Summary: | Submitted by Viviane Lima da Cunha (viviane@biblioteca.ufpb.br) on 2015-05-25T11:17:20Z
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Previous issue date: 2014-03-31 === In an attempt to control the social issues caused by rising crime, the managers of police
organizations demonstrate having a preoccupation with typically repressive actions and with
the application of logic of instrumental rationality in police management, which focuses on
relentless pursuit by the results and implementation of essentially strategic actions. In this
context there is a crisis of the current standards of practice adopted by police, which little or
no practical result, and thus the goal to protect citizens is no longer performing, guaranteeing
wellness and life protect, being only the achievement of goals and fixed management
purposes. Historically police organizations always applied management solutions empirically
with a strong tradition bureaucrat, which resulted in practices that tarnish its corporate image.
Therefore, it is necessary to get objective standards of performance appropriate to the
democratic perspective, demanding police officers able to deal with this social instability and
interact appropriately with citizens. Thus, the role of police training is decisive for the cops to
obtain an apprenticeship throughout its functional life and they handle with conflicts and
social contradictions, stimulating the perception of injustice overcome, in an attempt to
reduce or eliminate them, and perception of increasing justice in the life of citizens through
police practices best suited to the democratic State of law. This research proposes a new
perception of public security and the construction of a theoretical-conceptual corpus to assist
management in Civil Police based on the concepts of learning organizations that is supported
on pillars of human security and the communicative action, for arise more humanistic
perspective and less instrumental for management of police training, so that the new learning
to be possible under this new perspective can reflect on more democratic police practices and
more effective social achievements. The communicative action enables coordination of action
plans of the actors of public safety, sow the principles of rationality in a social dialogue and
in organizational decision-making processes, uses a language which is not restricted only to
inform, but to create opportunities for people and socially meaningful learning interactions.
Human security shows that it is necessary to ensure the full use of substantive freedoms of
citizens and to promote a world free of needs and free from fear, besides emphasizing that
social development should be shared by the whole society and start within each location that
suffers the consequences of criminality. Finally, the problems of public safety are of each of
the social actors and it is important that they can be involved in the construction of interactive
solutions as subjects capable of speaking and acting to effective social pact for the safety of
all. Investing in police training is crucial to the development of police organizations. But this
is only the first step to be completed so that, soon after, it's necessary a great cooperative
effort of all toward a proper organizational change management. However, it will take longer
for police officers and managers to change the police organization than the organization
change them through an institutionalized ongoing training process. === Na tentativa de controlar o desacerto social provocado pela criminalidade crescente, os
gestores das organizações policiais demonstram ter uma preocupação excessiva com o
exercício de uma ação tipicamente repressiva e com a aplicação da lógica da racionalidade
instrumental na gestão policial, que privilegia a busca incessante pelos resultados e a
aplicação de ações de natureza essencialmente estratégicas. Nesse contexto, há uma crise do
atual padrão de atuação policial, com medidas de pouco ou nenhum resultado prático, sendo
que o objetivo deixa de ser a realização da proteção dos cidadãos, com a garantia de seu bem
estar e de suas vidas, para ser apenas o alcance de metas e fins gerenciais fixados.
Historicamente, as organizações policiais sempre aplicaram soluções gerenciais
empiricamente encontradas e com uma forte tradição burocrata, que resultaram em práticas
que maculam a sua imagem institucional. Por isso, é preciso buscar padrões objetivos de
atuação mais adequados à perspectiva democrática, demandando policiais aptos a lidar com
essa instabilidade social e a interagirem de modo apropriado com os cidadãos. Assim, o papel
da formação policial passa a ser decisivo para que os policiais busquem um aprendizado ao
longo de toda a sua vida funcional e saibam lidar com conflitos e contradições sociais,
aguçando neles um faro para a percepção de injustiças superáveis, buscando reduzi-las ou
eliminá-las, e de percepção de incremento da justiça na vida dos cidadãos, desenvolvendo
ações policiais através de práticas mais adequadas ao estado democrático de direito. Neste
trabalho, o que se propõe é uma nova percepção da segurança pública e a construção de um
corpus teórico-conceitual que auxilie a gestão na Polícia Civil baseada nos conceitos das
organizações que aprendem e que esteja sustentada nos pilares da segurança humana e do
agir comunicativo, para que, a partir daí, surjam perspectivas mais humanistas e menos
instrumentais para a gestão da formação polical, de modo que o novo aprendizado a ser
viabilizado sob essa nova ótica possa refletir em práticas policiais mais democráticas e
realizações sociais mais efetivas. O agir comunicativo possibilita uma coordenação dos
planos de ação dos atores da segurança pública, semeia os princípios de uma racionalidade
que, no diálogo social e nos processos de tomada de decisão organizacional, usa uma
linguagem que não se restringe somente a informar, mas sim a oportunizar interações entre as
pessoas e aprendizagens socialmente significativas. A segurança humana mostra que se faz
necessário garantir o uso pleno das liberdades substantivas dos cidadãos e de promover um
mundo livre de necessidades e livre do medo, além de ressaltar que o desenvolvimento social
deve ser compartilhado por toda a sociedade e começar no seio de cada localidade que sofre
com as consequências da criminalidade ali reinante. Enfim, os problemas de segurança
pública serão de cada um dos atores sociais na medida em que eles possam e consigam se
envolver na construção de soluções interativas, atuando como sujeitos capazes de falar e de
agir em prol da efetivação do pacto social pela segurança de todos. Investir na formação
policial será fundamental para que ocorra o tão desejado processo de desenvolvimento
organizacional das polícias. Mas esta será apenas a primeira etapa a ser cumprida, para que,
logo depois, seja necessário um grande esforço de todos os policiais, rumo ao correto
gerenciamento da mudança organizacional. Todavia, levará mais tempo para que os policiais
e gestores possam mudar a organização policial a qual eles pertencem, do que esta levará para
mudá-los mediante contínuos processos formativos institucionalizados.
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