Avaliação e seleção de novas formulações de iscas tóxicas para Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (diptera: tephritidae) em laboratório e em pomares de macieira

Made available in DSpace on 2016-12-08T16:44:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PGPV11MA082.pdf: 598754 bytes, checksum: 43c782069b53e20aa6e95ab94d5ad243 (MD5) Previous issue date: 2011-05-30 === The South American fruit fly, Anastrepha fraterculus (Wiedermann, 1830) (Diptera: Tephritidae), is an imp...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Borges, Rafael
Other Authors: Boff, Mari Inês Carissimi
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade do Estado de Santa Catarina 2016
Subjects:
Online Access:http://tede.udesc.br/handle/handle/1127
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-12-08T16:44:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PGPV11MA082.pdf: 598754 bytes, checksum: 43c782069b53e20aa6e95ab94d5ad243 (MD5) Previous issue date: 2011-05-30 === The South American fruit fly, Anastrepha fraterculus (Wiedermann, 1830) (Diptera: Tephritidae), is an important pest in temperate fruit production in Brazil. In apple orchards the insect causes damage to immature fruit, as well as fruits in the final stages of maturation. Control is done through broad spectrum application of phosphate insecticides or with toxic baits; both of which are facing increasing restrictions and limitations in their use. Unfortunately, there are few alternatives to control the South American fruit fly in orchard cultivations. This study compares toxic baits formulations containing a new insecticide, spinosad, to two commercially available baits: Biofruit® + Malathion and Success 0,02 CB®. The experiments were conducted in laboratory with adult A. fraterculus to assess their feeding responses, as well as the durability of each formulation under exposure to radiation and rain. The formulations tested were: a) ANA 01 - (23,0% SPLAT® + 24,2% attractant + 0,1% spinosad), b) ANA 02 - (40,0% SPLAT® + 24,2% attractant + 0,1% spinosad), c) ANA 03 - (49,0% SPLAT® + 24,2% attractant + 0,1% spinosad), d) ANA 04 - (49,0% SPLAT® + 20,2% attractant (less 4% from protein) + 0,1% spinosad), e) ANA 05 - (49,0% SPLAT® + 20,2% attractant (less 4% of sources of carbohydrate) + 0,1% spinosad), f ) Success 0,02 CB® - (attractant + spinosad), g) Malathion 1000 CE (0,15%) + hydrolyzed protein (Biofruit® 3%), and h) control using distilled water only. The efficacy of the formulations containing spinosad (ANA 02 and ANA 03) was equivalent to the commercial standards (Success 0,02 CB® and Biofruit® + Malathion) in terms of feeding responses at 96 hours after delivery of treatments. The ANA 03 and Success 0,02 CB® formulations showed greater resistance to solar radiation compared to the other treatments at 35 days after delivery, resulting in 48% fly mortality. For tests of formulation rain-fastness, all ANA treatments tested were more persistent during 20 mm and 50 mm of rainfall compared to the commercial standard formulations. The ANA 01 and Biofruit® + Malathion® formulations resulted in 50% fly mortality in the shortest amount of time; 6.61 hours and 8.71 hours respectively. The formulations that took the longest to achieve 50% mortality were ANA 03 (15,68 hours) and ANA 04 (15,50 hours). The restriction of protein attractant in the formulations reduced the fly response more so than restricting carbohydrates. The ANA 03 formulation was highly efficient in the control of A. fraterculus, equivalent to Success 0,02 CB® in both feeding responses and resistance to solar radiation, and outperforming all other treatments in terms of rain-fastness. In a second experiment this toxic bait was applied in two organic apple orchards (Gala) in São Joaquim, SC, to evaluate its impact on South American fruit fly populations. The test was conducted during two growing seasons 2009-10 and 2010-11, beginning at the end of thinning when fruits measured 20 mm in diameter, and continued until harvest. The ANA 03 formulation was distributed in the borders on natural vegetation and reapplied every two weeks. Sampling of captured adults was measured weekly in McPhail traps with torula yeast attractant. Damage evaluations were performed at the beginning of the harvest. Application of ANA 03 reduced the South American fruit fly populations by 74,24% and 66,21% in the first and second seasons respectively, when compared with the control fields. Even with a population reduction, the fruit damage did not differ significantly