Alimentação inicial do Jundiá, Rhamdia voulezi Haseman 1911: efeitos da privação alimentar sobre o crescimento e padrões na seleção de presas ao longo do período larval

Made available in DSpace on 2017-07-10T18:13:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ariane Furtado de Lima.pdf: 1547772 bytes, checksum: 2b187bf1d3cfbc9d8257e7d583283199 (MD5) Previous issue date: 2013-03-25 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === The effects of feeding privat...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Lima, Ariane Furtado de
Other Authors: Makrakis, Maristela Cavicchioli
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual do Oeste do Parana 2017
Subjects:
Online Access:http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/1917
Description
Summary:Made available in DSpace on 2017-07-10T18:13:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ariane Furtado de Lima.pdf: 1547772 bytes, checksum: 2b187bf1d3cfbc9d8257e7d583283199 (MD5) Previous issue date: 2013-03-25 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === The effects of feeding privation on growth of larvae of jundiá Rhamdia voulezi as well as the feeding preference during larval period were evaluated. For this purpose two experiments were conducted which began soon after complete absorption of the yolk sac, the fourth day after hatching (DAH). The feeding privation experiment was performed in 8 treatments consisting of different diets, including the control treatment (CT) in which there was no food supply. The food was provided for the first time in the 4th, 5th, 6th, 7th, 8th, 9th and 10th DAH corresponding to treatments: T4, T5, T6, T7, T8, T9 and T10, respectively. The food consisted of zooplankton and newly hatched artemia. We performed 3 trials of selectivity to analyze the feeding preference throughout the larval period, comprising different larval stages and classes of standard length. In this, the larvae were fed exclusively on zooplankton collected from fish ponds. The results demonstrated that the larvae fed on the fourth to sixth DAH had a significantly higher growth than those fed later, from the seventh DAH. The point of no return was recorded in the same period in the 7th DAH. With respect to feeding selectivity, there were variations in the patterns of prey selection in different days of life analyzed. Initially on the 5th DAH, preflexion stage, larvae strongly selected rotiferas (unidentified) and cladocerans (Diaphanosoma spinulosum, D. brevireme, Moina sp., M. micrura, M. minuta). In the remaining days of life examined, the cladocerans continued to be strongly selected. However on the 8th DAH, flexion stage, they selected less intensely the copepods Argyrodiaptomus azevedoi and Termocyclops decipiens and more strongly A. furcatus, Notodiaptomus spinuliferus and Metacyclops mendocinus at 10 DAH, postflexion stage. The delay of the first feeding drastically affected the growth of the larvae, and that if feeding is started before the point of no return there are chances of recovery. So, it is important to have suitable availability of food, with a variety of type and size so that they can compensate for the morphological limitations of larvae in the early of their development. Concomitant to its growth, the larvae tend to specialize in certain prey items. The size of prey consumed is related to the size of the larvae and the gape size. Initially larvae have a preference for smaller prey, rotifers and cladocerans, and later when they are more developed prefer to feed on larger prey, the copepods. === Neste estudo foram avaliados os efeitos da privação alimentar sobre o crescimento das larvas de jundiá Rhamdia voulezi bem como a preferência alimentar durante o período larval. Para isto foram realizados dois experimentos que tiveram início logo após a absorção completa do saco vitelínico, que ocorreu no 4o dia após a eclosão (DAE). O primeiro experimento de privação alimentar foi realizado com 8 tratamentos constituídos por diferentes regimes alimentares, incluindo o tratamento controle (TC) no qual não houve fornecimento de alimento. O alimento foi fornecido pela primeira vez no 4o, 5o, 6o, 7o, 8o, 9o e 10o DAE, correspondendo aos tratamentos: T4; T5, T6, T7, T8; T9 e T10, respectivamente. A alimentação consistiu de zooplâncton e artêmia recém-eclodida. Para avaliar a preferência alimentar, foram realizados 3 ensaios de seletividade alimentar ao longo de todo o período larval, compreendendo diferentes estágios de desenvolvimento e classes de comprimento padrão. Neste, as larvas foram alimentadas exclusivamente com zooplâncton coletado de tanques de cultivo. Os resultados demonstraram que as larvas de jundiá que receberam alimento do 4o ao 6o DAE tiveram desenvolvimento significativamente maior que aquelas alimentadas mais tardiamente, a partir do 7o DAE. O ponto de não retorno foi registrado neste mesmo período, no 7o DAE. Com relação à seletividade alimentar, houve variações nos padrões de seleção de presas nos diferentes dias de vida analisados. Inicialmente no 5o DAE, estágio de pré-flexâo, as larvas selecionaram fortemente os rotiferas (não identificados) e os cladoceras (Diaphanosoma spinulosum, D. brevireme, Moina sp., M. micrura, M. minuta). Nos demais dias de vida analisados, os cladoceras continuaram a ser fortemente selecionados. Entretanto no 8o DAE, estágio de flexão, selecionaram menos intensamente os copepodas Argyrodiaptomus azevedoi e Termocyclops decipiens e no 10o DAE, estágio de pós-flexão, consumiram especialmente Argyrodiaptomus furcatus, Notodiaptomus spinuliferus e Metacyclops mendocinus. Conclui-se que o retarde da primeira alimentação afeta drasticamente o crescimento das larvas, e que, se a alimentação for iniciada antes do ponto de não retorno há chances de recuperação e sobrevivência larval. Para isto, é importante que haja disponibilidade adequada de alimento, com variedade de tipo e de tamanho de modo que possam compensar as limitações morfológicas das larvas no início do seu desenvolvimento. Concomitante ao seu crescimento, as larvas tendem a se especializar em determinados itens presa, existindo uma seleção de presas tanto pelo tipo como também pelo tamanho, onde o tamanho da presa consumida está relacionado com o tamanho da larva e o tamanho de sua boca. Inicialmente as larvas de jundiá têm preferência por itens presas menores, os rotíferos e cladoceras, posteriormente, quando estão mais desenvolvidas, preferem alimentar-se de presas maiores, os copepodas.