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Previous issue date: 2017-08-04 === This research aimed to understand the process of acquisition of concepts by adolescents with congenital blindness. The guiding question was: How does the congenital blind child construct concepts? As a general objective, we sought to identify the characteristics of the perceptual pathways that propitiate this person to construct concepts. As a specific objective, delineate specificities regarding the perception for the acquisition of concepts by the adolescent with congenital blindness. The participants of the study were five adolescents between the ages of twelve and fifteen, chosen for having congenital blindness, enrolled in public schools in the city of São Paulo. It was a qualitative research, in which a semi-structured interview was used as a data collection instrument, which was started by asking the participants to talk about the things they knew about the world in which they lived. The recording was done through audio recording, which allowed to capture the immediate information, the way they were expressed. When necessary, the subjects were asked to deepen their speeches, giving more details on the subject. The theoretical framework adopted was based on Ausubel's theory of learning (1968, 2003) and on authors such as Masini and Moreira (1999, 2003, 2006, 2008, 2009); in the phenomenology of the perception of Merleau-Ponty (1971, 1975, 1990, 1992, 1997) and in authors who investigate visual impairment, such as Amiralian (1997), Bruno (1993, 1997, 1999), Ochaita ), Ormelezi (2000, 2006), Sacks (1995) and Vygotsky (1997, 2007); in studies on the learning of the visually impaired person, on the construction of concepts and perception. Data analysis was based on the content analysis proposed by Bardin (2010). As results, we find that the concept construction by the congenital blind adolescent happens from his own perceptive referential, from his experiences and according to the specificities of his perceiving, feeling, organizing and relating in and with the world. === Esta pesquisa teve por objetivo principal compreender o processo de aquisição de conceitos pelo adolescente com cegueira congênita. A pergunta diretriz foi: Como o adolescente com cegueira congênita constrói conceitos? Como objetivo geral, buscou-se identificar as características das vias perceptuais que propiciam a essa pessoa construir conceitos. Como objetivo específico, delinear especificidades referentes à percepção para a aquisição de conceitos pelo adolescente com cegueira congênita. Os participantes da pesquisa foram cinco adolescentes com idades entre doze e quinze anos, escolhidos por apresentarem cegueira congênita, matriculados em escolas públicas da cidade de São Paulo. Tratou-se de pesquisa de cunho qualitativo, na qual foram utilizadas como instrumento de coleta de dados entrevista semiestruturada, que foi iniciada solicitando-se aos participantes que falassem sobre as coisas que conheciam do mundo em que viviam. O registro foi feito por meio de gravação de áudio, o que permitiu captar as informações imediatas, o modo como foram expressas. Quando necessário, foi solicitado aos sujeitos que aprofundassem suas falas, trazendo mais detalhes sobre a temática abordada. O referencial teórico adotado pautou-se na teoria da aprendizagem significativa de Ausubel (1968, 2003) e em autores como Masini e Moreira (1999, 2003, 2006, 2008, 2009); na fenomenologia da percepção de Merleau-Ponty (1971, 1975, 1990, 1992, 1997) e em autores que pesquisam a deficiência visual, como Amiralian (1997), Bruno (1993, 1997, 1999), Ochaita (1983, 1984, 1995), Ormelezi (2000, 2006), Sacks (1995) e Vygotsky (1997, 2007); em estudos sobre a aprendizagem da pessoa com deficiência visual, sobre a construção de conceitos e a percepção. A análise dos dados foi pautada na análise de conteúdo proposta por Bardin (2010). Como resultados, constatamos que a construção de conceitos pelo adolescente cego congênito acontece a partir do seu próprio referencial perceptivo, de suas experiências e de acordo com as especificidades do seu perceber, sentir, organizar-se e relacionar-se no e com o mundo.
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