Coleção de referência de silicofitólitos da flora do Sudoeste do Paraná: subsídios para estudos paleoambientais

Made available in DSpace on 2017-07-10T17:31:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Edenilson_Raitz_parte1.pdf: 6176309 bytes, checksum: 0b9b9558d2a9e917ab11d7d142d99d3e (MD5) Previous issue date: 2012-03-28 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === Phytoliths bodies are of am...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Raitz, Edenilson
Other Authors: Calegari, Marcia Regina
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual do Oeste do Parana 2017
Subjects:
Online Access:http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/1211
Description
Summary:Made available in DSpace on 2017-07-10T17:31:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Edenilson_Raitz_parte1.pdf: 6176309 bytes, checksum: 0b9b9558d2a9e917ab11d7d142d99d3e (MD5) Previous issue date: 2012-03-28 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === Phytoliths bodies are of amorphous silica (SiO2.nH20) produced during the vegetative cycle and plant death after the production can be incorporated into the soil/sediment, and may remain there for extended periods of time. For an analysis consistent fitolítica is necessary to compare the sets of phytoliths found in soil and the collections of references phytoliths extracted from existing plants. The problem is there is no reference collection available for the Southwest region of Paraná and in Brazil, so there is no possibility of comparisons difficult paleoenvironmental reconstructions through this proxy. In order to minimize the lack of information on the production of phytoliths by vegetation of Brazil was made a reference collection of phytoliths from phytophysionomies Mixed Ombrophylous Forest and grassland, both located in the Southwest of Paraná State. This collection consists of 30 families, 57 genera and 75 species. In the floristic survey of FOM Lauraceae, Myrtaceae, Poaceae, and Fabaceae Pteridaceae families have greater representation of species. The vegetation of the grassland had a high representation of Poaceae, Asterceae, Cyperaceae, and Lauraceae. It was found that the production of Late Gray (fraction that contains the phytoliths) decrease of herbaceous to woody phytophysionomies in both. Only two (Araucaria angustifolia and Rapanea gardneriana) of 71 species analyzed did not produce identifiable phytoliths in the leaves. The production of phytoliths in different strata varied in similar proportions in the FOM and the field, especially in stratum A, because the presence of grass species that contributed to high amount of morphotypes short-cells (bilobate, cross and saddle, rondel and conical) in two forest types. While the layers B, C, D and redundancy Epiphytes presented to each other for producing morphotypes blocky, tabular, globular, cylindric and irregular cells by species. The production of phytoliths in the FOM morphological differ in quantity significantly from conjuto produced by species of the grassland, since grasses produce more biomineralizations than eudicotyledonous. The analysis fitolítica the first 40 cm of soil under the FOM revealed a change in vegetation type, evolving from a opened vegetation to more closed forest (current). It was possible to deduce that this change has occurred as a result of past human action. Similar trend was found in the soil analysis of the grassland, that is, moved from grassland to grassland clean of this dirty again to grassland clean, change occurred due to the abandonment of the field and return of site anthropogenic activities. The degradation of two morphotypes differed in physiognomy. The morphotypes found in soil under the FOM showed the lowest degradation compared to the grassland. The set of two soils revealed significant patterns that differentiate the two forest types, showing that different vegetation units can be discriminated by the signatures phytolitic produced by them. These results reinforce the utility of using phytoliths as significant indicators to distinguish vegetation units dominated by field and/or forest, even in a short period of time, thus demonstrating the potential of phytoliths analysis for paleoecological reconstruction in southern Brazil. === Fitólitos são corpos de sílica amorfa (SiO2.nH20), produzidos ao longo do ciclo vegetativo das plantas e após a morte das produtoras podem ser incorporados ao solo/sedimentos, podendo permanecer ali por longos períodos de tempo. Para uma análise fitolítica consistente é necessária a comparação entre os conjuntos de fitólitos encontrados no solo e as coleções de referências de fitólitos extraídos de plantas atuais. O problema consiste em não haver coleção de referência disponível para a região Sudoeste do Paraná e do Brasil, logo, não existem possibilidades de comparações, dificultando a reconstrução paleoambiental por meio deste proxy. Visando minimizar a carência de informações sobre a produção de fitólitos pela vegetação do Brasil foi elaborada uma coleção de referência de fitólitos da fitofisionomias Floresta Ombrófila Mista e do Campo, ambas localizadas no Sudoeste do Estado do Paraná. Esta coleção é composta por 30 famílias, 57 gêneros e 75 espécies. No levantamento florístico da FOM as famílias Lauraceae, Myrtaceae, Poaceae, Pteridaceae e Fabaceae apresentam maior representatividade de espécies. A vegetação do Campo apresentou elevada representatividade de espécies de Poaceae, Asterceae, Cyperaceae e Lauraceae. Constatou-se que a produção de Cinza Final (fração que contém os fitólitos) diminuem do estratos herbáceo para o arbóreo nas duas fitofisionomias. Somente duas (Araucaria angustifolia e Rapanea gardneriana) das 71 espécies analisadas não produziram fitólitos identificáveis nas folhas. A produção de fitólitos nos diferentes estratos variou em proporções similares na FOM e no Campo, principalmente no estrato A, devido presença de espécies de gramíneas que contribuiram com elevada quantidade de morfotipos short-cells (bilobate, cross e saddle, rondel e conical) nas duas fitofisionomias. Enquanto que os estratos B, C, D e Epífitas apresentaram redundância entre si pela produção de morfotipos blocky, tabular, globular, cylindric, irregular cells pelas espécies. A produção morfológica de fitólitos na FOM diferiu em quantidade, significativamente em relação ao conjuto produzido pelas espécies do Campo, pois as gramíneas produzem mais biomineralizações do que as eudicotiledôneas. A análise fitolítica dos primeiros 40 cm de solo sob a FOM revelou mudança no tipo de vegetação, evoluindo de uma vegetação mais aberta para floresta mais fechada (atual). Foi possível elocubrar que esta mudança tenha ocorrido em decorrência da ação antrópica passada. Tendência similar foi encontrada na análise do solo do Campo, isto é, passou de Campo limpo para Campo sujo e deste, novamente para Campo limpo, mudança ocorrida devido ao abandono da área e retorno das atividades antrópicas locais. A degradação dos morfotipos diferenciou nas duas fitofisionomia. Os morfotipos encontrados no solo sob a FOM apresentaram menor índice de degradação se comparado ao do Campo. O conjunto dos dois solos revelaram padrões significativos que diferenciam as duas fitofisionomias, mostrando que diferentes unidades de vegetação podem ser discriminadas pelas assinaturas fitolíticas por elas produzidas. Estes resultados reforçam a utilidade de usar fitólitos como indicadores significativos para diferenciar unidades de vegetação dominada por Campo e/ou Floresta, mesmo em curto período de tempo, demonstrando assim, o potencial da análise de fitólitos para a reconstrução paleoecológica na região Sul do Brasil.