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Previous issue date: 2010-12-17 === This work to analyze the historical nature of power relations - from the perspective
Foucaultians - within the public school's primary capital of Maranhão, in the first decade of
the twentieth century. In this analysis, the object of study has been controversy over the books
of the Model School Benedito Leite, especially The Writings Rudimentary Primer (1908),
involving Barbosa Godoy, author of the booklet and director of the Normal and Model
Schools, and Antonio Lobo, Inspector Public Instruction in 1911. The rejection of the primer,
to initiate the reading of the 1st year of School Model, by Inspector of Public Instruction, gave
rise to intense debate regarding the application of intuitive and analytical methods. As
background to the controversy, highlights the struggle for power understood as true
discourse in the educational field, fought between Lobo and Godoi through his speeches
materialized in the newspaper Diario do Maranhão. This work is entered in the field of
material culture school and the methodology used was based on circumstantial paradigm of
Ginzburg (1989), where, through the analysis of the sources, we sought evidence of the use of
technologies employed in power relations within the school field. For this analysis were used,
regulations, laws, decrees, newspaper articles and works published by those involved in the
controversy. It was found that the school is a place of power relations, where the disciplinary
power through hierarchical supervision, control the activity and time were the main power
devices used in view of the civilizing project of the nation. === Este trabalho de natureza histórica objetiva analisar as relações de poder sob a perspectiva
foucaultina no espaço escolar público primário da capital maranhense, na primeira década
do século XX. Nessa análise, o objeto de estudo foi polêmica sobre os livros da Escola-
Modelo Benedito Leite, principalmente, a cartilha Escripta rudimentar (1908), envolvendo
Barbosa de Godóis, autor da cartilha e diretor das escolas Normal e Modelo, e Antônio Lobo,
inspetor da Instrução pública, em 1911. A rejeição da cartilha, para a iniciação à leitura dos
alunos do 1º ano da Escola-Modelo, pela Inspetoria da Instrução pública, fez emergir intenso
debate a respeito da aplicação dos métodos intuitivo e analítico. Como pano de fundo para a
polêmica, evidencia-se a disputa por poder entendido como discurso verdadeiro no campo
pedagógico, travada entre Lobo e Godóis por meio de seus discursos materializados no jornal
Diário do Maranhão. Este trabalho está inserido no campo da cultura material escolar e a
metodologia utilizada pautou-se no paradigma indiciário de Ginzburg (1989), onde, por meio
da análise das fontes, buscou-se os indícios da utilização de tecnologias de poder empregadas
nas relações dentro do campo escolar. Para esta análise foram utilizados, regulamentos, leis,
decretos, artigos de jornais e obras publicadas pelos envolvidos na polêmica. Constatou-se
que a escola é um espaço de relações de poder, onde o poder disciplinar por meio da
vigilância hierárquica, controle da atividade e do tempo foram os principais dispositivos de
poder utilizados, tendo em vista o projeto civilizador da nação.
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