timpanismo espumoso (TE) é um dos principais distúrbios digestivos que acometem os ruminantes, sua etiopatogenia está relacionada a dietas que, em sua composição, contém alguns tipos de leguminosas ou excesso de concentrado. As perdas econômicas desta enfermidade estão representadas por diminuição da produção, gastos com medicamentos, serviço veterinário e morte do animal. O presente estudo teve por objetivo analisar os fatores de risco como alimentação, sistema de criação, época do ano e idade dos animais, além dos tipos de conduta terapêutica empregada e sua resolução na ocorrência do timpanismo espumoso em bovinos. Foi realizado o estudo retrospectivo de 60 casos clínicos diagnosticados da enfermidade ocorridos em bovinos que foram atendidos na Clínica de Bovinos, Campus Garanhuns da Universidade Federal Rural de Pernambuco, no período entre janeiro de 1989 a dezembro de 2007; onde, epidemiologicamente, se analisou dados desses fatores de riscos (alimentação, sistema de criação, época do ano e outros), relacionados à ocorrência do timpanismo espumoso, assim como o período de evolução clínica, os procedimentos terapêuticos adotados, e a resolução dos casos. Dos 60 animais acometidos 54 (90%) recebiam dietas com alto teor de concentrados; a palma era um dos ingredientes na dieta de 41 animais. Em 48 (80%) animais o sistema de criação verificado era de semi-intensivo a intensivo. A maioria dos animais acometidos era fêmea (57/60), onde 44 (84,08%) desses se encontravam em fase de lactação. A maior ocorrência (62%) dos casos de timpanismo espumoso foi registrada no período do verão. O fluido ruminal desses animais tinha o valor de pH que oscilava ente 7 e 8, a consistência era espumosa e havia comprometimento da fauna. O período de evolução clínica da doença foi em torno de seis dias. A escolha da conduta terapêutica dependeu do grau do comprometimento clínico em que os animais se encontravam, e variou entre: tratar clinicamente ou cirurgicamente e encaminhar ao abate. Dos animais atendidos quatro (6,67%) foram encaminhados ao abate, dezessete (28,33%) submeteram-se ao tratamento clínico e trinta e nove (65,00%) foram tratados cirurgicamente por ruminotomia. O tempo de convalescença variou de acordo com a conduta terapêutica adotada, ficando em média de três a quatro dias para os casos tratados de forma clínica, onde dezesseis (94,11%) obtiveram alta e um (5,89%) veio a óbito. Dos animais submetidos à cirurgia trinta e três (84,62%) recuperaram-se plenamente e seis (15,38%) tiveram sua resolução clínica desfavorável; o tempo médio de convalescença adotando essa conduta terapêutica, ficou em torno de nove a dez dias. Pode-se concluir que a inter-relação dos fatores de risco, como a alimentação rica em concentrados, o sistema de produção semiintensivo a intensivo, a época de seca e os dois primeiros períodos de lactação, associada com a interação de fatores inerentes ao individuo e à microbiota ruminal deve ser considerada como de importância na etiopatogenia do timpanismo espumoso na região do Agreste Meridional do Estado de Pernambuco - Brasil, e que a opção pela medida terapêutica (cirúrgica ou clínica) está relacionada com a gravidade clínica em que se encontra o paciente, e a sua escolha quando definida de maneira correta e em tempo hábil contribui, positivamente, para um prognóstico favorável dos animais com essa enfermidade.