between treatments: ANA 03 (18,31% ±6,72) and control (30,99% ±8,01) in the first season. In the following year, the reduction in fruit damage was significantly different in the treated area (79,67% ±5,83) compared to the control (96,60% ±1,37). The toxic bait formulation ANA 03 has a significant impact on reducing A. fraterculus populations; however, it does not prevent flies from migrating into orchards === A mosca-das-frutas sul-americana Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (Diptera:Tephritidae) é uma das pragas de maior importância para a fruticultura de clima temperado no Brasil. Na cultura de macieira o inseto causa danos em frutos imaturos, bem como nos estádios finais de maturação. O controle do inseto é feito através de aplicações inseticidas fosforados em cobertura ou com iscas tóxicas, sendo que poucas alternativas de manejo existem na cultura. Porém o uso de fosforados vem sofrendo restrições progressivas e a busca de novos inseticidas é uma necessidade premente. Este trabalho comparou a eficiência de formulações de iscas tóxicas contendo o inseticida espinosade com dois padrões comerciais Biofrut®+ Malathion e Success 0,02 CB®. As avaliações foram realizadas em laboratório com adultos de A. fraterculus quanto à resposta alimentar dos insetos, resistência dos tratamentos a radiação solar e à chuva. As formulações testadas foram: a) ANA 01 - (SPLAT® 23,00% + atrativo M7 24,20% + espinosade 0,1%); b) ANA 02 (SPLAT® 40,00% + atrativo M7 24,20% + espinosade 0,1%); c) ANA 03 (SPLAT® 49,00% + atrativo M7 24,20% + espinosade 0,1%); d) ANA 04 (SPLAT® 49,00% + atrativo M7 20,20% menos 4% de fontes proteicas + espinosade 0,1%); e) ANA 05 (SPLAT® 49,00% + atrativo M7 20,20% menos 4% de fontes de carboidrato (açúcar) + espinosade 0,1%); f) Success 0,02 CB® - (atrativos + espinosade); g) Malathion 1000 CE (0,15%) + proteína hidrolisada (Biofruit® 3%) e h) Testemunha água destilada. A eficiência das novas formulações contendo espinosade (ANA 02 e ANA 03) foram equivalentes aos padrões comerciais (Success 0,02 CB® e Biofruit®+ Malathion) quanto a resposta alimentar em 96 HAF (horas após o fornecimento dos tratamentos). Para os testes de resistência à irradiação solar as formulações ANA 03 e Success 0,02 CB® foram superiores aos demais tratamentos 35 DAF (dias após o fornecimento). Quanto ao efeito da chuva observou-se que as formulações ANA foram superiores aos demais tratamentos tanto para lâminas de 20 mm, como de 50 mm de chuvas. As iscas tóxicas ANA 01 e Biofruit®+ Malathion apresentaram os menores valores de TL (tempo letal) 50 com 6,61 e 8,71 horas respectivamente. Os maiores valores de TL50 foram registrados para as formulações ANA 03 (15,68 horas) e ANA 04 (15,50 horas). A restrição de atrativos proteicos nas iscas tóxicas reduz a resposta alimentar dos insetos com maior intensidade que a de carboidratos (açúcares). A formulação ANA 03 apresentou alta capacidade no controle de Anastrepha fraterculus sendo equivalente a isca comercial Success 0,02 CB® nos testes de resposta alimentar e resistência a radiação. Nos testes com chuva simulada, o tratamento ANA 03 foi superior aos demais tratamentos. Esta formulação foi utilizada em pomares orgânicos de macieira na região de São Joaquim, SC para avaliação do efeito de aplicações da isca na borda do pomar sobre populações da mosca-das-frutas. As avaliações foram conduzidas durante duas safras (2009/2010 e 2010/2011), com aplicações iniciadas após o fim do raleio - frutos com até 20 mm de diâmetro e conduzidas até a colheita da cultivar Gala. A isca foi distribuída nas plantas espontâneas da periferia dos pomares e reaplicada quinzenalmente. A amostragem de adultos foi feita semanalmente com armadilhas McPhail e atrativo torula. As avaliações de danos em frutos foram feitas em plantas marcadas no início da colheita. As aplicações reduziram as populações de adultos da mosca-das-frutas capturados nas armadilhas em 74,24% e 66,21% na primeira e segunda safra respectivamente, em comparação com a área testemunha. Mesmo com a redução nos níveis populacionais, os danos em frutos não diferenciaram significativamente entre os tratamentos com isca (18,31%±6,72) e testemunha (30,99%±8,01) na primeira safra. No segundo ano a redução de danos foi significativa na área tratada (79,67%±5,83) em comparação com a testemunha (96,60%±1,37). Conclui-se que a isca tóxica ANA 03 tem efeito sobre as populações do inseto, mas não impede o acesso das moscas-das-frutas às áreas de produção resultando em danos significativos nos frutos