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Previous issue date: 2016-07-28 === "Everything is connected." This is the maximum of our century. With the digital network
it has become stronger because we are even more entangled in a network of complex and
changing networks, consisting of nodes (actants of all kinds) and edges (connections).
However, the nodes are only part of a whole. Nodes connected are simply a static
structure. Therefore, there is something that gives life to the network: the dynamics - the
movements that the nodes perform, depending on the connections, revealing multiinteractions
in digital networks. The multi-interactions are a type of communication
action, hybrid and singular among actants that, by allowing mediation in the
communication standard "all-all" without considerably reduce reciprocity between them,
has reshaped the world in various dimensions, including the way to do global politics.
The World We Want platform, created by the United Nations to join in an unprecedented
way the opinion of civil society in building the new global agenda, called Sustainable
Development Goals (SDGs), illustrates this process. After all, the platform shows that the
UN has appropriated the cyberculture attributes to an experiment complex and impossible
before the digital culture. Therefore, our goal is to accompany the phenomenon of multiinteractions
in The World We Want platform to understand, from the Web macro
dimension, how the UN faced the complexity permeated throughout this communication
process and converted the conflict in a consensus, the SDGs Agenda. Therefore, for the
methodological procedure, we use the systems of Information Architecture, the Heuristic
Evaluation by Nielsen, Actor-Network Theory and its extension, the Cartography of
Controversies. From the analysis, we conclude that the UN used the complexity of multiinteractions
to achieve your goal, turning The World We Want in a hub of sustainability
debates and stimulating the collective intelligence and collaborative processes in network.
However, although the platform has changed the way of building global agendas and has
described as a tool for promoting democracy, we understand that it has not yet reached
that level. Therefore, the platform allowed the people to be heard, but not to participate
in decisions by the summit, making the SDGs Agenda another document that only
supports the UN consolidated discourse for almost four decades. === “Tudo está conectado”. Esta é a máxima do nosso século. E com a rede digital ela se
tornou mais forte, pois estamos ainda mais emaranhados em uma rede de redes complexas
e mutáveis, compostas por nós (actantes de todos os tipos) e arestas (conexões). Contudo,
os nós sozinhos são apenas partes de um todo e os nós conectados não passam de uma
estrutura estática. Logo, existe algo que dá vida à rede: as dinâmicas – os movimentos
que os nós realizam em função das conexões, revelando, na rede digital, as multiinterações.
As multi-interações são um tipo de ação comunicativa, híbrida e singular entre
os actantes que, ao permitir a mediação no padrão de comunicação “todos-todos”, sem
reduzir, consideravelmente, a reciprocidade entre eles, tem reconfigurado o mundo em
várias dimensões, inclusive na forma de fazer política global. A plataforma The World
We Want, criada pela ONU para aderir de forma inédita a opinião da sociedade civil na
construção da nova agenda global, denominada Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS), ilustra tal processo. Afinal, a plataforma revela a ONU se apropriando
dos atributos da cibercultura para realizar uma experiência complexa e impossível antes
da cultura digital. Nosso objetivo se constitui, portanto, no acompanhamento do
fenômeno das multi-interações na plataforma The World We Want para entender, a partir
da dimensão macro da Web, como a ONU enfrentou a complexidade permeada em todo
esse processo comunicacional e converteu os conflitos num consenso, a Agenda ODS.
Para tanto, quanto procedimento metodológico, nos apropriamos dos Sistemas da
Arquitetura da Informação, da Avaliação Heurística de Nielsen, da Teoria Ator-Rede e
de sua extensão, a Cartografia de Controvérsias. E, a partir da análise, concluímos que a
ONU usou a própria complexidade das multi-interações para atingir seu objetivo,
transformando a The World We Want em um hub dos debates da sustentabilidade e
estimulando a inteligência coletiva e os processos colaborativos em rede. No entanto,
embora a plataforma tenha mudado a forma de construir agendas globais e seja descrita
como um instrumento de promoção da democracia, entendemos que ela não atingiu esse
nível ainda. Pois, ela permitiu que a população fosse ouvida, mas não que esta participasse
das decisões junto à cúpula da ONU, tornando a Agenda ODS mais um documento que
apenas sustenta o discurso consolidado da Organização há quase quatro décadas.
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