O Colono na cidade: memórias e viveres rural-urbanos em Marechal Cândido Rondon (Oeste do Paraná, 1970-2009)

• Main Author: Pagliarini, Raphael
• Other Authors: Laverdi, Robson
• Format: Others
• Language: Portuguese
• Published: Universidade Estadual do Oeste do Paraná 2017
• Subjects: Cidade; Campo; Memória.; City; Country; Memory; CIÊNCIAS HUMANAS:HISTÓRIA
• Online Access: http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/1750

Made available in DSpace on 2017-07-10T17:55:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Raphael_Pagliarini.pdf: 1108764 bytes, checksum: 26e6bc3e195f54fb1d331f0ea0803c85 (MD5) Previous issue date: 2009-06-26 === This research discuss about the Marechal Cândido Rondon urbanization process through the dialogue with the memories and the life of former-farmers who had lived deeply this process, mainly from the 1970s. Although it is currently travestied among de powerful spheres as an essentially urban aura, in the city this agricultural life and practice survive and it is re-elaborated. It is discussed, thus, the uses and the permanence sense of agricultural life values and knowledge. This work is concerned to the symbolic disputes consisting and constituent in the daily practice, in which it is delineated territories and it is acted in its own way, different, many times, to the agenda proposed of industrialization recent elaborated in the scope of economic and politics interests from the elites. At the same time, the city is opened to the reinsertion expectations for many workers, the urban life is produced in a net of tensions, lacks and claims. The city is narrated, thus, as a space and an object of dispute, in relations that are established between the most diverse scopes: in the classroom, between genders, ethnic, and also the peasants identities related to the urban world. Methodologically, it fits in the Oral History field, from which it is discussed how the citizens remember their process of experience in the city in different temporalities === Esta pesquisa problematiza o processo de urbanização de Marechal Cândido Rondon através do diálogo com as memórias e viveres de ex-trabalhadores rurais que vivenciaram este processo, principalmente a partir da década de 1970. Embora atualmente travestida nas esferas de poder com uma aura essencialmente urbana, na cidade sobrevive e se reelabora viveres e práticas remanescentes do passado rural. Discute-se, assim, os usos e sentidos de permanência de valores e saberes próprios da vida rural. Atenta-se para as disputas simbólicas constituídas e constituintes nas práticas cotidianas, nas quais se delineiam territórios e reencenam maneiras próprias, por vezes muito diferentes das proposições da agenda de industrialização recente elaboradas no âmbito dos interesses econômicos e políticos das elites. Ao mesmo tempo, a cidade se abre às expectativas de reinserção para muitos trabalhadores, a vida urbana se produz numa esteira de tensões, carências e reivindicações. A cidade é narrada, assim, como espaço e objeto de disputa, em relações que se estabeleceram entre os mais diversos âmbitos: na classe, entre gêneros, etnias, e também das identidades camponesas em contraponto ao mundo urbano. Metodologicamente, cabe destaque aos usos da História Oral, a partir da qual se discutiu maneiras como os próprios sujeitos rememoram seu processo de vivência na cidade em diferentes temporalidades