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Previous issue date: 2013-05-08 === Universidade Presbiteriana Mackenzie === Studies on human dignity has gained importance in the social sciences, and in particular
between those who research the issues-oriented organizations. The provision of higher
education in Brazil showed a significant and fast growth through the creation of new courses
and educational institutions. On the other hand, the expansion of higher education has led to
precarization of faculty relations, both by the increase in working hours, and the devaluation
of professor s salaries. The university management has been guided by monoculture of
knowledge and scientific rigor, of linear time, the social classification, the dominant scale and
the capitalist productivism, in the wake of Western rationality that is the dominant or
hegemonic scientific paradigm. The grid of theoretical work was based on studies by
Boaventura Sousa Santos, in particular, on the sociology of absences in the sociology of
emergences and the ecologies of knowledge. This author seeks to find alternatives to think
about a new world starting from the visibility of rich experiences that exist in the present, but
for reasons that were discredited indolent, arrogant, and metonymic proleptic. Sousa Santos
undertook to develop a new paradigm and also to counter-hegemonic, and from it, to find
concrete alternatives while transforming social reality. In light of this thinking, this thesis
intended to rethink the concept of dignity and devoted himself to the study of the following
research problem: How the dignity of professors in higher education is designed and
symbolized in management spaces in brazilian universities? The aim of this study was to
analyze how the dignities of professors is designed and symbolized in management spaces in
universities. Data were collected by means of fifteen semiestrutuctured interviews with
Brazilian universities professors and they were treated by symbolic cartography. The results
showed that professors assign as their responsibility to train and develop competent and
ethical people to work in the labor market and in society. Achieving this goal depends on the
philosophy and management practices adopted and implemented by higher education
institutions. The survey results revealed that universities, as organizations are productive,
produced absences and presences of dignity from the professors labor relations and
production developed in their interior. The presence of dignity of professors was symbolized
by the goddess Minerva representing knowledge and righteousness in Greek-Roman culture
context. The lack of dignity was symbolized by the figure of Greek mythology called Sísifo,
who was condemned by Zeus to hold a meaningless work and emptied in its subjectivities.
The data revealed that Minerva became more present in federal universities and universities
aimed at the long term, while Sísifo was more present in private colleges geared towards the
short term, but the symbol of Minerva no longer represents the aspirations of society. As well
as the Sísifo s. === Estudos relativos à dignidade humana vêm ganhando espaço no campo das ciências sociais, e,
em especial, entre aqueles que pesquisam os assuntos orientados para as organizações. Por um
lado, a oferta de ensino superior no Brasil apresentou um rápido crescimento por meio da
criação de novos cursos e instituições de ensino e,, por outro, a expansão da rede de ensino
superior tem provocado a precarização das relações de trabalho, tanto pelo aumento da
jornada de trabalho, quanto pelo aviltamento dos salários dos docentes. A gestão das
universidades tem sido orientada pelas monoculturas do saber e do rigor científico, do tempo
linear, da classificação social, da escala dominante e do produtivismo capitalista, isso na
esteira da racionalidade ocidental, que é o paradigma científico dominante ou hegemônico. A
grelha teórica do trabalho assentou-se nos estudos de Boaventura Sousa Santos, em especial
na sociologia das ausências, na sociologia das emergências e nas ecologias de saberes. O
pensamento desse autor procura encontrar alternativas para pensar um novo mundo a partir da
visibilidade das ricas experiências que existem no presente, mas que foram descredibilizadas
pelas razões indolente, arrogante, metonímica e proléptica. Sousa Santos se encarregou de
elaborar um paradigma emergente e também contra-hegemônico para, a partir dele, encontrar
alternativas concretas e, ao mesmo tempo, transformadoras da realidade social. À luz desse
pensamento, este trabalho propôs-se a repensar o conceito de dignidade e dedicou-se ao
estudo do seguinte problema de pesquisa: Como a dignidade dos docentes do ensino superior
é projetada e simbolizada nos espaços de gestão em universidades brasileiras? O objetivo
geral deste trabalho consistiu em analisar como a dignidade dos docentes é projetada e
simbolizada nos espaços de gestão em universidades brasileiras. Os dados foram coletados a
partir da realização de entrevistas semiestruturadas com quinze docentes de universidades
brasileiras e foram tratados mediante cartografia simbólica. Os resultados evidenciaram que
os docentes se atribuem, como finalidade, formar e desenvolver pessoas competentes e éticas
para atuar no mercado de trabalho e na sociedade. A concretização dessa finalidade depende
da filosofia e das práticas de gestão implantadas e adotadas pelas instituições de ensino
superior. Os resultados da pesquisa revelaram que as universidades, como são organizações
produtivas, produziram ausências e presenças de dignidade do docente a partir das relações de
trabalho e de produção desenvolvidas em seu interior. A presença de dignidade dos docentes
foi simbolizada pela deusa Minerva, que representa o conhecimento e a justiça no cenário
cultural Greco-romano. A ausência de dignidade foi simbolizada pela figura da mitologia
grega chamada de Sísifo, que foi condenado por Zeus a realizar um trabalho sem sentido e
esvaziado de subjetividades. Os dados revelaram que Minerva se fez mais presente em
universidades federais e em universidades orientadas para o longo prazo, enquanto Sísifo
esteve mais presente em faculdades particulares orientadas para o curto prazo. Porém, o
símbolo de Minerva não mais representa os anseios da sociedade, como também tampouco o
faz o de Sísifo.
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