A evolução das salas de cinema na cidade de São Paulo: um estudo das mudanças na forma organizacional

Made available in DSpace on 2016-03-15T19:25:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Erich Ferreira Caputo.pdf: 2265301 bytes, checksum: 15a3a8c3e9592c1251134d0f761c08b1 (MD5) Previous issue date: 2011-08-09 === Fundo Mackenzie de Pesquisa === New technologies, especially those based on digital processes,...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Caputo, Erich Ferreira
Other Authors: Meirelles, Dimária Silva e
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Presbiteriana Mackenzie 2016
Subjects:
Online Access:http://tede.mackenzie.br/jspui/handle/tede/535
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-03-15T19:25:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Erich Ferreira Caputo.pdf: 2265301 bytes, checksum: 15a3a8c3e9592c1251134d0f761c08b1 (MD5) Previous issue date: 2011-08-09 === Fundo Mackenzie de Pesquisa === New technologies, especially those based on digital processes, are revolutionizing the world in many ways. Technological change is one of the deeper forces that shape the nature and intensity of competition, promoting the entry of new competitors and the elimination of old ones, and also affects even the entertainment industry, or the so-called culture industry, which is part of the film industry. One of the gaps that is felt in the studies of the film industry is the lack of prospects with a focus on management theories, especially when studying the Brazilian scene. For the ordinary cinema often restricted to movies with spectacular special effects and other attributes typical of a mega-production. However, by studying such an environment it is noted that the film industry is not only film, including a series of activities along the production chain, including distribution and exhibition. This study proposes to verify the changes in organizational form in the stage of performance, since, besides being the most apparent to the general public, even today with the wealth of ways to display, this is the step that has been able to adapt, thanks to new digital forms of projection and distribution. The objective of this work is to study the changes or evolution in the organizational forms of cinema since the displays at fairs, theaters and halls, past the palaces to modern cinema and multiplexes coming up with various forms of projection. The theoretical framework adopted is evolutionary, including both the organizational ecology and evolutionary economics, as they provide important elements for understanding change in organizational forms, especially as regards the role of technology and innovation. The following dimensions of organizational form were examined: organizational design (physical space), technology (throwing technique) and market strategy (target audience by geographic location). The cut was investigative in theaters in the city of São Paulo, which represent 40% of moviegoers in Brazil. The research approach adopted is quantitative, based on the historical survey and treatment of the database, and at the same time, qualitative, due to the use of images to illustrate and comment on the figures. The database is secondary and constructed from a historical overview of information collected in books, websites and blogs, information from the Historical Archive of São Paulo and the archives of the Folha de São Paulo. With this survey, it was possible to conduct a census of movie theaters in Sao Paulo, including variables such as: opening and closing dates, name of the cinema, with an address location (neighborhood, downtown, shopping), type of space (hall, barracks, theater, movie theater multiplex, outdoor etc.), number of rooms per address and in most rooms the number of seats. The study concluded that, throughout history the population of cinemas in the city of São Paulo, there were changes in the dimensions in the organizational forms organizational design, technology and location as were changes in the patterns of projection (silent, sound, digital). === As novas tecnologias, principalmente as baseadas em processos digitais, estão revolucionando o mundo em diversos aspectos. A mudança tecnológica é uma das mais profundas forças que moldam a natureza e a intensidade da competição, promovendo a entrada de novos competidores e a eliminação de antigos, além de afetar, até mesmo, a indústria do entretenimento ou, a assim chamada, indústria cultural, da qual a indústria cinematográfica faz parte. Uma das lacunas que é sentida nos estudos da indústria cinematográfica é a falta de perspectivas com foco em teorias de administração, principalmente quando se estuda o cenário brasileiro. Para o senso comum, muitas vezes o cinema restringe-se a filmes com espetaculares efeitos especiais e outros atributos típicos de uma megaprodução. Entretanto, ao estudar tal ambiente, nota-se que a indústria cinematográfica não é só filme, mas inclui uma série de atividades ao longo da cadeia produtiva, como distribuição e exibição. Este trabalho propõe verificar as mudanças na forma organizacional na etapa de exibição, pois, além de ser a mais aparente para o grande público, mesmo nos dias atuais, com a grande profusão de meios de exibição, esta é a etapa que tem conseguido se adaptar, graças às novas formas digitais de projeção e distribuição. O objetivo deste trabalho é estudar as mudanças ou a evolução na forma organizacional das salas de cinema, desde as exibições em feiras, teatros e salões, passando pelos palácios cinematográficos e chegando aos modernos multiplex, com suas várias formas de projeção. O arcabouço teórico adotado é evolucionário, incluindo tanto a ecologia organizacional quanto a economia evolucionária, pois proporcionam elementos importantes para a compreensão da mudança nas formas organizacionais, sobretudo no que se refere ao papel da tecnologia e da inovação. As seguintes dimensões da forma organizacional foram analisadas: design organizacional (espaço físico), tecnologia (técnica de projeção) e estratégia de mercado (público-alvo por localização geográfica). O recorte investigativo foi as salas de cinema da cidade de São Paulo, que, atualmente, constituem 40% do público de cinema no Brasil. A abordagem de pesquisa adotada é quantitativa, em função do levantamento histórico e do tratamento da base de dados, e, ao mesmo tempo, qualitativa, devido ao uso de imagens para ilustrar e comentar os dados quantitativos. A base de dados é secundária e foi construída a partir de um apanhado histórico de informações coletadas em livros, sites e blogs, informações do Arquivo Histórico de São Paulo e arquivos da Folha de São Paulo. Com esse levantamento, foi possível realizar um censo das salas de cinema de São Paulo, cujas variáveis incluem: data de inauguração e fechamento, nome da sala de cinema, localização com endereço (bairro, centro, shopping), tipo de espaço físico (salão, barracão, teatro, cineteatro, multiplex, ar livre etc.), número de salas por endereço e, na maioria das salas, o número de poltronas. O estudo concluiu que, no decorrer da história da população de salas de cinema da cidade de São Paulo, houve mudanças na forma organizacional nas dimensões design organizacional, tecnologia e localização, conforme ocorriam mudanças nos padrões de projeção (mudo, sonoro, digital).