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Previous issue date: 2012-02-29 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES === This work intends to analyze the contradiction between new educational paradigms
and disciplining on the military police trainning in Paraiba. Its hypothesis is that the
humanizing discourse used during the socialization of new policial officers actually hide a
control and surveillance process as a new power strategy. The relation between discipline and
power is analyzed through an historical analysis of the implementation of human Rights
courses on the police training center. In this way, aiming to create a new image for itself,
Military Police in Paraiba developed a citizenship based discourse about its practices through
a new curriculum and courses, mosaics and panels displaing its ideals around the headquarter.
This research shows empirically how supposedly humanists new knowledges and discourses
employed by military police is actually pait of a new control mechanisms used to develop
social order. The research tries to clarity why and how Human Rights teaching actually
develop forms of resistance among new officers and the belief that it is only an instrument to
protect criminals. Our hypothesis is that the very teaching process of Human Rights on the
training center, due to its military and disciplining roots, avoids an understanding of the its
necessity. === O objetivo desta pesquisa foi analisar a contradição que existe entre a utilização de
novos paradigmas educacionais com propósitos humanizadores na formação dos alunos
policiais militares, na Paraíba, e o disciplinamento próprio a essa instituição. Partiu-se da
hipótese de que a proliferação de discursos (saberes) humanizadores na formação policial
militar oculta um processo de controle e vigilância sobre os alunos policias militares que faz
parte de novas estratégias de poder que se disfarçam por meio desses discursos. Estudou-se a
relação estabelecida entre disciplina e poder e como se deu a entrada dos Direitos Humanos
nos modelos de formação da PM paraibana a partir de uma contextualização histórica. Assim,
com a pretensão de melhorar a formação de seus profissionais, a PM paraibana passou a
propagar novos discursos pelo Centro de Formação por meio de currículos, Normas
Educacionais, mosaicos, painéis e frases dispostos pelos ambientes arquitetônicos do quartel.
Com base no suporte teórico escolhido e com a análise dos dados coletados concluiu-se que a
utilização atual de novos saberes e discursos reconhecidos como humanizadores no ambiente
disciplinador policial militar esconde relações de poder em que esses novos paradigmas
educacionais servem de mecanismos mais sofisticados para legitimar práticas de controle e
vigilância social. Decorre de tal fato que o conhecimento humanizador que não desperte de
forma crítica os alunos policiais militares para a real importância do que sejam os Direitos
Humanos na atividade policial militar enseje a prática de resistências por parte desses
sujeitos através da crença de que os Direitos Humanos servem apenas para a proteção dos
delinquentes e bandidos , por não existir tais direitos para os alunos no processo de
formação policial militar.
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