Fatores ambientais relacionados a problemas de saúde mental de crianças e adolescentes de comunidade urbana de baixa renda: um estudo longitudinal

Made available in DSpace on 2016-03-15T19:40:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Daniel Graca Fatori de Sa.pdf: 720644 bytes, checksum: 8d3ac6bde5038cd18ca1368959ef0a2f (MD5) Previous issue date: 2010-08-10 === Fundo Mackenzie de Pesquisa === Introduction: current scientific knowledge about the onset...

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Bibliographic Details
Main Author: Sá, Daniel Graça Fatori de
Other Authors: Paula, Cristiane Silvestre de
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Presbiteriana Mackenzie 2016
Subjects:
Online Access:http://tede.mackenzie.br/jspui/handle/tede/1760
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-03-15T19:40:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Daniel Graca Fatori de Sa.pdf: 720644 bytes, checksum: 8d3ac6bde5038cd18ca1368959ef0a2f (MD5) Previous issue date: 2010-08-10 === Fundo Mackenzie de Pesquisa === Introduction: current scientific knowledge about the onset and development of child and adolescent mental health problems (CAMHP) requires a perspective based on the human development, therefore longitudinal studies are essential. However, studies based on this methodological approach are rare in Brazil, particularly in regions noticeable for adverse conditions. Objective: (1) to examine the association between risk and protective factors related to CAMHP in a period of five years; (1) to describe the longitudinal course of CAMHP. Method: an epidemiological prospective longitudinal study. Sample: 93 children and adolescents (aged 11-18 years) with mental health problems in 2002/2003 that were reassessed in 2007. Clinical outcome: CAMHP in 2007 according to the raw score of the total problems scale of the Child Behavior Checklist. Risk factors: (1) child/adolescent: age in 2002/2003 and trajectory of being victim of severe physical punishment; (2) mother: trajectory of being victim of physical marital violence, trajectory of maternal mental health problems and years of schooling in 2002/2003; (3) family: socioeconomic status. Protective factors: child/adolescent: social support and pro-social activities in 2007. Control variable: child/adolescent mental health problems in 2002/2003. Instruments: clinical outcome and control variable: Child Behavior Checklist; risk factors: WordSAFE Core Questionnaire (child/adolescent trajectory of being victim of severe physical punishment; maternal trajectory of being victim of physical marital violence); Self-Report Questionnaire (trajectory of maternal mental health problems); Questionnaire of family economical classification (family socioeconomic status); protective factors: Protective factors questionnaire (child/adolescent protective factor data). Statistical analyses: Pearson s correlation and Student s t-test for bivariate analyses and multiple linear regression for multivariate analyses. Results: the mean score of CAMHP decreased throughout the study; the best associative model included the following factors: child/adolescent severe physical punishment trajectory, maternal mental health problems trajectory and CAMHP in 2002/2003. Discussion: results were compatible with national and international studies. Conclusions: results of this research combined with other epidemiological studies build up a theoretical framework to guide the implementation of mental health intervention, prevention and promotion programs based of scientific evidence. === Introdução: o conhecimento científico atual acerca do desenvolvimento dos problemas de saúde mental na infância e adolescência aponta para a necessidade de uma visão direcionada para o desenvolvimento humano, logo estudos epidemiológicos longitudinais são fundamentais. Contudo, no Brasil, estudos dessa natureza ainda são escassos, principalmente em regiões marcadas por condições adversas. Objetivo: (1) investigar a associação de fatores de risco e proteção com os problemas de saúde mental das crianças e adolescentes em um período de cinco anos; (2) descrever o curso longitudinal dos problemas de saúde mental das crianças e adolescentes. Método: Estudo epidemiológico longitudinal prospectivo. Amostra: 93 crianças e adolescentes (11-18 anos) que apresentavam problemas de saúde mental em 2002/2003 e foram reavaliados em 2007. Desfecho clínico: problemas de saúde mental das crianças e adolescentes da amostra na segunda avaliação em 2007 segundo o escore bruto da escala de total de problemas do Child Behavior Checklist (CBCL). Fatores de risco: (1) criança/adolescente: idade da criança/adolescentes em 2002/2003; trajetória da punição física severa (2) mãe: trajetória da violência física contra a mãe da criança/adolescente, trajetória dos problemas de saúde mental e escolaridade em 2002/2003; (3) família: classe social da família em 2002/2003. Fatores de proteção: criança/adolescente: suporte social e prática de atividades pró-sociais. Variável de controle: problemas de saúde mental das crianças e adolescentes em 2002/2003. Instrumentos: desfecho clínico e variável de controle: CBCL; fatores de risco: WordSAFE Core Questionnaire (dados de punição física severa e violência contra a mãe); Self-Report Questionnaire (avaliação de problemas de saúde mental maternos); Questionário de Classificação Econômica Familiar (nível socioeconômico da família); Fatores de proteção: Questionário de Fatores de Proteção (avaliação de fatores de proteção individuais). Análise estatística: correlação de Pearson e teste t para análise univariada e regressão linear múltipla para a análise multivariada. Resultados: a média dos problemas de saúde mental das crianças e adolescentes da amostra apresentou uma diminuição ao longo do tempo; o modelo final de análise multivariada apresentou os seguintes fatores: trajetória da punição física severa e trajetória dos problemas de saúde mental maternos e problemas de saúde mental das crianças e adolescentes em 2002/2003. Discussão: os resultados foram compatíveis com estudos nacionais e internacionais. Conclusões: o conjunto dos dados apresentados pela presente pesquisa, aliados a outros estudos epidemiológicos, formam um arcabouço teórico que permite direcionar estratégias de intervenção, prevenção e promoção de saúde mental baseadas em evidências científicas.