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Previous issue date: 2016-02-25 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES === This research intends to analyze the administration of Sergio Loreto, governor of the state of Pernambuco, Brazil, from 1922 to 1926, regarding policies to address women issues. Pursuing the ideals of progress and civilization, which permeated the elites’ projects at the time, Pernambuco (and especially its capital, Recife), experienced broad urban reforms intended to mitigate the image of a dangerous place, suggested by the presence of beggars, vagrants, and prostitutes in the streets, besides the low-quality housing that brought health risks and a threat to the development of the state. It is in this context that the ideology of hygiene is strengthened, with science and medical discourse being foundational in the decision-making process during that time. Combatting infant mortality became a central issue, and public health policies addressed to women were created. Women’s bodies, seen and interpreted as civilizational potentials, were the target of several measures, such as prenatal care, wet nurse inspection, breastfeeding campaigns, and registration of midwives, which tensioned gender relations during that period. The sources used in this research were the newspapers A Notícia, Jornal do Commercio, Diário do Estado – which presented news concerning the state’s decisions under a situationist perspective – and A Noite, Jornal do Recife, Pina-Jornal, and Torre-Jornal – which brought news about urban daily life, as well as criticisms to the government. Official documents were also used, such as the annual messages from the governor to the Legislative Congress, the Jornal Saúde e Assistência, which published new health policies, and censuses, which allowed for a comprehension of the patterns of birth, marriage, and mortality rates during those four years. === Este trabalho tem por objetivo analisar a gestão do governador Sérgio Loreto, que comandou o executivo pernambucano entre os anos de 1922 e 1926, quanto às propostas destinadas às mulheres. Perseguindo os ideais de progresso e civilização, que embalavam os projetos das elites à época, Pernambuco e, sobretudo, sua capital, vivenciaram amplas reformas urbanas, que tinham por objetivo acabar com uma cidade perigosa, visível pela presença de mendigos, vadios e meretrizes nas ruas, além das habitações que representavam ameaças à saúde e ao desenvolvimento do Estado. Neste sentido, a ideologia da higiene ganhou força, a ciência foi pedra angular nas decisões tomadas durante esse período, e o discurso médico ganhou relevo. O combate à mortalidade infantil se tornou central, e desta forma políticas de saúde direcionadas às mulheres foram formuladas. Os corpos das mulheres, vistos e interpretados como uma potência civilizatória, foram alvos de diversas medidas, tais quais o serviço pré-natal, inspeção das amas de leite, campanha para amamentação e cadastramentos de parteiras, o que tensionou as relações de gênero no período. As fontes utilizadas foram os jornais A Notícia, Jornal do Commercio, Diário do Estado, que apresentavam notícias a respeito das medidas tomadas pelo governo estadual sob uma ótica situacionista, e A Noite, Jornal do Recife, Pina-Jornal e Torre-Jornal, que apresentavam notícias sobre o cotidiano urbano, bem como críticas ao governo. Documentos oficiais foram utilizados, como as mensagens anuais do governador ao Congresso Legislativo, a Revista de Pernambuco, principal veículo da propaganda do governo, o Jornal Saúde e Assistência, responsável pela divulgação das medidas na área de saúde e o Anuário Estatístico, que nos permitiu compreender os movimentos de nascimento, casamento e morte durante o quadriênio estudado.
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