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Previous issue date: 2006-04-12 === In this work the objective was to identify the fetal sex in pregnant uterus, between 5 and 10 weeks, of goats and ewes obtained in slaughterhouse. The sex was defined taking into consideration the localization of the GT and visualization of external genitalia. The uterus of goats (n = 108) and ewes (n = 64) were examined after immersion in a water containing recipient, with 6.0 and 8.0 MHz linear transducer. In single pregnancies, the correct fetal determination was 85.7% (48/56) in goats and 94.7% (36/38) in ewes and in twin pregnancies was 76.9% (40/52) in goats and 84.6% (22/26) in ewes. There is no mistake in fetal quantification and the accuracy from the all fetuses scanned was 81.5% (88/108) in goats and 90.6% (58/64) in ewes, being not observed difference (P > 0.05) between species, by analyse of standard errors of the difference among proportions. The results allow to conclude that the ultrasonography is efficient to identify previously the fetal sex in small ruminants and that the experience of operator is important to reduce and even eliminate the failures in diagnose. === Neste trabalho teve-se o objetivo de definir o melhor período para diagnosticar o sexo fetal nas espécies ovina e caprina pela ultra-sonografia em tempo real utilizando-se transdutor linear (6 e 8 MHz) por via transretal e convexo (5 e 7,5 MHz) por via transabdominal. Foram examinados 298 fetos de 223 ovelhas e 532 fetos de 334 cabras de diferentes raças, oriundos de monta natural e de transferência de embriões. No primeiro experimento foram examinados 64 úteros de ovinos e 108 de caprinos imersos em recipiente contendo água, obtendo-se acurácia de 90,6% na sexagem dos fetos ovinos e de 81,5% nos caprinos. Quanto à migração do tubérculo genital (TG) nos experimentos relativos à espécie ovina constatou-se que nos fetos originados de monta natural ocorre entre os dias 37 e 46 (42 ± 2,0) de gestação na raça Santa Inês, 38 a 51 (45,0 ± 3,0) dias na raça Damara, 36 a 45 (39,2 ± 2,3) dias nos mestiços ¾ Damara-Santa Inês, 36 a 46 (39,5 ± 2,9) dias na raça Morada Nova e de 38 a 48 (43,0 ± 2,8) dias na raça Dorper. Nos fetos provenientes de transferência de embriões congelados, a migração do TG ocorre entre os dias 42 e 52 (48,5 ± 3,3) de gestação na raça Morada Nova e de 36 a 58 (46,1 ± 4,7) dias na raça Dorper, registrandose que a migração do TG desses fetos é mais tardia (P < 0,05) do que naqueles de monta natural. Na espécie caprina, a migração do TG ocorre ente os dias 44 e 49 (46,2 ± 1,3) de gestação nos fetos da raça Anglo-nubiana, entre o 43º e o 54º (47,4 ± 6,5) dia nos da raça Boer, entre os dias 48 e 53 (50,5 ± 1,54) nos mestiços, entre os dias 41 e 51 (46,4 ± 2,1) nos da raça Alpina Americana e entre os dias 45 e 55 (48,9 ± 1,8) nos da raça Saanen. A comparação efetuada entre as duas últimas raças evidenciou que a migração do TG é mais precoce (P < 0,05) nos fetos da Alpina Americana. A acurácia da sexagem fetal dos exames repetidos, seja a intervalos de 12, 24 ou 48 horas, nas gestações simples foi de 100% em todas as raças caprinas avaliadas e de 100% em ovinos da raça Santa Inês, Damara, ¾ Damara-Santa Inês, e Dorper, sendo de 92,3% em fetos da raça Morada Nova provenientes de TE. Nas gestações múltiplas dos ovinos, a acurácia variou de 83% (dupla) a 100% (tripla) na raça Santa Inês, 50% (dupla proveniente de TE) a 92,9% (dupla proveniente de MN) na raça Morada Nova, sendo de 83% na raça Damara, 100% nos mestiços ¾ Damara-Santa Inês e 88,9% na raça Dorper,. Nos caprinos variou de 66,6% (tríplices) a 100% (duplas) na raça Anglo-nubiana, de 96,9% (duplas) a 100% (tríplices) na raça Boer, de 66,7% (tríplices) a 87,5% (duplas) na raça Alpina Americana, de 50% (quádrupla) a 80,9% (dupla) na raça Saanen, sendo de 75% nas gestações duplas dos fetos mestiços. Quanto ao exame único, a acurácia nas gestações simples, nos ovinos, foi de 100% nas raças Santa Inês, Morada Nova e Dorper. Nos caprinos foi de 100% na raça Anglo-nubiana, de 94,4% na raça Boer, de 85,7% na raça Alpina Americana, de 100% na raça Saanen e de 72% nas gestações dos fetos mestiços. Nas gestações múltiplas dos ovinos, somente a raça Santa Inês foi submetida a exame único, obtendo-se a acurácia de 85,7%. Já nos caprinos variou de 63% (tríplices) a 82,5% (duplas) na raça Anglo-nubiana, de 80,8% (duplas) a 100% (tríplices) na raça Boer, de 66,7% (tríplices) a 72,7% (duplas) na raça Saanen, sendo de 80% (duplas) na raça Alpina Americana. Nos fetos mestiços submetidos a exame único, a acurácia nas gestações duplas foi de 80% pela via transretal e de 55,3% pela via transabdominal. Os resultados permitem concluir que o método ultra-sonográfico de identificação do sexo de fetos caprinos e ovinos, visualizando o TG e a genitália externa, é eficiente a partir do 50° dia de gestação nos fetos ovinos originados de monta natural e a partir do 55º dia naqueles provenientes de transferência de embriões congelados, bem como nos fetos caprinos oriundos de monta natural. É também possível concluir que, nem sempre, a repetição de exames aumenta a acurácia da sexagem, seja porque o feto não se posiciona adequadamente para permitir a visualização das estruturas responsáveis pela sexagem ou porque não é possível identificar, principalmente nas gestações múltiplas, o sexo de todos os fetos no mesmo exame. Finalizando, ainda é possível concluir que as gestações múltiplas comprometem geralmente a acurácia da sexagem fetal e que a experiência do operador é fundamental para minimizar e até mesmo eliminar a emissão de diagnósticos equivocados.
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