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Previous issue date: 2016-02-26 === In recent decades the incentive to reading was beyond school gaining support in hegemonic sectors of civil society like companies and banks until becoming State policy. The slogans of the reading incentive policies, with reductionist attributes, forged a common sense reading about the need to eradicate inequalities, produce peace, include, form the citizen and considerably transform education. The research analyzes the reading incentive policy at the federal, state establishing an incentive mark and the motivation to reading in the years 2007-2014 and city of Francisco Beltrão-PR in the period of 2005-2015. Part of the following issues: What is the reason of the State and different sectors of society encourage reading? Is there an against ideological proposal? The objective of the reasearch was to identify and analyse the contradictions of public policies to reading encourage, unravel the alienating and ideological approaches present in the programs, campaigns and projects and the rebounds of such ideological context in the city policy of Francisco Beltrão-PR. Specifically, understand the role of the Education Department for maintaining the current order, consolidating pedagogy of hegemony and its relationship with the encouragement to reading. . It was developed through analysis of documents that guide national, international, business and state and city plans for reading policies. To collect empirical data within the city politicy of Francisco Beltrão - PR, it was used semi structured complemented by analysis of documents that subsidized them. The data were analyzed from Chauí (1994), Marx (1998), Marx e Engels (1998, 2007), Mészáros (2007, 2008, 2012), Saviani (1996, 2004, 2013) and other authors that criticize the neoliberalism and its Pedagogy of hegemony. We situate reading from a critical approach guided by Britto (1999, 2003, 2009), Freire (2000, 2015) e Silva (1986, 1988, 1998a, 1998b, 1999a, 1999b, 1999c, 2009) understanding it in the context of knowledge democratization and combating alienation whose views turn to awareness, active participation and require from the educator a political position before society. The results show that reading policies are presented as a salvationist strategy for the popular classes and mask the interests of capital made consensus through its Pedagogy of hegemony. Distance themselves from a motivation to reading while moving critical consensus.They point out that reading policies fall within the context of capitalist social relations consolidated the new relations of production as a result of the neoliberal model in which the State reduces its role and delegate to individuals the responsibility for the structural problems of society. The State, in this sense, becomes educator to redefine the task of forming the new man adapted to bourgeois sociability. Reading incentive policies are part of this educator State project. Cumpling with UNESCO parameters: education throughout life and competence with knowledge. The city policy is similar to national policies in the question citizenship, social inclusion and responsibility. === Nas últimas décadas o incentivo à leitura foi além da escola, ganhando respaldo em setores hegemônicos da sociedade civil, como grandes empresas e bancos, até tornar-se política de Estado. Os slogans das políticas de incentivo à leitura, com atributos reducionistas, forjaram um senso comum sobre a necessidade da leitura para erradicar desigualdades, produzir paz, incluir, formar o cidadão e transformar consideravelmente a educação. A pesquisa analisa a política de incentivo à leitura no âmbito federal, estadual estabelecendo um marco de incentivo e promoção da leitura do ano de 2007-2014 e no município de Francisco Beltrão-PR, no período de 2005-2015. Parte das seguintes problemáticas: Qual o motivo de o Estado e diferentes setores da sociedade incentivarem a leitura? Qual leitura de mundo está contida nos documentos que orientam as políticas para leitura? Há uma proposta contraideológica em tais orientações? O objetivo da pesquisa foi identificar e analisar as contradições das políticas públicas de incentivo à leitura, desvendar as abordagens alienantes e ideológicas presentes nos programas, campanhas e projetos e a repercussão desse contexto ideológico na política municipal de Francisco Beltrão-PR. Especificamente, compreender o papel do Estado Educador para a manutenção da ordem vigente, consolidação da pedagogia da hegemonia e suas relações com o incentivo à leitura. Desenvolveu-se mediante análise de documentos que orientam as políticas nacionais, internacionais, empresariais e planos estaduais e municipais para a leitura. Para a coleta de dados empíricos, no âmbito da política municipal de Francisco Beltrão - PR, utilizamos entrevistas semiestruturadas complementadas com análises de documentos que as subsidiavam. Os dados foram analisados a partir de Chauí (1994), Marx (1998), Marx e Engels (1998, 2007), Mészáros (2007, 2008, 2012), Saviani (1996, 2004, 2013) e demais autores que fazem a crítica ao neoliberalismo e sua pedagogia da hegemonia. Situamos a leitura a partir de uma abordagem crítica norteada por Britto (1999, 2003, 2009), Freire (2000, 2015) e Silva (1986, 1988, 1998a, 1998b, 1999a, 1999b, 1999c, 2009) compreendendo-a no contexto de democratização do saber e combate à alienação cujas concepções se voltam à conscientização, participação ativa e requerem do educador um posicionamento político frente à sociedade. Os resultados mostram que as políticas de leitura são apresentadas como uma estratégia salvacionista para as classes populares e mascaram os interesses do capital tornados consenso através de sua pedagogia da hegemonia. Distanciam-se de uma promoção da leitura enquanto movimento de conscientização e crítica ao consenso. Apontam que as políticas de leitura se inserem no contexto das relações sociais capitalistas consubstanciadas nas novas relações de produção em função do modelo neoliberal em que o Estado reduz o seu papel e delega aos indivíduos a responsabilidade pelos problemas estruturais da sociedade. O Estado, nesse sentido, se torna educador ao redefinir a tarefa de formar o novo homem adaptado à sociabilidade burguesa. As políticas de incentivo à leitura são parte deste projeto do Estado educador. Atendem aos parâmetros da UNESCO: educação ao longo da vida e a competência em informação. A política municipal se assemelha às políticas nacionais no quesito cidadania, inclusão e responsabilidade social.
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