A Casa Godinho como lugar de memória na cidade de São Paulo: 1890-1930

Made available in DSpace on 2016-03-15T19:44:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Vaner Silvia Soler Bianchi.pdf: 15181698 bytes, checksum: 6689187932fa5dd79b80a38bbe811c36 (MD5) Previous issue date: 2014-09-03 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === The relevance of studies...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Bianchi, Vaner Silvia Soler
Other Authors: Ambrogi, Ingrid Hötte
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Presbiteriana Mackenzie 2016
Subjects:
Online Access:http://tede.mackenzie.br/jspui/handle/tede/2084
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-03-15T19:44:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Vaner Silvia Soler Bianchi.pdf: 15181698 bytes, checksum: 6689187932fa5dd79b80a38bbe811c36 (MD5) Previous issue date: 2014-09-03 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === The relevance of studies of memory locations helps to understand the social relations existing in certain periods of the society. This research deals with the historical survey of Casa Godinho, grocery store from the late nineteenth century, the first recorded as intangible goods from the city of São Paulo, that has given its contribution to the culture and keep alive the memory of São Paulo. Based on the authors Nicholas Sevcenko, Ernani Bruno and Jorge Americano, treated growth and urban transformation of the city in the late nineteenth century and early twentieth century, as well as their social, urban and cultural transformation, emphasizing the importance of these changes for creating a new modus vivendi of people from São Paulo. The structural issues of the work, according to the Belle Époque, were important to understand the formation of elite values. The historical review of Casa Godinho was relevant in the sense that a memory location can be essential for the protection of the identity element, since the memory is rooted in the concrete, in space, in gesture, in the image, in the object. Given this assumption was used the support of Pierre Nora to draw a historical portrait of memory of Casa Godinho as a representative element in the cultural elite formation in Sao Paulo society. Its walls are filled with symbolic meanings that, in turn, contribute to unveil new facts and let draw records, saving them from oblivion, in hopes of preserving traditions, habits and customs to understand links with those who built the story, in a way to ensure the survival of memory locations. The final considerations confirm the initial hypothesis to rescue the grocery trade as a mean for the city as a space of identity forming, an environment of materialization of social relations which interact with the urban space. Casa Godinho is a memory core, a true living museum! === A relevância dos estudos dos lugares de memória ajuda a compreender as relações sociais existentes em determinados períodos da sociedade. A presente pesquisa trata do levantamento histórico da Casa Godinho, mercearia do final do século XIX que, registrada como o primeiro Bem Imaterial da cidade de São Paulo, tem dado sua contribuição para manter vivas a cultura e a memória do paulistano. Com base nos autores Nicolau Sevcenko, Ernani Bruno e Jorge Americano, tratou-se do crescimento e transformações urbanas da cidade no final do século XIX e início do século XX, bem como suas transformações sociais, urbanas e culturais, dando ênfase à importância dessas mudanças para a criação de um novo modus vivendi do paulistano. As questões estruturais da obra, segundo a Bélle Époque, foram importantes para compreender a formação dos valores da elite. O resgate histórico da Casa Godinho foi relevante no sentido de que um local de memória pode ser elemento essencial para a salvaguarda da identidade, pois a memória se enraíza no concreto, no espaço, no gesto, na imagem, no objeto. Diante desta premissa recorreu-se ao apoio de Pierre Nora para traçar um recorte histórico da memória da Casa Godinho, como elemento representativo na formação cultural da elite na sociedade paulistana. Suas paredes estão repletas de significados simbólicos que, por sua vez, contribuem para desvendar novos fatos e permitem elaborar registros, salvando-os do esquecimento, na esperança de preservar tradições, hábitos e costumes ao compreender vínculos com aqueles que construíram a história, numa forma de garantir a sobrevivência de lugares de memória. As considerações finais confirmam a hipótese inicial de resgatar a mercearia como um comércio significativo para a cidade, como um espaço formador da identidade, um ambiente de materialização das relações sociais que interagem com o espaço urbano. A Casa Godinho é um núcleo de memória, um verdadeiro museu vivo!